18 novembro, 2009

(clique na imagem para a ver aumentada)
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Que serviço prestavam estes barcos no rio Ave?
Espero que nos comentários , surja alguém que nos elucide.
Posted by Picasa

7 comentários:

Anónimo disse...

Segundo consta em alfarrábios da época, estas embarcações destinavam-se ao transporte de
pedra e outros materiais, quando das obras da Barra, realizadas nos
primórdios do século passado.
Tal como a fréguesia de Vairão, também algumas outras ofereceram as
madeiras para a sua construção. Daí
os nomes das respectivas fréguesias nas embarcações.
Se a memória não me falha, os construtores, destes barcos, julgo
terem sido o Jeremias Martins Novais e o Manuel Nogueira.
Estes elementos, colhi-os na nossa
Capitania, antes de irem em charola
algures para Lisboa...
Ainda hoje, em visita ao insígne nonagenário (93) Artur do Bonfim,
casualmente, falamos neste assunto.
Cumprimentos, e passem bem.

a) Cereja

José Cunha disse...

Obrigado "Cereja".
Realmente, já aqui vimos uma embarcação igual junto ao açude, e por ocasião de uma reparação deste, e tudo indicava que estaria a transportar pedra para o seu arranjo.

fangueiro.antonio disse...

Boas.

Realmente já tinha notado um barco semelhante noutra(s) foto(s) deste blog e de imediato o associei a barcos muito parecidos no rio Douro, de diferentes portes. Suponho que para cargas e descargas dos navios. Será que então estes no Rio Ave são da mesma família? E já agora que nome se dava a estas "barcaças"?

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Para além da chamada de atenção do belo
Convento de Freiras que existia em Azurara, irresponsávelmente demolido em 1967, para construção da Fábrica de Chocolates Imperial, actualmente a maior e mais importante de Portugal, onde trabalhei mais de um quarto de século, aqui deixo duas notas em resposta ao caxineiro da Polónia, já que nos merece toda a consideração pelo magnífico trabalho que vem desenvolvendo em prol da divulgação da Marinharia, a minha especialidade ao serviço da Armada, e não só.
Quanto ao Vairão, tal como ESTAVA registado na Capitania de Vila do Conde, trata-se de uma "barca", tal como as do Porto (quem não conhece o desastre da ponte das barcas?),com as seguintes dimensões:
comprimento: 9,8 metros
boca:............3,2...."
pontal:..........1,2...." .
Nos anos de 1929/30, além desta barca o Estaleiro de Manuel Agonia Nogueira construiu a Macieira, Gião, Bagunte e Gabriel Teixeira, com medidas que iam até aos 17,5 metros.
Também para a Junta Autónoma das Obras do Porto e Barra de Vila do Conde, os Estaleiros Navais de
Jeremias Martins Novais, com o mesmo fim, construiu a barca Concelho de Vila do Conde e um escaler com motor de 4 cilindros.
Cumprimentos,

Albino Gomes

Rui Amaro disse...

Por volta de 1947, na companhia de meus pais. fui a Vila do Conde em passeio, tinha 10 anos de idade, e já era um apaixonado por barcos, e lembro-me de ter visto uma barcaça mais ao menos parecida com as barcas em causa, e se bem me lembro estava equipada com uma espécie de cábrea.
Essa barcaça carregada de sucata de naufrágios, que era rebocada por uma lancha, esteve bastante tempo à entrada da barra, dava aspecto que aguardava maré para subir o rio, e a bordo da lancha, entre vários elementos estavam um mergulhador e um cabo de mar, este conhecido de meu pai, piloto da barra do Douro e Leixões, e parece-me que ele também fazia de prático da barra do Ave, pois notava-se que ele dirigia as manobras.
O certo é que as duas embarcações quando se preparavam para acostar à margem norte, onde existia uma pequena doca com um passadiço, ficaram encalhadas no meio do canal de navegação, que de facto estava muito assoreado, pois praticamente via-se o leito do rio, pelo que o pessoal depois de ter lançado as ancoras, veio para terra num bote de apoio.
Não sei se as embarcações e o mergulhador sucateiro seriam da Vila ou de Leixões!?
Saudações maritimo-entusiásticas
Rui Amaro - Foz do Douro

José Cunha disse...

Olá Rui.
Vejo que tem mais dez anos do que eu, o que , para estas coisas de recordações, é muito importante.
Apareça mais vezes, e ajude-nos a "juntar" os meses, ou os dias que já lá vão, para melhor compreendermos o presente, e pensar no futuro.

Anónimo disse...

Pelo que nos diz o Sr. Rui Amaro,
atendendo ao tempo e local a que se
refere, estaríamos perante manobras
de recuperação do casco do navio de Guerra S. Rafael, efectuadas pelo famoso mergulhador de escafandro Sr. António Ramalheira, de Leça da Palmeira.
Nesse tempo, a barcaça carregada de Sucata, vinha descarregar ali junto à Doca, no local onde hoje está aquela coisa grande, parecida
com um escorrega.
Cumprimentos,

a) Cereja