30 junho, 2007

SELOS TURÍSTICOS DE VILA DO CONDE.







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Devo agradecer ao Sr. Artur Bonfim, a oferta deste conjunto de selos, bastante raros, editados pela "Papelaria Adriano", talvez na década de 1920-1930.
Não se sabe ao certo, a quantidade de selos emitidos.

OBRIGADO, Senhor Artur Bonfim.

28 junho, 2007

TERRA DO MEU CORAÇÃO.

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É a suave, serena e senhoril Vila do Conde, a cinco léguas do Pôrto, mas minhota pela paisagem, pelos costumes, pelas almas.
Não adormeceu à sombra fidalga das suas tradições gloriosas.
É uma vila arejada, limpa, progressiva, com uma assinalável actividade comercial e industrial, o seu pôrto secular e a maravilha de sonho que são as suas rendas.
A vila romana da foz do Ave "cum suas piscinas et salinas"- as mais antigas marinhas de Portugal - cresceu em importância, alargou em terras e é hoje uma das mais importantes vilas de Entre - Douro e Minho. .........

Excerto do publicado no CADERNO DE CULTURA do JORNAL DE VILA DO CONDE em 1986

26 junho, 2007

CURIOSIDADES



Estes postais, feitos em França, pertencem a uma edição de João da Costa Torres.
Curiosamente, são assim representados,( penso que) para serem ofertados em troca de uma esmola.

24 junho, 2007

ESTA É VILA DO CONDE


A da Praia espraiada, ampla, clara e limpa; a do Ave inspirativo, onde cantam rouxinóis e lavadeiras; a dos pinhais verdejantes, onde moram melros e se albergam rolas.

Celso Pontes.
Clube Fluvial Vilacondense-1949.

22 junho, 2007

A NOITE DE S.JOÃO.

Correndo os anos sessenta...
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Olhem aqui raparigas
Esta coisa que tem graça
Ali naquele escurinho
O MONTE a beijar a PRAÇA.

José Maria Pereira Sobrinho.

20 junho, 2007

ONTEM E HOJE...S.JOÃO EM VILA DO CONDE

Esta escultura de S. João, é aquela que ia no andor da Procissão das Freiras.

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Manhã de Junho ardente! O Sol tinge com as suas palhetas rebrilhantes o casario alegre da vila. Uma poalha doirada fosforeja no ar, em mil cambiantes rubras e amarelas. Há alegria. Andam canções nas bôcas. E nos olhos das raparigas chameja o brilho ardente da mocidade. Estamos no S. João! É festa do Padroeiro!

Á noite, na véspera, arderam fogueiras. Bailou-se. Houve descantes. E pares enlaçados, no rodopio da dança, juraram amôr eterno...

No convento, repicam os sinos, estralejam foguêtes, adejam bandeiras. Há grande azáfama. As freiras mais novas, atentas ao mundo e ao calendário cristão, sabem o santo que se festeja. E andam em roda viva, levantam a cascata, aformoseiam o andor, abrem-se em sorrisos. Vai sair a procissão. O andor do Santo é conduzido na deanteira pelas suas maiores devotas, logo seguido da comunidade. Vêm depois as meninas de côro, aperaltadas pela sécia dos ricos véus de tule que lhes recobrem a cabeça. No fecho, a tocar ferrinhos, tambôres e pandeiretas, vêm as criadas, vestidas com largas saias rodadas de côr azul escuro ou verde, jaqueta preta muito cingida ao corpo, largas mangas tufadas a morrerem em funil junto ao punho. Na cabeça, trazem toucas brancas finamente engomadas e postas com garridice.

Depois de voltear pela cerca, segue a procissão até junto duma capelinha onde depõe o Santo, voltado para o povo da vila que em cacho se amontôa no cêrro fronteiriço, perto da fonte de S. João.

Trepam as criadas acima do muro que debrua o primeiro lance da cêrca e queimam, num rasto de alegria que rasga o ar, ruidosos foguetes. Cala-se o côro dos tambôres e das pandeiretas. Uma voz trinada e melodiosa ergue-se do mosteiro a saudar o povo de Vila do Conde.



As freiras deste convento,

Hoje aqui neste lugar,

A todos que aí se encontram,

Alegres os vêm saudar...



E logo o côro, num crescente de vozes a rescender harmonias, sobe em ondulaçôes afinadas e repete a mesma quadra.

De longe, vem a resposta do povo da vila. È fio de voz que a distância adelgaça, gracioso e flébil, trepassado de sentimental melodia.



Nós agora aqui presentes,

Neste grande ajuntamento,

Cumprimentamos também

As freiras desse convento.



Repete o côro da vila a saudação às freiras. Começa o despique. Vem de cima outra cantiga e o povo volta a responder, num torneto de graças e de finezas, que mostra o bem querer que há entre o povo da vila e as freiras do convento.

Sôam as despedidas. Do alto vem a última cantiga. È a mesma voz moça e delicada que canta.



Vamos dar as despedidas

Como Cristo em Belém,

Adeus, adeus , meus senhores

Até ao ano que vem.



E o povo logo responde com a mesma saudade.



Vamos dar as despedidas

Nós agora aqui também

Adeus, freiras do convento

Até ao ano que vem.



Volta a procissão para a Igreja. Abala o povo em rancho, em direcção à praia. Desce o caminho que margina o Ave e passa em frente do convento, a cantar. Já as freiras se acotovelam nas grades para o vêr passar e lhe acenar com os seus ricos lenços de cambraia fina. A tarde está no fim. Ouve-se ao longe, o côro das vozes extinguir-se suavemente. A cinza das fogueiras já se dispersou. Volta o silêncio. Só o mar, lá distante, enche com o seu rumor de escravo, a sonolenta calma em que morre o dia no Convento.



Do livro "EM REDOR DO MOSTEIRO"

de Joaquim Pacheco Neves.



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E por milagre divino, na corrente de mais de mil anos, tudo ficou como dantes...
A.B.

18 junho, 2007

CARTAZES ANTIGOS-S.JOÃO / A. GUIMARÃES

Primeiro cartaz para as Festas de S. João / 58 , da autoria de A. guimarães.

Esboço para o cartaz de S. João / 1970.
A. guimarães.

16 junho, 2007

ORNAMENTAÇÕES


Lindas ornamentações, porventura, mas certamente seriam inadequadas nos dias de hoje, em que imenso trânsito atravessa a nossa Vila do Conde.

14 junho, 2007

OUTROS OLHOS

Verso extraído dum album de poesias coligidas pelo saudoso vilacondense conselheiro Bento de Freitas Soares.
Vila do Conde,1 de Maio de 1847

OUTROS OLHOS

Qual seria a côr duns olhos
Que a fortuna me fez ver?
Só me lembra que eram lindos
Lindos, lindos de morrer!...
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Negros?... não, não eram negros
Nem tinham a côr escura.
Mas eram cheios de brilho
Repassados de ternura!
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Bem azuis? Também não eram,
Não tinham do Ceu a côr,
Mas só do Ceu vir podia
Tanta meiguice e fulgor!
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Já me lembra; os olhos lindos
Tinham a côr verde-mar,
Um poder como a saudade
Que faz morrer sem matar!
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RENOVAÇÃO
24-2-1934

12 junho, 2007

FONTE MONUMENTAL


" Na presente gravura, a fonte Monumental do antigo claustro do Mosteiro de Santa Clara, terminus do aqueduto por onde vinha a água para o convento."
Renovação. 12-10-1974.

10 junho, 2007

VISTA DO AQUEDUTO

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Aqueduto de Vila do Conde ( 999 arcos ) por onde da mina de Terroso corria para o Convento a preciosa linfa com que eram cuidadosamente fabricados os doces de Santa Clara.

Renovação. 28-9-1974.

08 junho, 2007

CONHEÇA VILA DO CONDE.

Monumental Igreja Matriz de Vila do Conde em cuja Pia Baptismal receberam as àguas lustrais do baptismo os insignes romancistas Eça de Queirós e José Régio, das mãos respectivamente do erudito Prior desta paróquia D. Domingos da Soledade Sillos e do bondoso P.e Manuel Pereira.

Renovação-27.7.1974.

06 junho, 2007

MEMÓRIAS

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1901.
São colocados no Jardim da Praça Vasco da Gama 8 bancos, em substituição de dois, antigos.
Nota-Repare no tamanho da árvore que está na frente da Igreja Matriz.

04 junho, 2007

PINHAL DA BEIRA-MAR.

Aquele extenso e inculto terreno, ao lado norte da nossa beira-mar, com frentes para a Av. Marginal e Baltazar do Couto, que se denomina «Cova da Andorinha» e durante muitos anos foi propriedade do Sr. José Menéres antigo frequentador da nossa praia, que foi quem, com persistência, transformou, em parte, aquele areal, um magnífico pinhal acaba de ser adquirido, para fins de construção e embelezamento, pelo Sr. Engenheiro José Rodrigo de Carvalho, da «Fábrica de Mindelo» e sua esposa D. Maria Sylvia Ferreira de Carvalho, grandes admiradores das belezas da nossa terra, que muito vem beneficiar com tão boa iniciativa.

RENOVAÇÃO. 21-6-1952.

02 junho, 2007

VILA DO CONDE, A PRAIA DAS CRIANÇAS.


Só quem não conhece Vila do Conde é que não compreenderia o encanto com que o Ave, ladeado por margens viçosas e encantadoras, vem da Cabreira lançar-se no mar e adormecer aos pés da mais fidalga praia de Portugal.
RENOVAÇÃO-20.7.1974