30 março, 2009

TENTATIVA DE DATAÇÃO


Por vezes as fotografias são difícilmente datáveis, mas nalgumas conseguimos nos aproximar do tempo em que foram realizadas.
É o que acontece com esta, quase como que num cruzamento de dados (como actualmente se costuma dizer), consegui me aproximar da data da sua toma.
Seguindo as fotografias acima publicadas, vemos que a primeira será uma das muitas fotografias de J. Adriano, que chegaram até hoje.
Na segunda, vemos que a película terá sido aproveitada para a edição de um postal, e na terceira, foi ainda usada para fins publicitários em 1907 (há cem anos), no jornal "COMMERCIO DE VILLA DO CONDE", pela FARMÁCIA ALVÃO na Rua da Egreja - Rua da Costa-Vila do Conde.
Assim, ficamos a saber que esta fotografia, para que tantas vezes olhamos, tem UM SÉCULO de existência, e, quanto mais não seja, por ela ficamos a saber do bom hábito (e possível então), dos passeios no rio.




27 março, 2009

BRINCANDO COM AS FOTOGRAFIAS


Penso que já aqui vos mostrei esta fotografia, quando vos falei da "COVA DA ANDORINHA"( O areal que vinha desde as Caxinas até ao rio).
Mas, hoje, e tendo como premissa do raciocínio que vou tentar desenvolver, que a construção que podem observar bem no centro da segunda foto, seja o "Obelisco"ou "A Memória"que hoje vemos junto ao Castelo. Sabe-se que a ponte de pedra caiu na manhã do dia 11 de Setembro de 1821. Prosseguindo no tempo, sabe-se também, que António José Faria Graça desta vila, ofereceu-se para aprontar o dinheiro para a construção da ponte de pau, (que estava então a ser necessária) que foi aberta depois de vistoriada em 7 de Novembro, tendo seguidamente na noite de 23 para 24 de Dezembro do mesmo ano, sofrido grandes danos com uma enchente do rio, reabrindo ao trânsito em 20 de Junho de 1822.
Sabendo-se que na feitura deste monumento ,"A Memória", foram utilizados elementos da ponte de pedra, e que a implementação junto do Castelo só se verificou em 1841, por onde terão andado estas pedras durante estes 20 anos? (Podem ter feito algo semelhante à actual "Memória", junto á Ponte de pau, e só mais tarde remover novamente estas pedras para a actual localização)
Portanto, e se a premissa estiver correcta, poderemos datar esta fotografia entre os anos 1821 e 1841, ainda na primeira metade do século XIX.
Tudo isto não passa de um passatempo, logo, não deverão ter como certo, o que escrevo.

26 março, 2009



UMA EQUIPA AINDA RECORDADA.

A fotografia evidencia um conjunto de jogadores que representaram o Rio Ave F.C. durante épocas sucessivas, alguns deles infelizmente já desapareceram do nosso convívio, mas na época, demonstraram que eram atletas com enorme valor.

Esta equipa foi Campeã Distrital da I Divisão em 1965 / 66:

De pé - João, Zé Domingos, Pereira, Arouca, Guizanda (treinador-jogador), Gerardo e Orlando.

Em baixo - Reis, Ilídio, Alberto Santos, Gomes (Pirica) e Renato (Seminário).

FONTE - "Jornal de Vila do Conde".

25 março, 2009

O VELHO CAMPO DO RIO-AVE.

O "velho" campo do Rio-Ave, que existia na Av. Baltazar do Couto, um pouco acima do hotel e onde hoje existe um complexo urbanístico.
Estou em crer, que mesmo entre os actuais adeptos do nosso clube de futebol, poucos ainda se lembrarão deste campo.
Estou a recordar, e como curiosidade, vou vos contar ; Lembro-me que nas tardes de domingo, e quando havia jogo, aqueles que por uma ou outra razão tinham decidido ficar pelo centro da terra (o que seria ficar encostado á montra do Café Nacional), nem por isso deixavam de saber se o Rio-Ave estava a marcar golos, ou não, pois o ventinho habitual das tardes pachorrentas de um qualquer domingo, trazia até ao centro da vila, em jeito de gritaria, o anúncio do esperado golo do nosso clube.
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Fotografia cedida por A.Carmo.

23 março, 2009

FORTE DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

ou FORTE DE SÃO JOÃO BAPTISTA.

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Uma das guaritas viradas para o mar.

( Estrutura que servia para colocar um facho, cuja função seria, como os actuais faróis, ajudar as embarcações na navegação costeira.)
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A sua construção surgiu na sequência da edificação de vários outros ao longo da costa portuguesa, num período em que a Coroa constatou que o país estava demasiadamente vulnerável a ataques.
Por outro lado, a arquitectura e o estilo construtivo do Forte de São João Baptista reflectem já uma evolução na segurança dos edifícios.
A construção em baluartes, desenvolvida em Itália, foi uma resposta ao desenvolvimento da piro - balística, com armas de fogo capazes de destruir os edifícios medievais.
A construção do Castelo ou Forte de S. João Baptista terá começado em 1570, altura em que se terá iniciado também o de São João da Foz, no Porto. Investigação de Pedro Brochado de Almeida, arqueólogo da Câmara de Vila do Conde, aponta esta data, embora o documento mais antigo a referir a sua construção só apareça três anos depois.
Apesar de ter sido iniciado em meados do século XVI, o forte só é concluído em finais do século XVIII. Muito do que foi projectado acabou por não ser construído, principalmente em termos de recheios e equipamentos. Curiosamente, a planta original manteve-se, ao contrário do que aconteceu com a maioria dos fortes.
A partir do séc XIX, começou a ter pouca utilização até cair em completo abandono.
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FONTE - "DIÁRIO DO MINHO" - (extrato)

20 março, 2009

= MEMÓRIAS =
Fantástica fotografia esta, que pertence a António Carmo, e que eu fiz questão em que ele me emprestasse, para vos poder mostrar.
O local está irreconhecível. Onde hoje é o Café Bompastor, era então o "Bazar Moderno", na rua que hoje se chama João Canavarro (não sei se já nesta altura se chamaria Coronel Alberto Graça),existiam estas grandes árvores, que também as não conhecia, embora recorde que pelos anos cinquenta, havia umas mais pequenas...enfim, está realmente irreconhecível.
Mais fantástico ainda, é a foto estar como que autenticada ( no verso ) pelo Sr. Artur Bonfim.
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NOTA - Como já repararam, a apresentação do blogue está diferente. Estou procurando um modelo que evidencie mais as fotografias, e que ao mesmo tempo não canse tanto a vista. Vamos lá a ver se consigo melhorar.

18 março, 2009

AVENIDA

Dr.JULIO CEZAR DE FARIA GRAÇA.

Está-se aformoseando a Avenida Júlio Graça fazendo-se macissos de torrões que, pela sua verdura, produzem um bello effeito.
O que é pena é que a estiagem os prejudique, sendo preciza muita água para os regar. A actual Câmara já mandou abrir um poço para rega, e parece-nos conveniente a abertura d´outros, visto encontrar-se água em pequena profundidade e os poços ficarem baratos.
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FONTE - "O AVE". - 1896.

16 março, 2009

RECORDAM-SE ...

... do "ANTIGO SALAO DE RECEPÇAO DA SEDE DA COMISSAO MUNICIPAL DE TURISMO DE VILA DO CONDE" ?
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NOTA - Como ja repararam, o computador ainda esta doente. Ja foi visto pelo "medico", mas tera que ser "internado". Diz ele, que nao consegue curar esta virose em casa do paciente, mas que sera uma cura rapida.

barco - "BENTO AMORIM"





Na semana passada, num comentario sobre "VAIRAO", o nosso conterraneo
Antonio emigrado na Polonia, falou-nos sobre um barco chamado "BENTO AMORIM", e teve a ambilidade de nos mandar fotos, que as quais aqui exponho.
Obrigado Antonio.
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13 março, 2009

FONTE - " JORNAL DE VILA DO CONDE "

VAIRÃO (3)






PEÇAS DE VARIAS LOCALIDADES MINHOTAS FORAM PARAR A VAIRAO.
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Um arado oferecido por um agricultor de Vila do Conde, outra maquina agricola proveniente de Arcos de Valdevez; um tractor de arraste continuo, oferecido por Adelino Marques da Silva, da quinta das Tongas, de Vila Verde; outra peça oferecida por um agricultor de Arnoia, Celorico de Basto, sao alguns exemplos da proveniencia variada do espolio agricola do Museu Agricola de Entre Douro e Minho, em Vairao, Vila do Conde.
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FONTE- "DIARIO DO MINHO" - (extrato)
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NOTA - No texto acima publicado, estao falhos os acentos, mas hoje o computador pregou-me esta partida.




12 março, 2009

VAIRÃO (2)




Tecto da Casa do Conde de Rio Ave começou a cair.
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IMÓVEIS E PEÇAS PRECISAM DE INTERVENÇÃO URGENTE.
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-Paulo Pinto, arqueólogo da Câmara Municipal de Vila do Conde, não se conforma com o estado actual do museu. Fez o documento político, onde fala do museu em si, do estado de conservação dos imóveis, e das peças, e ainda deixa algumas soluções possíveis.
«Os imóveis encontram-se num estado geral de abandono, coberto de pó, com alguns vidros e janelas particos, e com ervas daninhas crescidas no meio do seu horto de aromáticas. A parte mais preocupante corresponde aos telhados, que necessitam de revisão pontual de substituição urgente de alguns travejamentos», refere.
O técnico lembra que o edifício é de boa construção, estando, por isso, as paredes ainda em razoável estado.
Em relação ao espólio, o perigo vem dos xilófagos que estão por todo o lado, pelo qual é essencial o seu controle constante.
De acordo com Paulo Pinto, se o problema for atacado ainda este ano, «não serão necessárias nem desejáveis, grandes obras de remodelação. Caso contrário, é com muita rapidez que o imóvel se degradará e se tornará irrecuperável» alerta.
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FONTE - "DIÁRIO DO MINHO" - (extrato).


11 março, 2009

VAIRÃO (1)

Lugar de Crasto (Vairão) - PALACETE DO SR. BARÃO DO RIO AVE.MUSEU AGRÍCOLA DE ENTRE DOURO E MINHO.
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MUSEU AGRÍCOLA FOI INSTALADO NUMA GRANDE CASA DE LAVOURA.
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-A quinta de Crasto, situada em Vairão, foi a estrutura considerada ideal para instalar o Museu Agrícola de Entre Douro e Minho.
-Olhando para a sua história, as origens desta grande propriedade situam-se nos meados do séc XIX, em que Manuel Rodrigues de Sousa e Ana Rosa d´Azevedo eram os proprietários de uma parcela de terreno no lugar de Crasto, que anos mais tarde viria a dar lugar ao inicial assento de lavoura da quinta.
-Segundo é contado na publicação "Museu Agrícola de Entre Douro e Minho", é em 1880 que o "torna-viagem" José Bento de Sousa Amorim constrói o palacete no limite sul das terras dos seus pais.
Sem se especificar quando, este "brasileiro" faleceu e a Quinta de Crasto tornou-se propriedade de seu irmão e companheiro de lides pelo Brasil, nomeadamente em Pernanbuco e em Santos, Bento Rodrigues de Sousa.
Tendo em consideração o mesmo documento, Bento Rodrigues de Sousa foi um acérrimo defensor do partido progressista.
Orgulhava-se de ser lavrador, tendo sido promovido a Barão do Rio Ave por mercê Régia a 13 de Dezembro de 1892. Após alargar as propriedades dos pais, acaba por criar condições para implementar na Quinta de Crasto uma economia agrícola racionalizada.
Com a morte de Bento Rodrigues de Sousa em 1931, é o filho Bento de Sousa Amorim, quem herda a Quinta de Crasto.
É este novo proprietário quem empreende uma grande remodelação no palacete e reestrutura as produções da Quinta, apostando sériamente no vinho e na sua exportação.
-Bento de Sousa Amorim herdou do seu pai o gosto pela lavoura e pela terra. Como homem do Estado Novo, tornou-se um grande defensor da "... integridade concelhia ...", que defendeu enquanto presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde.
Contudo em 1967, Bento de Sousa Amorim toma a decisão de vender a Quinta de Crasto ao Estado, com a finalidade de dotar o concelho com uma instituição agrícola oficial.
«Como é meu desejo contribuir também para que o concelho de Vila do Conde seja beneficiado com uma instituição agrícola oficial decidei não considerar, na formação do preço, o palacete que figura no mapa junto na rubrica urbana da Quinta da Casa, nem as magníficas vedações, de todas as propriedades» escreveu Bento de Sousa Amorim.
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FONTE- "DIÁRIO DO MINHO" - (extrato)
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NOTA- A primeira foto, é a do Palacete antes das obras realizadas por Bento de Sousa Amorim.



10 março, 2009


AS RENDILHEIRAS DE VILA DO CONDE, QUE VIERAM A " O SÉCULO ".
1935-06-08.
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É com este título, que esta foto está arquivada na Direcção Geral de Arquivos. E aqui, procurei saber se teriam fotografias de Vila do Conde, mas a resposta do responsável, embora extremamente simpática, foi que, num futuro próximo já eu teria algumas fotos para guardar, mas que de momento, tal não era possível. (exceptuando duas ou três, digitalizadas e visíveis no seu "site")
Vai ser difícil tal pretensão, pois ,vendo eu em conjunto com o técnico do Arquivo algumas fotos soltas, reparei que nesta e naquela, não reconheceu Vila do Conde, o que me leva a crer, que vai ser difícil ver tais fotos digitalizadas.
Vou estar atento, e até me oferecer para para colaborar, pois se assim não fôr, perderemos de ver , certamente, fotos que desconhecemos.

09 março, 2009

Esboço de um «Raciocínio»


A MULHER NAS CAXINAS.
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Penso ser a primeira figura das Caxinas, essa mulher que cuida do lar do pescador, enquanto ele está na pesca, ou quantas vezes, sómente (este "sómente", neste específico caso, tem um outro significado, mas ficará para outra altura) olhando o mar.
Passando nas Caxinas, vêmo-los sempre próximo do mar, observando-o, ou simplesmente conversando com os companheiros.
A mulher, essa, mãe e esposa, toma conta do lar, cuida dos filhos, e trata de tudo inerente ao funcionamento da casa.
Há uns anos atrás, ainda a víamos vencendo o quebrar das ondas, na apanha do sargaço, que será um costume antigo, pois antes de viverem junto ao mar, habitavam terrenos mais longínquos, e mais altos.
Anteriormente, já aqui foi dito, e relatado por historiadores, que os pescadores costumavam olhar dos diversos miradouros de Vila do Conde, como Santo Amaro, capela de Santa Catarina, e outros, para de longe, observando o mar, tomarem a decisão da pesca nesse dia. Penso que então , viviam da pesca e da agricultura, e talvez por essa altura tenha nascido a necessidade da apanha do sargaço, para adubo das suas terras.
Talvez também, as rendas tenham nascido dessas mulheres (que nos habituamos a ver sempre vestidas de negro, por força das desgraças que sempre lhes aconteceu, pois quantas vezes, o marido ou o filho, não regressam da pesca), enquanto esperavam os maridos.
Julgo também, que estas gentes são os primitivos habitantes de Vila do Conde, e com eles a terra foi crescendo.
Tudo se terá desenrolado à volta deles, pescando e pagando o imposto ás freiras, o comércio acontecia, e tudo se desenrolava.
Uma das ruas mais antigas de Vila do Conde, será a rua da Senra, e, se repararem, rasga toda a vila, vindo da zona da estrada velha para a Póvoa, e desembocando na doca. A meio da rua, no largo de S.Sebastão, nasciam os caminhos para os meios rurais. Por essa época, toda a vida se desenrolava na zona alta da terra, e se observarmos as casas antigas, e velhos monumentos da vila , só nessa zonas se encontram.
Por esses anos, o mar estava distante, do hospital para poente , nada havia, e perto, estava "a cova da andorinha", esse imenso espaço que separava Vila do Conde , do mar.
Isto que vos conto, é , digamos, um exercício de pensamento, que mais não é do que o meu entendimento do que me ficou registado depois de ler as obras de Eugénio Freitas , e do Dr, Carmo Reis.
Comecei este esboço de raciocínio, como acima lhe chamo, com a mulher das Caxinas (a Caxineira), e atravessando Vila do Conde por largos anos, volto novamente aos dias de hoje, e digo-vos , podemos nos orgulhar da terra que temos, é linda e muito amada.
Escrevi sem rigor histórico, que isso não sei, mas fi-lo como que pintando um quadro de cor, e nele projectando o que até hoje li.

06 março, 2009

MOMENTOS DE FINAIS DO SÉC-XIX,PRINCÍPIOS DO SÉC-XX.
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Demorem-se a olhar este instante, fixado nesta fotografia.
Tirando uma ou outra casa, tudo é diferente, e não existe mais. Os barcos em primeiro plano, (onde julgo ver a proa de uma bateira) a antiga ponte da doca, as casas que circundam o rochedo que suporta a Capela do Socorro, e ainda as ruínas de Santa Clara.
Tudo é passado, e quase me atreveria a considerar esta foto um documento, tamanha é a informação.
Certamente esta fotografia é de Joaquim Adriano, mas não tenho a certeza, mas certo é, que por esta época, tirando um ou outro banhista, poucos fotografavam Vila do Conde.
Por tudo que ele nos deixou, atrever-me-ia a sugerir, que lhe fosse dado o nome de uma rua da nossa terra.

05 março, 2009


U m a C i d a d e « A p e t e c i d a »
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Habituados ao ambiente que nos rodeia, esquecemos frequentemente a indiscutível beleza da nossa terra, como todos os dias o ouvimos de quem nos visita.
E agora, desfrutando do cais de atracagem no Cais das Lavandeiras, chegam até nós, em grupos consideráveis, garbosos veleiros, trazendo uma particular animação ao Ave e afirmando Vila do Conde como um destino turístico de excelência.
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FONTE - "Jornal de Vila do Conde"- 5 de Março de 2009.

04 março, 2009

CORTEJO DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VILA DO CONDE.
1935-06-15.
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É pouco perceptível, mas o que está escrito na ambulância, é:
SOCORROS A NÁUFRAGOS
VILA DO CONDE
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Em primeiro lugar, queria vos dizer que nunca tinha ouvido falar de tal ambulância, e em segundo lugar, e como já estranharam aquelas letras na foto (que eu não sei o que representam), tenho de vos dizer que "roubei" esta fotografia de um "site" do Ministério da Cultura, mas que ainda está em construção, e reparei que tem mais algumas de Vila do Conde, mas vamos ver se consigo transportá-las para o meu computador.

02 março, 2009

A CAPELA DE S.JOÃO É A ÚNICA JÓIA
QUE RESISTE NO CONVENTO DE VAIRÃO.
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Curiosamente, esta capela quinhentista, apesar da sua classificação e beleza artística e arquitectónica, está pelas ruas da amargura.
Felizmente, em breve, vai entrar em obras, graças ao esforço do pároco que está a tentar conseguir verbas para o seu restauro.
No ano passado , teve início a primeira fase de obras, com intervenção no telhado e nas paredes.
No interior chovia e havia humidade, aliada aos séculos que pesam sobre a estrutura estavam a danificar a arte interior. «Foi tudo pago por nós, mas as obras foram acompanhadas pela extinta Direcção Geral do Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Elaboraram os projectos, seleccionaram as candidaturas e a paróquia pagou. Mas é preciso dizer que, no exterior, já há novos sinais de degradação», avisou o pároco de Vairão, padre António Pereira Pinto.
O sacerdote não tem dúvidas de que o trabalho foi «um bocado mal feito».
Em relação à segunda fase, que é o retábulo, os projectos foram feitos pela CGEMN, já foram enviados para o Instituto de Gestão do Património (IGESPAR) para aprovação.
A intervenção vai custar cerca de 50 mil euros. As obras devem começar brevemente.
A paróquia é muito pequenina, tem cerca de mil pessoas e há pouco dinheiro para tanto património. O sacerdote gostaria que aparecessem personalidades e instituições locais e não só que pudessem ajudar no restauro e conservação daquele nicho de arte por excelência.
A terceira fase é a intervenção nos azulejos, de grande valor, que serão ainda os originais.
Pensa-se ainda numa quarta fase, esta mais para a funcionalidade do visitante, uma vez que tem que ver sobretudo com os acessos, incluindo para as pessoas com deficiência.
A cabeça e a imagem de S.João Baptista, duas belas peças de arte daquela capela, foram restauradas a expensas da Câmara Municipal de Vila do Conde e podem agora ser apreciadas na exposição sobre São João, patente no Centro de Memória de Vila do Conde, recentemente inaugurado.
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FONTE - "Diário do Minho" - (extrato)