29 novembro, 2010

FÁBRICA DE CHOCOLATES IMPERIAL




1932 - É esta a data em que oficialmente terá nascido a fábrica de chocolates «IMPERIAL».
Mas, em 2007 quando vos falei da fábrica de cocolates «MÉTÉOR», que tinha estado onde hoje é a Farmácia Vital, contou-me então o senhor Artur do Bonfim, que a seguir à saída desta fábrica deste local, nele se terá instalado a «IMPERIAL».
Procurei saber junto de elementos que trabalham na fábrica (que a casa comercial da minha família é cliente desde que me conheço), mas nada sabem me dizer, adiantando-me sómente aquilo que todos sabemos, - que a actual fábrica, hoje sediada em Azurara, chegou aí no ano de 1969 - .
Será que antes de 1932, a fábrica começou a laborar na rua de S.João, para logo de seguida ir para a Praça Velha?.
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Era esta a resposta á minha pergunta na mensagem anterior.

26 novembro, 2010

A CASA DE ANTERO


ANTERO DE QUENTAL habitou esta casa na Praça Velha de 1881 a 1891, por motivos de saúde.
Este período em Vila do Conde, foi considerado pelo poeta, o melhor da sua vida. Dizia ele, que aqui as praias são amplas e belas, e por elas me passeio ou me estendo ao sol com a voluptuosidade que só os poetas conhecem, e os lagartos adoradores de luz.
Por aqui, e a escassos metros desta casa, também habitou Camilo, e igualmente por motivos de saúde, mas por pouco tempo - de 1870 a 1871 (3) - e aqui escreve "O Condenado", bem como, crónicas etc. De imediato, já em 1871, o "O Condenado" é representado no Porto.
Recordam que nesta mesma praça, hoje "Largo Antero de Quental", esteve o pelourinho e que só em 1539 foi para a Praça Nova, dado que em 1538 no reinado de D. João III foram construídos os Paços do Concelho. Mas foi derrubado pelo povo, e só foi reconstruído em 1582, na Praça da Ribeira, para voltar á Praça Nova - hoje, "Vasco da Gama" - em 1913, permanecendo aí, até aos nossos dias.
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E o que é que nasceu neste mesmo largo, digno de nota, nos princípios do século XX ?
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FONTE - Em variadíssimas leituras.

24 novembro, 2010

PÉRGOLA DE AZURARA.
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A fotografia pertence a um postal de edição de "PAPEL RÁDIO" , e a foto é de A. Brás Ribeiro.
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Já em Julho vos mostrei esta pérgola, cujo projecto foi do senhor Eng.Carlos António Côrte-Real em finais dos anos quarenta, e foi também o autor do bebedouro para animais, que se encontra na feira do gado.
Mas a razão de hoje mostrar-vos esta foto, é porque este tema - a pérgola -raramente é representada em fotografias, mas esta, tem mais qualquer coisa, que é o ângulo da sua toma.
É realmente um lugar aprazível, mas julgo que pouco usado. Como miradouro que é, torna-se um espaço convidativo para , de longe, se observar a foz do rio Ave.

22 novembro, 2010

....D. AFONSO SANCHES
.......O filho bastardo que D. Dinis amava
D. Afonso Sanches está sepultado na igreja do Mosteiro de Santa Clara, em Vila do Conde, por ele mandado construir em 1318.



.....Túmulo de D.Afonso Sanches - Séc. XIV

D.Afonso Sanches nasceu em 1289 dos amores havidos entre D.Dinis e D. Aldonça Rodrigues Talha - portanto, numa altura em que o Rei "Lavrador" era já casado com D. Isabel de Aragão. Sendo bastardo, foi contudo o filho mais amado de D. Dinis, pois era um homem culto e, tal como o pai, um excelente trovador. O amor que o Rei de Portugal nutria por este filho era de tal jaez que chegou a tentar , por testamento, que fosse este - e não D. Afonso (IV) - a suceder-lhe no trono.

A Rainha D. Isabel nunca "discriminou" os filhos bastardos do seu marido relativamente aos "legítimos" - chamando-os a viverem no paço real e dando-lhes educação esmerada, igual à de D. Constança e D. Pedro, seus descendentes e, por conseguinte, "legítimos" do monarca. Afonso Sanches recebeu, portanto, formação elevada e, revelando desde sempre grande inteligência e argúcia, rápidamente se tornou predilecto de D. Dinis. .......

........ D. Afonso Sanches deu grande apoio às ordens religiosas, a ele se ficando a dever a construção em Vila do Conde do Convento de Santa Clara - em cuja igreja, aliás, ainda se pode hoje ver o seu imponente túmulo, pois ali quis ficar sepultado ( bem como a esposa, D. Teresa Martins). Falecido ainda bastante jovem (em 1329, com quarenta anos), as suas doações beneméritas tiveram bastante eco, quer junto nas ordens religiosas quer do povo simples. Por isso, em 1722 foi aberto um processo para a sua beatificação - tendo-se nessa altura escrito, pela pena do frade franciscano Fernando da Soledade, uma obra ( intitulada " Memórias dos Infantes" ) a atestar as suas virtudes e as da esposa, também ela incluída naquele processo canónico de bestificação (que tanto quanto nos foi possível apurar, ainda hoje permanece "esquecido nas gavetas da Cúria romana ).

M.M

FONTE - Diário do Minho.(extratos)

19 novembro, 2010

ADORNO HUMANO


Recordam este dia? Quanta alegria ............
Neste primeiro 1 de Maio, pela primeira vez nos juntamos em LIBERDADE, e o local foi o de sempre, em frente á Câmara.
A publicação da última fotografia, deu-me a "deixa" para hoje vos mostrar esta.
Lembram-se dos nossos rostos neste dia? Riamo-nos uns para os outros (os mais novos julgarão que é mentira), saudavamo-nos, como antes nunca tínhamos feito, enfim, tínhamos esperança.................!

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(clique na imagem para a ver aumentada)

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17 novembro, 2010

CÂMARA ORNAMENTADA.

...........Festas de 5 de Outubro.
...........(cliché de Joaquim Adriano)
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Esta fotografia terá sido "tomada" pelo Joaquim Adriano, num ano seguinte e próximo de 1910.
Recordando - Foi nesse longínquo dia 5, que aconteceu um golpe de estado organizado pelo partido republicano, que destituiu a monarquia constitucional e assim, implantou um regime republicano.

15 novembro, 2010

VIII - Encontro de Autodidactas.




No salão Nobre da Junta de Freguesia foi inaugurado o VIII Encontro de Autodidactas de Vila do Conde , - assim se pode ler no "Jornal de Vila do Conde" de 11 de Novembro de 2010.
São realmente manifestações criativas, de artistas que aprenderam sem mestre, e que cada um a seu modo, busca a perfeição.
O primeiro aqui mostrado é de Domingos Silva, que representa os antigos Correios.
O segundo é de João José, publicado num postal de 1996.
O terceiro, é de "Teresa", representando um vitral, e também visível num postal.
E o quarto, é outro trabalho de "Teresa", representando um vitral com o distintivo do Rancho do Monte, uma edição de 1993, e onde também se pode ler :
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.... Quem te ensinou a cantar
.... Rendilheirinha do Monte
.... Decerto os ecos do mar
.... Mai-lo murmúrio da Fonte.
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....( José Régio )





12 novembro, 2010

CAPELA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES

A capela de Nossa Senhora das Neves, é um dos templos mais antigos da freguesia de Azurara, estando a ela associada a festa, também considerada uma das mais antigas deste território,
Ela apresenta uma estrutura que evidencia a sua existência há já alguns séculos. E, prova disso é o alpendre que é um elemento típico nas capelas do século XVI, que outrora até chegaram a ser as igrejas matriz das suas freguesias.
Na última "conversa", disse que a festa era conhecida por - ROMARIA DOS ANÉIS - , e porquê ? Pela simples razão, que os rapazes compravam a esses ourives vindos do Porto, anéis que depois ofereciam ás raparigas.
É também curioso anotar, que por ocasião destas festas, havia um prato tradicional, que era o arroz doce e a aletria.

10 novembro, 2010

..................................Cliché de M. Rocha.
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«Patrício João e sua Mulher» eram duas figuras que, antigamente, apareciam em algumas das procissões realizadas em Azurara . Vêmo-los aqui representados por estas crianças. Estas mesmas figuras serviram de assunto a algumas comédias que, noutros tempos, aqui se apreciavam durante a festa a Nossa Senhora das Neves.
Antigamente, antes da Igreja Matriz, a festa de Nossa Senhora das Neves era feita na capela.
O pequeno largo fronteiro e os caminhos que conduziam até lá enchiam-se de tendas com quinquilharias, barracas de comidas e bebidas, fornos etc. Depois, para maior comodidade do povo, mudou-se a festa para a Igreja Matriz, onde ainda hoje se reúne grande número de tendas de ourives do Porto, de bazares de sortes, de carros de melancias, etc. Conhece-se também esta festa pelo nome de ROMARIA DOS ANÉIS.
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Fonte - livro "Azurara" .

09 novembro, 2010


Compare esta fotografia com a anterior. Mais de meio século as separam.
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08 novembro, 2010

SABIA QUE .....

Azurara - Vista tirada de avião.
Cliché gentilmente cedido e executado pelo Sr. M. P. Carneiro, por intermédio do Sr. Coronel Oliva Teles.
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AZURARA DO MINHO - SANTA MARIA DE AZURARA - AZURARA DO CONDE - ou simplesmente, AZURARA , terra de rijos mareantes, de pescadores ousados, de varões que se distinguiram dentro e fora do torrão natal, foi vila entre 1822 e 1836 ?
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FONTE - do livro "AZURARA" .

07 novembro, 2010

05 novembro, 2010

- AS PRAIAS DE PORTUGAL -

Ramalho Ortigão publica o livro "As Praias de Portugal" em 1876 , logo, deverá ter visitado Vila do Conde, um ou dois anos antes.
Ele deverá ter visto esta ponte, pois a nossa ponte metálica só foi concluída em 1893, deverá até ter andado nesta, de madeira, mas certamente chegou a Vila do Conde pelo caminho de ferro, e talvez para ele tivesse sido novidade a travessia da nossa ponte ferroviária, pois ela era "novinha em folha", pois foi inaugurada em 1872.
Ramalho Ortigão visita-nos numa época de grandes transformações, pois até Linha Americana foi inaugurada por esses anos -1874 -, data muito próxima da publicação do livro, e assim talvez a Linha ainda não existisse.
É interessante ler o que ele conta sobre Vila do Conde :
Ele diz que a nossa praia é talvez a menos frequentada pelos banhistas, o que não obsta a que seja uma das mais pitorescas e mais bela povoação marítima de Portugal.
Diz-nos também que além de algumas famílias muito distintas e especialmente hospitaleiras e amáveis, a população de Vila do Conde é composta principalmente de pescadores e de rendilheiras.
Mas Vila do Conde tem um defeito, diz ele, como estação de banhos que é, a distância que medeia entre a praia e as casas da vila, é muito grande.
Assim, e observando as datas, concluo que se Ramalho Ortigão tivesse subido ao Monte de Sant´Ana, teria observado esta paisagem que a fotografia acima nos mostra.

03 novembro, 2010


Tal é o grito valoroso e sublime da alma de um povo que a Providência destinou a ter no mar a sua história, a sua inspiração artística, a melhor, a mais bela, a mais gloriosa parte da sua existência, finalmente, a sua segunda pátria :
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A MINHA ALMA É SÓ DE DEUS,
E O MEU CORPO É DO MAR !
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(Ramalho Ortigão)

01 novembro, 2010

ESCOLA DE RENDAS DE BILROS.

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RAMALHO ORTIGÃO, foi quem , em primeiro lugar, reclamou a necessidade da «criação de uma escola de desenho pública e gratuita em qualquer destas localidades (Peniche e Vila do Conde) a escola das primeiras letras», escreveu em " AS PRAIAS DE PORTUGAL" , obra publicada em 1876.
..... Perante as várias ameaças á continuidade da arte, a ESCOLA DE RENDAS DE BILROS DE VILA DO CONDE acabou por ser criada em 1919, quarenta e três anos depois da ideia lançada por Ramalho Ortigão. A escola a funcionar no Museu das rendas de Bilros, continua a cativar alunos de todas as idades.
..... A escola foi oficialmente criada em 1919. Anos mais tarde, passou a ser chamada ESCOLA INDUSTRIAL DE RENDEIRAS BALTAZAR DO COUTO, tendo como primeiro director António Pinto Bravo. A partir de 1927, Rui Morais Vaz assume a direcção, ele que ficou conhecido como um entusiasta empenhado na melhoria da qualidade das rendas. Julieta de Castro Estrela ficou na história da escola por ter sido a primeira mestra , ou professora.
Em 1948, reagruparam-se as ofiinas de aprendizagem, dando lugar à Escola de Rendas de Vila do Conde.
..... A escola terá atingido o seu apogeu em 1960, altura em que chegou a ter 153 alunos.
..... A escola tem sido dirigida hereditariamente, desde a sua fundação. A actual professora é neta de Julieta de Castro Estrela que "entregou" o cargo á filha e esta á neta.
..... Uma das rendilheiras mais conhecida do museu é Maria da Guia. Como manda a tradição, começou aos quatro anos e conta já com 54 de experiência. Por isso, tornou-se uma especialista. Desde os seis anos que vem sendo premiada. As rendas de bilros já a levaram a França, Inglaterra, Brasil, República Checa, Holanda, Macau, entre outros. O record de bilros que já utilizou numa peça é de 2.700. Maria da Guia está confiante no futuro das rendas. Além da escola, nota perspectivas de inovação, sem sair da tradição.
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FONTE - Extratos do publicado no DIÁRIO DO MINHO.