30 dezembro, 2010

FELIZ ANO NOVO.

PONTE DE AVE - Construção românica rodeada dum ambiente campestre e repousante.

Tal como fez a Comissão Municipal de Turismo em 1965, também eu vos desejo UM MUITO FELIZ 2011.
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(As fotografias representam a frente e o verso do cartão de Boas Festas)

29 dezembro, 2010

LUGAR DA PONTE CAÍDA , era assim designada a "Meia-Laranja", aqui tão belamente vista pela objectiva de Joaquim Gomes. Como sabem, a ponte caída é uma referência á Ponte de Pedra, ou das Neves, que caiu na madrugada de 11 de Janeiro de 1821, após 28 anos de existência. Se quiserem relembrar o que aqui já foi escrito sobre esta ponte, escrevam - ponte de pedra - no pequeno rectângulo branco que podem ver acima, e depois cliquem na lupa, e , assim, irão para uma outra janela.

27 dezembro, 2010

FRAGATA NO RIO AVE.

No catálogo da colecção Jorge de Brito, pode-se ver este desenho que foi vendido no dia 16 de Dezembro de 2010, pela leiloeira "Renascimento", em Lisboa.
O que se pode ler neste catálogo referente a este desenho, é o seguinte:
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RIO AVE COM FRAGATA E CASARIO, desenho à pena sobre papel.
Dim.- 32x43,5 cm.
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Sabe-se que o desenho é de JOÃO DANTAS, um pintor da Escola Portuguesa do séc.XIX que viveu entre 1840 e 1909, e que tinha uma especial vocação para pintar "MARINHAS".
O casario que se vê em fundo será, provávelmente, Azurara.
Seria interessante descobrirmos se este barco terá sido construído em Vila do Conde.
Temos leitores/comentadores, muito conhecedores destas áreas, ... será que algum terá conhecimento de tal barco ?

23 dezembro, 2010


UM SANTO E FELIZ NATAL PARA TODOS.
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(segunda - feira, voltarei ao nosso convívio)

22 dezembro, 2010

A Classe São Gabriel foi uma classe de cruzadores ao serviço da Marinha Portuguesa. Os dois navios da classe, são o São Gabriel e o São Rafael, eram conhecidos por os ANJOS.
Os navios foram encomendados aos estaleiros franceses de "Le Havre" no âmbito do programa de reequipamento da Marinha Portuguesa da transição do séc XIX para o séc XX.
Foram os primeiros navios portugueses a terem instalado um sistema de comunicações TSF.
Entre os anos de 1909 e 1910, o São Gabriel tornou-se o primeiro navio português a efectuar uma viagem de circum-navegação.
O São Rafael foi perdido por acidente, depois de ter encalhado na foz do rio Ave em 21 de Outubro de 1911. O São Gabriel manteve-se em serviço até 1924.
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NOTA- Coloquei aqui esta foto, pois curiosamente tem um erro, já que menciona o rio Douro como local do acidente, em vez do rio Ave.
A fonte a que se refere a fotografia, é de um fantástico "blog" sobre barcos, mas lá procurei a foto sem resultados.
E assim, fecho o capítulo São Rafael.

20 dezembro, 2010

O "S.RAFAEL" e o "ADAMASTOR"


TERÇA - FEIRA, 4 de Outubro de 1910.
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Disse-nos o Faria Correia num comentário da anterior mensagem, que - O S.Rafael bombardeou o Palácio Real em 1910 - .
Fiz uma pequena pesquisa, e encontrei este breve relato:
Numa terça-feira, 4 de Outubro de 1910 o Cruzador S.Rafael e o Adamastor bombardearam o Palácio das Necessidades.
Os cruzadores, já controlados pelos republicanos, tomam posição frente a Alcantâra, de onde, cerca das onze horas, disparam mais de 40 granadas sobre o Palácio real, atingindo a cornija da capela das Necessidades e o próprio de D.Manuel, além de terem conseguido cortar o mastro onde estava hasteado o pavilhão real.
Esta acção provoca a fuga do rei e lança a confusão nas tropas que defendiam o palácio real, ao mesmo tempo que alivia a pressão sobre o quartel de Alcantâra, onde os insurrectos estavam entrincheirados.

17 dezembro, 2010

O «S.RAFAEL»


A fotografia de cima, mostra-nos o «S.RAFAEL» onze anos antes do seu naufrágio, que viria a acontecer na foz do rio Ave, em Outubro de 1911.
Já em Janeiro de 2007, vos mostrei fotos desse naufrágio, fotografias essas da autoria de Joaquim Adriano, sendo uma delas a primeira após o naufrágio.
Portanto, na primeira foto, e que me foi enviada pelo "Cereja", o que novamente agradeço, vemos o cruzador S.RAFAEL a navegar a toda a força, e a segunda foto mostra-nos a chegada ao nosso cemitério da única vítima desse acontecimento. Certamente, 11 anos antes ele estaria a bordo do barco aquando da toma da fotografia.
Como descrevi em 2007, na imprensa local, escreveu-se o seguinte:
Três tiros de canhão despertam a calma população de Vila do Conde. Era o S.Rafael que estava naufragando na foz do rio Ave.

15 dezembro, 2010

A CAPELA DO SENHOR DA AGONIA


A Capela do Senhor da Agonia, foi mandada edificar por Pedro Silva, natural de Santa Eulália, de Beiriz, mas morador em Vila do Conde, na era de 22 de Outubro de 1695, em frente dos Paços e da Cadeia.. Foi casado com Grácia Maria Botelha.
Mandou-a erguer para que os presos não ficassem sem ouvir a missa dominical e a dos dias santificados. Para alcançar o seu propósito pediu ao Juiz e Vereadores o terreno necessário mas sem qualquer foro, o que lhe foi concedido. Ele obrigava-se a edificar «uma capela do Terreiro da Praça da dita Vila do Conde, e defronte da cadeia pública dela, para que tenham os presos autoridade e proveito de ouvirem missa...». Obrigava-se ainda «na dita forma a fabricar à sua custa o templo, capela sobredita e orná-la de talha de retábulo e altar e paramentos para se celebrar o Santíssimo Sacifício da Missa...». Fez doação de certos bens de raiz com as obrigações referidas «enquanto o mundo durar».
Em 25 de Setembro de 1707, estando doente, perante o tabelião Francisco da Cunha Santos, disse «que erigiu e fez de novo uma capela de invocação de Nossa Senhora das Angústias, Bom Jesus da Agonia e Espírito Santo, a qual está em Vila do Conde rio em meio deste lugar, defronte da cadeia da dita vila... e que fazia escritura para vincular à capela outros bens». O seu interior é forrado de azulejos setecentistas. O altar é modesto mas as imagens, apesar do seu grande volume para a exiguidade da ermida, são de boa factura sobretudo o Cristo na Cruz, considerado de «primeira excelência» pelo Prior Falcão no seu «EPÍTOGO TOPOGRÁFICO». Tanto o Cristo como a Nossa Senhora e São João Evangelista foram restaurados em Braga, em 14 de Novembro de 1945, a expensas Dona Maria d´Agonia Domingues, residente no Rio de Janeiro. Numa das paredes da capela há uma lápida com uma inscrição de homenagem.
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FONTE - do livro VILA DO CONDE de Joaquim Pacheco Neves.

13 dezembro, 2010

JARDIM DO SENHOR DA AGONIA

Rara perspectiva deste jardim.
Nele se pode ver a antiga cadeia, parece que em obras, e o Passo, logo aqui em primeiro plano. Este Passo ou Estação, representa o segundo Episódio da Paixão de Cristo - Jesus carregando a cruz ao ombro - , e encontra-se hoje a escassos metros, na rua Nossa Senhora de Fátima.

10 dezembro, 2010

........ CONJUNTO MIFA.
Este conjunto existia em Vila do Conde nos anos cinquenta.
Do lado direito da fotografia, está identificado o senhor Alexandre Maia. Conseguem identificar mais alguém ?

08 dezembro, 2010

Hoje, dia 8 de Dezembro de 1951, ofereceram-me como prenda do meu aniversário, este cavalinho de madeira.
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Assim, deste modo, partilho convosco o dia em que comemoro o meu sexagésimo segundo aniversário.
Este quintal, existiria já desde 1938, passando no princípio dos anos setenta a ser um salão de chá, para complemento de outro já existente, e nos dias de hoje é o interior de uma agência bancária. (curiosidades)

06 dezembro, 2010



VILA DO CONDE / BEIRIZ.
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Como sabemos, Beiriz ( Villa Viariza ) foi uma unidade rústica medieval até á reforma liberal , e pertenceu ao concelho de Barcelos, e em 1836 passou a pertencer a Vila do Conde, e seguidamente, em 1853 passou a integrar o concelho da Póvoa de Varzim.
Assim sendo, Beiriz pertenceu a Vila do Conde durante 17 anos, e assim tenho a "deixa" para vos falar sobre os tapetes de Beiriz.
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Os tapetes de Beiriz são tapetes rústicos de lã originários da freguesia de Beiriz na Póvoa de Varzim.
A sua origem está na antiga fábrica de "Tapetes de Beiriz", cuja fundação data de 1919, tendo encerrado a sua actividade na década de 70, sendo mais tarde reaberta por uma nova administração, uma década depois, em 1988.
Estes tapetes celebrizaram-se pelo "ponto de Beiriz", mas também pelo "ponto de estrela", e "ponto zagal".
A sua característica mais notável é o facto do desenho do tapete manter-se quando está virado do avesso.
É um tapete caro, pois hoje encontra-se á venda por 160 a 250 euros o metro quadrado.
Podem se ver no Tribunal Internacional de Haia, no Teatro de São Carlos, na Cãmara Municipal do Porto, Palácio de Belém.
Este que acima vos mostro (segunda imagem), estava em casa de meus avós desde 1938, e em cima dele brinquei, e, claro. ajudei a estragá-lo. Era grande, muito, pois deveria ter 6x4 metros, pois a sala era grande, ao contrário das nossas "casinhas de hoje".
A primeira fotografia, é onde se pode ver a segunda imagem colada, e estava emoldurada num tamanho considerável, pois teria 50x40 cm.
Infelizmente mantive-a mal acondicionada nos últimos 20, 30 anos, e daí o desenho do tapete que seria fornecido ao cliente, ter entrado num processo de deteriorização que eu não saberia resolver, e daí o ter entregue no Centro da Memória (doado, obviamente), para que futuramente ainda pudesse ser visto.







03 dezembro, 2010

CAPELA DE SANTA CATARINA

Nas últimas linhas da mensagem anterior, disse-vos que aquela rua que se via do lado direito da foto, e caminhando por escassos metros em estreitos caminhos ou cangostas, se ia encontrar esta Capela, a de Santa Catarina.
Diz Joaquim Pacheco Neves, que é tradição dizer que neste alpendre da capela passava as tardes Antero de Quental, quando o tempo corria de feição, talvez a olhar, nas lonjuras do mar, a ilha distante onde nascera.
Esta capela é bastante antiga, talvez dos fins do século XV, segundo o Dr. Eugénio da Cunha Freitas.
O interior é muito rico, e há um retábulo barroco de estilo português, com uma talha luxuriante e em muito bom estado de conservação.




01 dezembro, 2010

A PRAÇA VELHA.

Este local, teria sido outrora um local de passagem para velhas ruas de Vila do Conde.
No tempo da Bacia Fluvial ( todo o espaço que hoje é o Terreiro e o Mercado ), julgo que a passagem por este Largo era obrigatória, e até a Cãmara aqui esteve sediada. Algumas pessoas apontam até esta casa que se vê do lado da esquerda da foto, como sendo o local onde ela estaria, e outros dizem ter sido nuns terrenos ali próximos. (coisas que ouço).
Diz Joaquim Pacheco Neves, que a Praça Velha e as ruas que dela partem, vão seguindo as cristas do morro e descendo suavemente pela Rua da Costa, da Igreja, da Senra, dos Prazeres, até findarem no Socorro.
De seguida, relata de algum modo a Bacia Fluvial, e assim todo o trânsito para poente se teria de fazer pelas partes altas da terra.
Penso que este local seria uma encruzilhada, pois dele partiam diversas ruas. A estrada velha para a Póvoa, a norte, a estrada para as aldeias , a nascente, e para sul, os tais caminhos e cangostas que iriam ter á zona do Socorro. E, esta rua (visível na fotografia) para poente, iria dar á Capela de Santa Catarina, que também servia para os pescadores verem de longe o estado do mar, e, assim decidirem sobre a sua pescaria. Para este efeito, também usavam a capela de Santo Amaro.