29 abril, 2009

BARCOS DA ARTESANAL




As duas primeiras fotos, pertencem a A. Carmo e é curioso notar a data que se vê na de cima, 1961, e no verso da mesma, pode-se ler:
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Barcos da Artesanal em construção com o estaleiro cheio e construídos fora do estaleiro ao lado da estrada.
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Parece que foi ontem, mas os mais novos nunca mais verão semelhante acontecimento.
A última fotografia, tirei-a há poucos dias em Albufeira, e, só aqui tem lugar, porque creio ser uma boa maneira de preservar e mostrar esse património que também é nosso. Estava em construção uma rotunda, e lembraram-se de aí colocar este barco. Penso que não ficaria mal, para os lados das Caxinas, se um dia víssemos algo semelhante, e se houvesse locais disponíveis quase se faria um museu aberto, e aí, tenho a certeza, as pessoas que nos visitassem aplaudiriam.
Desconheço as dificuldades de tal empreendimento, mas que é boa ideia, lá isso é.

27 abril, 2009

A VISITA

Cerca de quinhentos anos depois da vinda do Santo a Vila do Conde -
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- A cerimónia da colocação do relicário com os despojos de D. Nuno Álvares Pereira junto do túmulo de sua filha D. Brites Pereira, que se encontra na Igreja de Santa Clara.
E, dessa época, Março de 1961, também faz parte esta fotografia, em que se vê o nosso conterrâneo, e meu amigo José Guedes, lendo um texto de sua autoria intitulado "Evocação a D. Nuno", cerimónia essa, que teve lugar em Santa Clara.
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As outras pessoas visíveis na foto, são:
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Da esquerda para a direita.
1 - Jornalista /conferencista.
2 - Dr. Mateus, delegado da comarca.
3 - Bento Amorim.
4 - Governador Civil do Porto.
5 - Bispo Auxiliar de Braga.
6 - Presidente da Câmara de Vila do Conde.
7 - Padre Reinaldo Pelayo.


26 abril, 2009

O SANTO CONDESTÁVEL

D. NUNO ÁVARES PEREIRA, ESTEVE EM VILA DO CONDE.
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Vamos remontar aos princípios século XV, mais própriamente às vésperas da conquista de Ceuta. Para acompanhar D. Nuno Álvares Pereira na madureza dos seus cinquenta e quatro anos, a subir do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde. Vinha de luto, sofredor travando as lágrimas como à sua condição cumpria, a enterrar a filha Beatriz, unigénita, condessa de Barcelos. Não erraremos muito talvez se virmos o Condestável naquele momento desafortunado a remoer a desilusão da sua derrota política - ele, o « nunca vencido cavaleiro », e a antever para breve a estamenha de frade.
Era Nun´Álvares, naquele tempo - charneira, o símbolo de um mundo velho que estava a acabar. Ou, para usar a imagem de Arnold Toynbee, um leito de agonia e morte onde iria engendrar-se e nascer a vida nova da Modernidade. E o Mosteiro de Santa Clara que recebia o herói não tinha significado muito diferente: porque a esperança do futuro crescia no terreno circundante sobre o qual exercia senhorio. Efectivamente, era então Vila do Conde bastante mais que o espaço monástico erguido no alto do cerro sobranceiro ao rio. De facto, quando o século XV desponta, existe ali, projectado para Norte Poente, um burgo com capacidade de resposta rural e urbana há viragem nacional que vai dilatar a Pátria pelos Algarves d´Álém - mar.
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FONTE - NOVA HISTÓRIA DE VILA DO CONDE - ( A. do Carmo Reis )
...............- extrato -

15 abril, 2009

REPOUSO


Vou descansar alguns dias, mas voltarei numa outra maré.
Entretanto, e dirijo-me aos que visitam assíduamente este espaço, poderiam dar ideias, pareceres, mostrarem o que mais gostariam de ver realizado em Vila do Conde, e assim, talvez surgissem ideias fantásticas.
Eu, gostaria de ver na nossa terra, um parque de estacionamento para automóveis, um pouco à semelhança do que vejo na Póvoa de Varzim, coisa que iria certamente, descongestionar as nossas ruas.
Este é o meu "desejo", e o vosso?

13 abril, 2009

AS LUTAS LIBERAIS

DESEMBARQUE DA EXPEDIÇÃO LIBERAL NA PRAIA DO MINDELO.
(Reprodução de uma litografia da época).
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PARTIDA DA EXPEDIÇÃO - Organizado o exército com emigrados liberais de quase todos os países, todos estonteados pelas ardorosas fantasias românticas ... ás duas da tarde do dia 27 de Junho de 1832, o duque de Bragança embarcou na corveta AMÉLIA e ... a um tiro de peça da fragata Almirante, suspendeu ferro a expedição, destinada a « combater - como diz Oliveira Martins - o moderno dragão armado de estadulho á beira mar das caravelas ».
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O DESEMBARQUE - O exército libertador vinha admirávelmente disciplinado, por obra de D. Pedro. Mas todos tinham embarcado sem um plano, sem ao menos terem fixado um ponto para desembarque. Vinham para Portugal, combater pela rainha ; mais nada sabiam. Ao fim de dez dias de viagem, em 7 de Julho, pelas dez horas da manhã, avistaram-se as costas de Portugal, entre Caminha e Vila do Conde. E foi sómente então que D. Pedro e os ministros resolveram que o exército entrasse pelas praias de Mindelo.
Parece averiguado que não foi bem na praia chamada de Mindelo que se fez o desembarque, mas em Labruje ou Arnosa - do- Pampelido.
Quando a esquadra lançou ferro, D. Pedro, a conselho de seus ministros, os quais pareciam ver com bem fagueiras cores os resultados imediatos da difícil empresa, mandou Bernardo de Sá a Vila do Conde, intimar o comandante das forças de D. Miguel - general José Cardoso de Carvalho - a que se rendesse e reconhecesse a rainha e a Carta. A resposta é claro que foi negativa. E muita sorte teve o parlamentario em dar com aquele general, que o respeitou e o deixou regressar, íntegro, á praia; porque, se tivesse aparecido a outro miguelista, com semelhante intimativa, e embora no gozo de prerrogativas especiais e sagradas de inviolabilidade, teria sido logo preso e fuzilado.
No dia 8, ás 9 horas da manhã, a corveta arvorou o estandarte real que foi saudado pela esquadra, e, ás 3 horas da tarde, apesar das dificuldades da ressaca, tinha-se feito o desembarque dos sete mil e quinhentos libertadores.
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FONTE - Enciclopédia pela Imagem. (Uma muito velha enciclopédia da LELLO e IRMÃO Lda).
NOTA - Actualizei a ortografia.
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10 abril, 2009

UMA SANTA PÁSCOA

........................................... = R e s s u r r e i ç ã o d e C r i s t o.=
.............................................- Giovanni Bellini -

08 abril, 2009

= MEMÓRIAS =

No dia 20 de Março, e com o mesmo título, publiquei uma fotografia muito idêntica a esta. Foi datada pelo Sr. Artur Bonfim, como sendo do ano 1925.
Esta, terá sido captada uns anos mais tarde, talvez nos princípios dos anos quarenta. O "Bazar Moderno", lá continua, e desde 1907, mas logo quase junto, vemos uma casa esbranquiçada, que foi inaugurada em 1938, e como o "Café Bompastor"( o edifício) só existe por meados dos anos quarenta aproximo-me bastante da data da toma da fotografia.
Como alguém comentou nesse dia 20 de Março, que a Av. coronel Alberto Graça começa a assim chamar-se a partir de 1935, ficamos assim com um apontamento enriquecido.

06 abril, 2009

DATAR

Em que ano terá isto acontecido?
Serão ofertas para o hospital, por altura das Festas da Páscoa? Certamente, o Sr. Artur Bonfim identificaria rápidamente a fotografia, mas também tem algum interesse que sejamos nós a descobrir. Talvez perguntando em nossas casas, aos mais velhos, se se recordam destes momentos.
É de reparar também o pavimento em frente ao hospital, em que vemos um lajeado colocado com alguma ordem.
Vê-se também encostado à casa próxima da igreja, um cruzeiro, que pode ser o que posteriormente foi colocado á direita da saída da Misericórdia.
Seia interessante, que na nossa memória ou recordações colectivas, desvendássemos todas estas interrogações.

03 abril, 2009

FANTÁSTICO

Parecem duas vulgares fotos nocturnas de Santa Clara, mas são muito mais do que isso.
Nunca tinha ouvido falar, e muito menos, ter visto fotografias que nos mostram a nossa "Correcção"iluminada com velas.
Foi já nos distantes anos de 1932 e 1933, por altura das Festas do Carmo que tal aconteceu. Hoje, não seria sómente fantástico, seria mesmo fenomenal. Imaginem o cartaz turístico que seria para divulgação da nossa terra, mas seria óbviamente muito difícil, talvez não pelos custos em dinheiro, mas sim em "custos" de carolice.
Devem ter sido fantásticas, estas - Festas do Carmo - .
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Fotografias cedidas por A.Carmo.




01 abril, 2009

PARECE RENDA...

... mas não é. É a réplica da caravela "BOA ESPERANÇA" , a três meses do bota-abaixo.
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-Abundava a madeira de pinho e carvalho nas matas das redondezas para montar quilhas, rodas de proa, cavername, casco, obras vivas e mortas. Prosperava o fabrico de panos « para velas, traquetes e tréos e que só tinham rivais nos Anvéres ». O que não havia na indústria local, procurava-se noutras terras e no estrangeiro, sobretudo nas partes setentrionais da Europa.
-Com a perícia na arte de marear rivalizava, na gente de Vila do Conde, o talento de fazer navios. Eram construtores de reconhecido mérito os carpinteiros da Ribeira da vila e não menos direitos tinham à mesma fama os calafates para que o rei D. Manuel mandasse apresentar em Lisboa oito deles com suas ferramentas.
-Laboravam os estaleiros intensamente, construindo navios de diversa tonelagem e variado aparelho. No decorrer da segunda metade do séc. XV, verifica-se que é dominante a construção de caravelas. Havia vantagem na opção por navios mais ligeiros que as velhas naus de grande porte, mais rápidos e com maior agilidade de manobra contra corsários: além que o seu baixo calado era a melhor resposta técnica aos problemas levantados periódicamente pelo leito do rio.
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FONTE - Extrato - NOVA HISTÓRIA DE VILA DO CONDE de A. do CARMO REIS.
FOTOGRAFIA - Carlos Manuel.