29 fevereiro, 2008

27 fevereiro, 2008

CANTINA ESCOLAR

Infelizmente, a fotografia está bastante danificada, mas mesmo assim resolvi publicá-la, pois trata-se de um interessante registo.
Trata-se de um postal, enviado a uma senhora pela Direcção da Cantina Escolar, para agradecer uma dádiva.
Está datado de 17-12-1954, e na seguinte quarta-feira, dia 22, pelas 12 horas, iria se realizar uma distribuição de agasalhos pelas crianças protegidas desta Instituição.

25 fevereiro, 2008

HOTEL VILLACONDENSE


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Penso ser uma interessante notícia, pois deste Hotel nunca tinha ouvido qualquer comentário.
No " JORNAL DE VILLA DO CONDE" de 1888, inserido num texto sobre o S. João, pude ler o seguinte :
«Hotel Villacondense, sito na rua dos Pelames, próximo do Campo da Feira, e cuja proprietária era a S.a Antonia Luiza Forbes.»
Na primeira foto coloquei em destaque esse edifício, porque sendo o maior, sou levado a pensar , ser esse a que o texto se refere.

22 fevereiro, 2008

JOSÉ RÉGIO

Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar...
-Lembra-me Vila do Conde,
Já me ponho a suspirar.
Vento norte, ai vento norte,
Ventinho da beira-mar,
Vento de Vila do Conde,
Que é minha terra natal!,
Nenhum remédio me vale
Se me não vens cá buscar,
Vento norte, ai vento norte,
Que em sonhos sinto assoprar...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
-Lembra-me Vila do Conde,
Mais nada posso lembrar.
J O S É R É G I O .
(do «Romance de Vila do Conde»)

20 fevereiro, 2008

VELHAS PREOCUPAÇÕES.

Poluição do meio aquático pelos esgotos industriais e urbanos.

Como é sabido , os peixes são extremamente sensíveis à poluição do seu meio vital , só vivendo em águas mais ou menos puras e arejadas . O que se sabe acêrca das suas exigências respiratórias e da sua invulgar susceptibilidade orgânica é o bastante para se abranger a vera latitude do perigo que para a fauna piscícola do Ave representa a evacuação , sem prévio tratamento , dos mais variados esgotos industriais e urbanos , assim como permite fazer uma ideia das funestas consequências de algumas práticas rotineiras , nomeadamente a maceraçâo do linho e a lavagem dos utensílios empregados na sulfatagem das vinhas.
A projecção de semelhante estado de coisas não pode deixar de ser deveras alarmante e de se traduzir num agravamento progressivo das condições biológicas do rio , não só pela maior ou menor toxicidade das substâncias residuais que ele recebe , mas também porque a oxidação ulterior das matérias orgânicas presentes nalguns esgotos , consome o oxigénio de que os seres aquáticos carecem para viver .
É fácil portanto inferir destas considerações que não será possível suster o despovoamento do Rio Ave sem resolver de maneira satisfatória o momentoso problema do seu saneamento . Para o conseguirmos , dada a inutilidade do esforço catequético até hoje despendido , não vemos outro meio susceptível de oferecer certas probalidades de êxito que não seja a reforma imediata da legislação aquícola , pelo menos na parte respeitante à repressão dos delitos , pois é a ineficácia da sua estrutura jurídica , à moderação ilógica das suas penas que se deve atribuir o desaforo com que entre nós se atenta contra a normalidade biológica das águas . Dessa forma pôr-se-ia à disposição das autoridades competentes os meios necessários para evitar a completa ruína da nossa piscicultura , embora sem deixar de ter presente a conveniência de acautelar , tanto quanto possível , os legítimos interesses da indústria e dos municípios , concedendo-lhes para a depuração dos repectivos esgotos todas as facilidades compatíveis com o interesse geral . Aliás não nos custa admitir perfilhando a opinião de Weigelt , que a indústria tem mais valor para a humanidade do que o peixe de água doce e por isso um centavo de despesa que se lhe imponha sem absoluta necessidade , é um roubo que pode afectar gravemente a economia do País . O que está em jogo porém não é a primazia económica de qualquer dos sectores ; é sim a indispensabilidade de fixar o âmbito das suas esferas jurisdicionais , condicionando os sus direitos e os seus deveres recíprocos , de maneira a impedir que os seus interesses colidam e se prejudiquem . Como é óbvio , o nosso desideratum não consiste em coartar os privilégios da indústria , criando dificuldades à sua expansão e desenvolvimento . O que se pretende é que ela não abuse da sua força e lese deliberadamente a piscicultura , só porque se julga dispensada de depurar as suas águas residuais . É isso que se deseja e é por isso que , a bem da Colectividade , se há-de conseguir um dia , quando se conceder ao estatuto das águas interiores a eficiência de que hoje carece.
JOAQUIM SOEIRO.
Club Fluvial Vilacondense - 1949 .

18 fevereiro, 2008

CLUB FLUVIAL VILACONDENSE - 1949

Aspecto da assistência no Festival Náutico de 11 de Set de 1949.
(foto de C.Adriano)

Foi o Festival náutico inter - clubs com a presença dos clubs:
Fluvial Portuense , Sport Club do Porto , Naval Infante D.Henrique , Fluvial Esposendense , Galitos da Foz , Futebol Club do Porto . Propaganda de natação e Naval Povoense . Provas de remo e natação . Taças e medalhas .

Publicado no CLUB FLUVIAL VILACONDENSE - 1949

15 fevereiro, 2008

CURIOSIDADES

Na anterior postagem , do alto das Torres na proximidade do mar , olhamos para norte , e vimos o interior da quinta do Eng. Carvalho , e podemos acrescentar , que esse terreno é o que resta ainda em estado primitivo da já aqui falada , Cova da Andorinha , que mais não era do que todo o espaço entre as Caxinas e o rio , e para o interior seria de acordo com a época que referíssemos , pois Vila do Conde estava a crescer em direcção ao mar .
Tenho por certo esta ideia , pois é a conclusão de tudo que tenho lido , mas para um melhor conhecimento , devemos sempre consultar livros sobre a nossa terra , por exemplo , os do Sr.Dr.Carmo Reis , os quais me são de grande utilidade para a construção deste blog.
Na fotografia de hoje , e olhando para sul , vemos uma V. Conde em crescimento , e , reparem que para sul da Av. do Ferrol ainda temos terrenos desocupados , que seriam semelhantes ao que vemos no interior da Quinta , dunas e baixa vegetação.

13 fevereiro, 2008

CURIOSIDADES

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Conhece ? Certamente que sim , mas desconhecia o aspecto do interior do espaço , que nos vai dizer onde é . É fácil .

11 fevereiro, 2008

EXTERIOR DA ESTAÇÃO AQUÍCOLA





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Como se pode observar nestas fotografias , a estação era bem diferente da actual e foi sofrendo diversas alterações ao longo do século em que esteve activa , digo esteve porque na actualidade , só presta alguns serviços , tendo muito menos vigor , da estação de outrora.
Na terceira foto , recordo que nos anos que se seguiram ao instante representado , existia na parede ao fundo e junto à casa , um lindo lago , com dois esbeltos cisnes . Pelos anos cinquenta esse lago desapareceu , dando lugar a uma pequena casa , que nos dias de hoje ainda se pode ver , e que mais não era do que as instalações administrativas da estação aquícola.
Na última , vemos estes tanques dos quais eu não me recordo , e que muito provávelmente serão do primeiro quarto do séc-XX . Vemos ao longe a Igreja da Lapa , o que hoje , deste ângulo é impossível observar.

08 fevereiro, 2008

INTERIOR DA ESTAÇÃO




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Na primeira e segunda fotografia , podemos ver dois aspectos do antigo laboratório .
Na terceira , vemos os tanques onde eclodiam os peixinhos . Nuns tabuleiros , chamar - lhes - ei assim , compostos de umas varetas de vidro colocadas em paralelo , e aí eram depositados os ovos e colocados em repouso nestes estreitos e compridos tanques até á sua nascença . Esta operação era sempre vigiada pelo guarda e outros trabalhadores , principalmente para retirar os ovos mortos . (Quando estavam esbranquiçados) .
Ainda na terceira foto , vemos do lado esquerdo uma porta , que era a que nos dava acesso á sala representada na quarta fotografia . Nela se pode ver umas janelas , de um e outro lado , que mais não eram que uns grandes aquários , contendo peixes já de um considerável tamanho . Esta sala tinha um forte cheiro a humidade , pois era interior e normalmente estava encerrada.

NOTA - Prometo que na próxima postagem encerro o tema «estação aquícola» . Digamos que estou a brincar com a minha memória , e estou tirando um enorme prazer

06 fevereiro, 2008

O BARQUEIRO


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Pequenos instantes , que retratam uma época.
Olhando para os trajes das pessoas mostradas nas fotos , e atendendo que a ponte de pau , só foi construída em 1935 pelo Eng. Carlos Corte Real , e caiu em meados de sessenta , penso poder datar estes momentos pelos anos 20 ou 30 .
Depois da ponte ter caído , também foi necessário a ajuda de um barqueiro , e , deste sim , ainda me recordo .

04 fevereiro, 2008

ESTAÇÃO AQUÍCOLA DO RIO AVE


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A água para o funcionamento da estação é fornecida directamenre do rio por duas rodas hydraulicas durante o inverno , e por uma bomba centrifuga e por um motor a vento que a elevam de um poço no Verão quando a temperatura da agua do rio não permitte o emprego das rodas hydraulicas .
A agua é pelos motores levada para dois depositos de alvenaria que garantem o abastecimento e d´onde sahe depois de filtrada. ..............
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NOTA - Na primeira fotografia , vemos um enorme tanque coberto , que , esse sim , recordo ainda a funcionar , entrando-lhe a água por uns grossos tubos , e na saída essa água ao longo de um caneiro , ia alimentando os diversos tanques ,(estes com peixes ), chamados de grandes e pequenos . Quanto ao segundo depósito , será um tanque que fica do lado esquerdo do que se pode ver na foto , mas porque se encontra ao nível do solo , não é mostrado na fotografia . Mas , posso vos dizer , que este referido tanque , nos anos cinquenta , servia para criação de dáfnias , microrganismos que constituem parte da alimentação dos pequenos peixes .
O texto que acima publiquei , foi retirado de uma qualquer publicação , mas porque são folhas soltas , não posso mencionar o nome,

01 fevereiro, 2008

Estação Aquícola em Villa do Conde

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em O AVE-1893.

Do nosso collega portuense O Commercio do Porto transcrevemos a seguinte notícia :

«Como é sabido foi decretada a creação de uma estação aquícola em Villa do Conde , estabelecimento da maior vantagem , não só para aquella localidade , como para o norte do paiz .
O ante-projecto da estação foi elaborado pelo distincto engenheiro Sr. Manoel de Souza Machado Junior , que n´esse trabalho se houve com uma competencia comprovadora dos seus meritos .
A estação referida apenas importara em 3.000.00 reis , e a sua utilidade reconhecer-se- ha sabendo-se que ella tratará não só de peixes d´agua dôce , como dos de agua salgada .
Foi , portanto , um acto de verdadeira justiça praticado pelo ex-ministro das obras publicas sr. Conselheiro Bernardino Machado , creando uma estação aquicola em Villa do Conde , localidade , que pelas suas condições está perfeitamente apta para um estabelecimento d´aquella natureza »

Nota - Como tenho algumas interessantes fotografias sobre este tema , vou tentar nas próximas postagens , a ele me dedicar.
Não sei datar a foto acima colocada , mas por certo pertencerá aos primórdios da estação.