27 novembro, 2009

O PAVILHÃO DE PESCA.
.Em boa hora lançamos a ideia da construção de um Pavilhão de Pesca, junto à foz do Ave, que desse ao amador de pesca que nos visita, passibilidades de conforto e bem estar, para o desenvolvimento desportivo e turístico do nosso excelente e famoso Pesqueiro.
E assim, embora ainda longe da sua conclusão, por falta de ajuda oficial que já tarda, hoje em dia o «Pavilhão» é uma casa acolhedora no extenso areal, graças à boa vontade de alguns e à muita ajuda de grandes e benquistos Fluviais ou que ao Fluvial se quiseram juntar, para que fosse levado a cabo tão magnífico e necessário empreendimento.
E ao solicitarmos de todos os Amigos uma ajuda para a conclusão da obra, embora a mesma não esteja parada, queremos aqui deixar o nosso Muito Obrigado àqueles que crêem em todas as possibilidades e são autores da obra que a fotografia já mostra.
Com tão boas vontades, quem pode descrer no futuro do Fluvial ?
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Em, o boletim do Clube Fluvial Vilacondense de 1950.



E agora, já concluído e "novinho em folha".
Era realmente um lugar interessante.


26 novembro, 2009

MEMÓRIAS

(clique na imagem, para a ver aumentada)
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Aqui, identifico duas pessoas, que de um e de outro modo, marcaram Vila do Conde.
E o que representará a foto? Será o Baptismo deste nosso velho carro de Bombeiros?
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25 novembro, 2009

E ANTES DE SER
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O GRÉMIO DA LAVOURA, ERA O SYNDICATO AGRÍCOLA.

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E no verso da fotografia, o Sr. Artur do Bonfim fez o favor de escrever o que abaixo podem ler, e assim, é mais um enriquecimento à foto aqui publicada.

É evidente que , o Sr. Artur, se refere à casa que aqui vemos incendiada, e na qual o Fluvial, durante largos anos, guardava os barcos. ( barcos esses, que me deram os meus primeiros calos ).

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Reparem, que por esta época, ainda não existia o jardim, mas sim o velho "TERREIRO" ( como nós, "vileiros", ainda gostamos de lhe chamar ), que mais não era, do que a antiga FEIRA DO GADO.

23 novembro, 2009

GRÉMIO DA LAVOURA.
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...................................................ADVERTÊNCIA.
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A pequena colecção de objectos que constitui o « Museu » deste Grémio, carinhosamente reunidos no segundo andar do nosso edifício social, constitui a verdadeira documentação de alguns vestuários das nossas lavradeiras e da aparelhagem agrícola adoptada no nosso concelho nos tempos passados.
Procurou-se mostrar, também, como é a cozinha do nosso lavrador (sua sala de visitas) e o seu quarto de dormir que ali à sua rusticidade a beleza do seu conjunto de carácter religioso (santuário e quadro) e de ... superstição (figa).
Não teve este Grémio outra preocupação que não fosse a de reunir os elementos que deverão constituir os alicerces de um verdadeiro MUSEU ETNOGRÁFICO para o que no concelho não faltam valiosos elementos.
A Direcção deste organismo, ao inaugurar o que já se fez, não quer deixar de exprimir o seu reconhecimento ao Sr. Elísero Fernandes Pinto, criador da ideia - agora tornada realidade - a cujo serviço dedicou todo o seu entusiasmo, zelo e competência, e prestar homenagem à memória do Padre Agostinho Antunes de Azevedo que tanto a acarinhou.
Oxalá que os objectos expostos dêem o estímulo necessário a todos os lavradores para, com o seu concurso, podermos reunir objectos de maior valia.
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É o que deseja
A DIRECÇÃO.
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Vila do Conde , Setembro de 1947.
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NOTA - Na primeira fotografia , verão fácilmente a palavra "Lavoura", e na segunda no enfiamento dos jardins centrais, identificarão melhor o edifício do Grémio.
Ainda na primeira fotografia, e do outro lado da rua , vê-se que ali existia uma alfaitaria com o nome "ALFAITARIA AMÂNDIO (FILHO) , e junto uma "CASA DE COMIDAS" , que certamente daria origem ao "CANTINHO".




20 novembro, 2009


« HÁ TANTA SUAVIDADE EM NADA SE DIZER E TUDO SE ENTENDER »
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( Fernando Pessoa )
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CURIOSIDADES.
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Diversas pessoas me perguntaram o que representaria os três "U", que vemos desde sempre no renovado Cine-Teatro-Neiva.
Uns, diziam que seria puro embelezamento, mas afinal, qual o significado? Mas hoje, com a "internet", tudo se sabe. Procurei, li algumas questões que só os mais ligados ao teatro entenderiam, mas o que eu considero que é necessário reter, é o seguinte:
Os três U´s, representam as três unidades do teatro - TEMPO-ESPAÇO-ACÇÃO.

18 novembro, 2009

UM VILACONDENSE.

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PELO RIO NOS ANOS 10 / 20.
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Que serviço prestavam estes barcos no rio Ave?
Espero que nos comentários , surja alguém que nos elucide.
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17 novembro, 2009

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A paisagem do Ave, gozada sobre a ponte, é deveras encantadora. Uma vaga emoção pantéista, forte como a mais fecunda das seivas parece inundar o nosso espírito ao receber as impressões da água que além salta na pedra dos açudes, e se estende em toalha até à orla do mar; de vegetação opulenta, que veste ambas as margens; de luz vibrante e alegre que parece beijar amoravelmente, carinhosamente, as edificações majestosas e os casais humildes; a mar azul como as safiras, e a areia fulgente de oiro; o rio, sinuoso e brando, e as árvores que sobre ele se debruçam.
(José Augusto Vieira)

Também gostava de subir aquela espécie de pequeno terraço onde se ergue a Capela de Nossa Senhora do Socorro, com a sua cúpula branca, e de aí gozar a larga vista sobre o Ave, para os campos da Azurara, para os campos de Mindelo. Outras vezes, ia direito à praia. No outro lado do rio, a Torre do Monteiro punha uma nota romântica sobre os campos tranquilos, na paisagem nua e rasa, melancolicamente amena. Sempre os seus olhos eram atraídos para esses lados, que eram os seus; Lelito deixava-se ir devagar, acompanhando o ave que às vezes parecia nem correr, de sereno. A água, o ar, o céu, tudo se abria em volta com a nitidez dum espelho...
(José Régio)

16 novembro, 2009

COINCIDÊNCIAS.
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O NÉNÉ EM VILA DO CONDE.
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Ernesto Neves em Vila do Conde, no ano de 1972, no Lotus número ( 62 ), entre os Porsches 906 de Américo Nunes e o de Carlos Santos.
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Já lá vão muitos anos em que assistíamos a estas provas automobilísticas com tanto entusiasmo, e que tanta gente trazia a Vila do Conde.
Vila do Conde cresceu imenso, e talvez por isso, e pela segurança imposta por tais acontecimentos, estes autênticos espectáculos desapareceram.
Mas porque intitulo esta postagem de "Coincidências" ? Pela simples razão, que na mesma semana, um amigo do norte, e outro do sul, me fizeram chegar estas fotografias, e mais uma vez verificamos que as fotos de mais destaque, são "chamadas" para ilustrar revistas, jornais, ou, como no tempo do Joaquim e Carlos Adriano, aparecerem em variados postais, que hoje, são autênticos documentos.
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PS: Julgo que ainda não lhes damos o devido valor. E, já agora, um apelo aos mais novos, .... trabalhem depressinha.

14 novembro, 2009


Descobri mais esta fotografia (postal), e se clicar na imagem poderá vê-la aumentada, e bem no meio da foto observará a praia de Formariz, onde se pretendia colocar barracas, e a que o texto se refere.
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13 novembro, 2009

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PAISAGEM E PATRIMÓNIO LIGADO Á ÁGUA.
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UMA PERSPECTIVA DO RIO AVE NO INÍCIO DO SÉC. XX.
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1904.
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Colocação de barracas na praia de Formariz no rio Ave abaixo do açude da fábrica de tecidos do RIO AVE, num areal na margem direita para uso industrial.
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Nota - Estas são as melhores fotografias que possuo para melhor vos mostrar o local referenciado no texto. É interessante verificar, que foram obtidas em ângulos opostos, e, nesta última vemos a Estação Aquícola ainda nos seus primeiros passos, e também nos podemos deliciar com todo o romantismo da imagem, as mulheres que lavam, o casal que passeia no barco, e toda a pacatez que nos é transmitida.

11 novembro, 2009

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TÍTULO DE UMA ACÇÃO DA COMPANHIA RIO AVE.
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O primeiro carimbo data de 1894.
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VISTA GERAL DA FÁBRICA « RIO AVE »
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( Photografia colhida em 1906) - cliché de J. ADRIANO.
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Breve história da COMPANHIA RIO AVE.
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Com a fundação do Banco do Porto, surgiu a ideia de aplicar à indúsria nacional parte do seu capital. Após diversos estudos, tomou-se a iniciativa da criação de uma empresa com a designação "Companhia Industrial e Agrícola Portuense", estabelecendo-se uma fábrica de algodão e linho e outra de moagem de cereais nas margens do rio Ave, nos lugares de Formariz e Retorta, em Vila do Conde.
Assim, em 1878 iniciaram-se os trabalhos de tecelagem desta fábrica com apenas oito teares de diferentes sistemas, chegando aos trinta e quatro teares mecânicos e seis manuais, em 1887. A energia necessária ao accionamento da fábrica provinha da utilização de uma roda hidráulica quando o caudal do rio assim o permitia, e uma máquina a vapor vertical na estiagem.
Apesar do aumento do número de teares, a Companhia atravessou sempre enormes dificuldades financeiras, nunca se tendo chegado sequer a instalar a secção de fiação.
Como sequência da permanente crise em que vivia, foi apresentado um projecto de reorganização e cessada a sua existência, passando todo o seu património a integrar uma nova empresa denominada "Companhia Rio Ave".
Foi assim que principiou, em 1888 uma nova era para a antiga Companhia que tinha como finalidade definida pelos novos estatutos a fiação, torcedura, tecelagem, branqueação e tinturaria.
Apesar de algumas vicissitudes, como o violento incêndio que deflagrou e destruiu toda a oficina de fiação, em 1899, levando à necessidade de parar a laboração durante um ano, a empresa não parou de prosperar, empregando naquela data 300 operários. Participando com distinção nas grandes exposições industiais da época, consegue colocar quase toda a sua produção no mercado interno, exportando o excedente para Luanda e Benguela, em África. A este desejado sucesso, não será alheia a sua excelente localização geográfica, próxima da barra de Vila do Conde e distando apenas 900 metros da estação de caminho de ferro.
Em 1910, o maquinismo que tem instalado é do mais moderno, movido por uma máquina a vapor da força de 400 cavalos e alimentada por duas caldeiras tipo Lancashire.
Segundo o "Boletim do Trabalho Industrial", em 1911 faz parte da lista de fábricas com melhores condições higiénicas e fabris. Também é considerada uma das que no país mais atenção e desvelo tem dedicado ao bem dos seus operários, possuindo uma cooperativa de consumo para venda dos principais géneros alimentares, escola primária para ambos os sexos, creche, escola de música e ensino profissional para os seus operários, caixa (gratuita) de socorros médicos e farmacêuticos devidamente organizada, um corpo de bombeiros e habitação social. Para tal, aproveitou e adaptou a 10 habitações a antiga fábrica de moagens que possuía em frente à fábrica, na margem oposta do rio Ave, arrendando-as por 800 réis mensais.
Assim, podemos afirmar que a Companhia Rio Ave, tendo sido a primeira indústria têxtil de Vila do Conde, foi pioneira nas preocupações sociais com os seus funcionários, tendo um papel importante no processo da industrialização da região da Bacia do Ave.
A Companhia Rio Ave fechou portas no dia 27 de Maio de 1972.
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FONTE - Dr. LILIANA PEREIRA ( arqueóloga )

10 novembro, 2009

PELO RIO
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NOS ANOS CINQUENTA.
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Era belíssima esta lancha, e por esta altura também se chamava a este tipo de embarcação - barco - automóvel - talvez porque tivesse um volante e um painel de instrumentos, que fizesse lembrar um carro.
Esta, pertencia a Eduardo Pinto, e as duas primeiras fotos foram "roubadas" do blogue de seu filho, José Rui, e cujo endereço é: http://eduardoppinto.blogspot.com/ e que é digno de ser visitado, pois ficam a conhecer um homem, que eu muito estimei, e que para o próximo ano completaria cem anos.
A última foto, andava por aqui nas minhas gavetas, mas eu não recordava que barco seria (embora já há bastante tempo tenha publicado imagens deste barco, em seco, e no estaleiro do Samuel), mas posso vos acrecentar que era realmente muito belo.
De baptismo era o "MARIA HELENA", mas a marca de fabrico era "HIGGINS", e mais, foi neste barco, há mais de cinquenta anos, que pela primeira vez eu "andei" no mar. O Sr. Eduardo Pinto, eu, e um seu filho da minha idade.
Duas particularidades, que não devo deixar de acrescentar, a parte de cima do barco era em madeira e envernizada, e o motor era dentro da própria embarcação, e, podem crer, hoje embelezaria o rio.

09 novembro, 2009

O VELHO CAMPO DA AVENIDA.
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Não será saudosismo, mas antes uma recordação dos tempos que se jogava pelo amor á camisola.
Penso identificar na primeira foto, o MOREIRA, também conhecido pelo "LARGUINHO", que antes de pertencer ao Rio Ave, tinha sido jogador do Sporting, com o número 11.
Poucas vezes fui a este local, às vezes ia , creio que aos domingos de manhã, ver os treinos, e das poucas vezes que terei assistido a jogos, a recordação mais forte é quando o "CHICO POLÍCIA", tinha os seus "apartes", e nos incitava a .... bom, deverão se lembrar do quê.
Aqui, numa zona acimentada do recinto do terreno onde estava o campo do futebol, também se jogou hóquei, e isso sim, recordo com mais intensidade.
Assim sendo, e tal como no jogo de ontem, ficamos empatados, pois creio que grande parte dos adeptos do Rio Ave, disto não se lembrarão.

06 novembro, 2009

SAUDOSISMOS


( clique na imagem para a ver aumentada )
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Para os mais novos, este lugar será irreconhecível, mas para os que viram muitas corridas (quero dizer; que viveram muitos Verões e Invernos), penso que trará alguma saudade.
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NOTA - Não posso publicar só fotografias de barcos, pois terei de agradar a todos. :)


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05 novembro, 2009

CORREIO DA POLÓNIA.
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Boas José.
Pôs-me a sorrir imenso com a foto da traineira à vela que publicou, vinda do A.Carmo. É uma alegria encontrar estas raridades.
Mando-lhe uma imagem da traineira de Vila do Conde dos anos 50, no caso de entender publicá-la um dia. Falei com o A.Carmo sobre ela quando estive com ele o ano passado e nem imagina a minha surpresa quando vi todo o plano da traineira (que possuo) emoldurado na parede da sua loja das bicicletas. A traineira que tanto me fascinava, afinal tinha sido desenhada por ele para a publicação. Coincidências fantásticas.
Está já imenso frio por estes lados.
Um abraço,
A.Fangueiro
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R : Nós, os vilacondenses, também lhe mandamos um abraço.

04 novembro, 2009


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PAISAGEM E PATRIMÓNIO LIGADO Á ÁGUA.
UMA PERSPECTIVA DO RIO AVE NO INÍCIO DO SÉC XX.
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1904
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Colocação de barracas de banho para os reclusos junto ao rio Ave entre o Açude das Azenhas e a ponte de caminho de ferro - Porto-Póvoa de Varzim.
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Observação - Será que existe alguma ligação entre este texto e imagem (desenho), e a fotografia que vemos abaixo ?
Claro que não sei, mas .... tudo indica que sim.
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Villa do Conde - Banhos do rio.
Cliché de F. Cerqueira.

03 novembro, 2009


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Este fim de semana, vi alguns veleiros nas águas do Ave, mas nenhum tão belo quanto este.
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02 novembro, 2009

UM QUADRO DE M. ADRIANO.
. Um amigo do "Carioca da Vila" teve a gentileza de me enviar esta fotocópia do quadro de M. Adriano, e do qual já aqui vos falamos, quando mostrei um outro que o julgava perdido.
Este, é o que FARIA CORREIA no jornal CORREIO DA JUNQUEIRA de 2002 se refere, e diz que estava no edifício da antiga Casa dos Pescadores, no cotovelo das escadas que ligam o rés do chão ao primeiro andar.
Tal como ele relata, aqui o vemos, e realmente bastante danificado, mas esperemos um dia o vermos recuperado e num lugar digno, para perpetuarmos na nossa memória estes homens do mar, aos quais Vila do Conde tanto lhes deve.
Por curiosidade, fiz uma ampliação da imagem e consegui ler a matrícula do barco, que é : V.C.296.Y, e o quadro está datado de 1942.