09 fevereiro, 2009

COLOSSO


- V I A N A - "mega" Lugre.
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Contou-me o nosso conterrâneo, António Fangueiro, a trabalhar na Polónia, o seguinte :
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Construído em 1922, pelos "Chantiers Navals Franco Portugais", de Vila do Conde para "Armadores do Norte, Lda".
Primeiro chamou-se "Viana", e depois em 1935, inicia-se na pesca do bacalhau com o nome "Groenlandia" (era mesmo assim o nome, pois "Gronelândia", é como dizemos nos dias de hoje).
Em 1940, recebe um motor, e em 1957, naufraga por água aberta nas Virgin Rocks, Terra Nova.
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NOTA- Penso eu saber, que estes estaleiros acima referidos, seriam aqueles que nós chamávamos de "Estaleiros dos Franceses", e que estavam do lado de Azurara, e na proximidade da ponte.

10 comentários:

fangueiro.antonio disse...

Boa tarde.

Como comentário pego num do passado dia 5 de A.Carmo para lhe voltar a pedir (tal como muitos mais o fazem por certo) que leve a bom porto o registo dos conhecimentos centenários que possui... e que permitiam aos Vilacondenses construír "coisas" destas como na foto "de olhos fechados".

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Bem conheço esta bela foto deste
também belo Lugre de 4 mastros, o
Groenlândia, existente no Museu Marítimo de Ílhavo. Mas já não me recordo é do seu naufrágio em 1957.
Nesse ano, "naufragaram" seis navios à linha, entre os quais o Cruz de Malta, a cujo fim assisti ao vivo, e o Ana Maria, comandado pelo nosso conterrâneo, Capitão Joaquim Agonia da Silva "Rasca", e
onde também se encontrava como tripulante, aquela conhecida figura vilacondense, como era o "Ti Joaquim Maró".
-No que respeita aos Chantiers Navals Franco Portugais, então existentes em Azurara, onde hoje é o chamado Campo do Naia, a Poente do "Estádio das Caveirinhas", espero que um dia destes o Carioca da Vila reproduza umas fotos grandes (sobretudo grandes fotos), que há anos acidentalmente descobri expostas nas cavalariças do Palácio dos Biscaínhos, em Braga, durante os Encontros de Fotografia.
Posteriormente, a nossa Autarquia conseguiu reproduções que expôs no antigo Salão Nobre do nosso Casino, hoje Centro de Juventude.

a) Cereja

ps: a palavra "naufragaram" acima escrita, quer dizer que por aquilo que então se dizia à boca fechada, alguns naufrágios eram coisa
encomendada...

José Cunha disse...

Não "Cereja", não tenho essas fotos, bem que gostaria de tê-las, para divulgar até onde o "Carioca fôr capaz" de chegar.
Como já vos disse, de estaleiros e de barcos, nada sei,a não ser ter a certeza da falta que sinto (será saudade, será o sentimento de perda?)de toda aquela paisagem.
Cinquenta anos atrás, também brinquei por ali, quer descendo dos barcos pela corda e queimando as mãos, quer tomando banho no rio (nús, claro está, para quando chegássemos a casa a roupa tivesse um aspecto cuidado),quer também andando nas "chatas", que me perdoem os entendidos, mas era assim que chamávamos a esses pequenos barcos de fundo chato, e de forma mais ou menos rectangular, e, "ciando", lá encaminhávamos o barco para o outro lado do rio, ou para uma partida de futebol, ou simplesmente por malandrice de meninos do rio (porque não?).
Se, nesse dia não conseguíamos barco, íamos a pé, e na volta, antes de atravessarmos a ponte, e porque aí havia um tasco, casa de pasto?, recordo que era muito pequeno o esbelecimento, tomávamos o nosso PIROLITO. RECORDAM-SE?

fangueiro.antonio disse...

Boa noite.

Caro José, comigo nem foi preciso ser há 50 anos atrás. Nos anos 80 ainda cheguei a ser "viciado" em pirolitos, comprava-os eu ou a minha mãe na loja do "Batatinha" na Poça da Barca.

Atentamente,
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José Cunha disse...

Pirolito nos anos oitenta?
Aqueles com a "bolinha de vidro"?, ...eu pensava que teriam desparecido muitos anos antes.

fangueiro.antonio disse...

Bom dia.

José, voltando ao pirolito, de bolinha de vidro não me recordo, mas que chamavamos àquelas pequenas garrafas "pirolito", isso é certo.

Atentamente,
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Anónimo disse...

Esta do Pirolito de Bolinha,
é mesmo uma gracinha...
Se bem me lembro, julgo que acabou aí pelos anos 50.
As últimas vezes que por cá se viram estas garrafinhas, foi nos primórdios dos anos sessenta, quando nas romarias apareciam umas mulherzinhas com umas pequenas mesas, com uma muito alva toalha, a vender groselhas de várias cores, que se bebiam através de uma "palhinha" de chapa zincada,
e quando era noite, à luz de mal
cheiroso acetileno.
Possuo uma destas garrafinhas de bolinha, comprada há uns 6 anos, por 500$00 (vazia), num antiquário, na vila de Constança.
-Mas, para além dos pirolitos de bolinha, ainda havia os outros pirolitos. Eram uma espécie de pêras pequeninas e muito gostosas, fruto do pilriteiro, hoje àrvore em vias de extinção talvez devido ao pouco valor económico, e que dantes era um regalo dos pobres.

Para meditar, esta do Povo:
-PILRITEIRO QUE DÁS PILRITOS,
-PORQUE NÃO DÁS COISA BOA.
-CADA UM DÁ O QUE TEM,
-CONFORME A SUA PESSOA.

a) Cereja

ps: Pilritos=Pirolitos.

José Cunha disse...

Não "Cereja", o "pirolito de bolinha",acabou nos anos sessenta.
E tinha realmente uma certa graçinha aquela bolinha, que às vezes até custava a "empurrá-la".

Anónimo disse...

Então, tá bem.

Cereja

Anónimo disse...

A propósito de COLOSSO, quando se referem ao "mega" lugre Viana, depois
Groenlândia, o jornal O PÚBLICO, de hoje,26/2/2009, publica na sua página 20, uma a todos os títulos magnífica notícia, intitulada:
"Histórico Bacalhoeiro ARGUS regressa a mãos portuguesas depois de 30 anos nas Caraíbas".
A par do Gazela, que está na América, este navio era um dos navios mais carismáticos da Frota Bacalhoeira Portuguesa, servindo de tema à publicação de um livro pelo australiano Allan Villiers, a soldo do então Estado Novo.
Durante estes 30 anos andou ao serviço de Cruzeiros de Férias, e estará neste momento em estado de semi abandono.
Ao que diz a notícia, os patriotas que o recuperaram são da firma Pascoal & Filhos,SA., aliás os mesmos que têm em recuperação na Galiza o Santa Maria Manuela.
Parabéns!

a) Cereja

ps: Na mesma página deste mesmo jornal, noticia-se a chegada, para hoje, da Draga que durante 6 meses virá dragar os Portos de Vila do Conde e Póvoa.
...O que já não era sem tempo.