O nosso rio Ave , que em tempo foi bastante fértil d´este saborôso peixe , é já alguns annos estéril de lampreias , segundo parece aos entendedores , devido ao paredão que se construiu junto da ermida de Nossa Senhora da Guia.
O AVE - 1896.
1 comentário:
Anónimo
disse...
Este apontamento referente á falta de lampreias, foi publicado pelo AVE em 1896. Então o paredão era minúsculo. Outros tecnicos de então culpabilizavam os açudes, chegando mesmo a haver tentativas da sua demolição, que afinal não passaram disso. Em meados do século XX, havia ainda o Sável, a Solha e o Robalo em abundância. Conforme ilustra ainda a revista ILLUSTRAÇÃO VILACONDENSE, em 1910, no areal junto à "falecida" Ponte de Ferro, havia barracas para os banhistas que ali acorriam para os banhos de tratamento de pele, já que aqui chegavam as aguas do Rio Vizela, afluente do Ave. Depois, com a industrialização e consequente poluição acabaram-se os banhos, os peixes, os camarões e os caranguejos do rio, sobrevivendo ainda as resistentes taínhas que em grande número lá vão continuando à babuge em tudo que é esgoto, e hoje apenas servem para alguns dos nossos pescadores iscarem anzois e covos de pesca. Como hoje, 2 de Fevereiro, è dia da Senhora da Guia, e já não há a tradição da "Malgada", nem as tascas com as papas de sarrabulho, para quem puder há a Lampreia, nas teras ribeirinhas do Minho,Cávado, Douro, Vouga, Mondego e sempre por esse Portugal abaixo, menos nas margens do Ave. Tal como diria o outro: È a vida!... Neste caso è a morte de um rio que cada vez está mais morto. a) Cereja
1 comentário:
Este apontamento referente á falta de lampreias, foi publicado pelo AVE em 1896. Então o paredão era
minúsculo. Outros tecnicos de então
culpabilizavam os açudes, chegando mesmo a haver tentativas da sua
demolição, que afinal não passaram disso.
Em meados do século XX, havia ainda o Sável, a Solha e o Robalo
em abundância.
Conforme ilustra ainda a revista ILLUSTRAÇÃO VILACONDENSE, em 1910,
no areal junto à "falecida" Ponte de Ferro, havia barracas para os
banhistas que ali acorriam para os
banhos de tratamento de pele, já
que aqui chegavam as aguas do Rio
Vizela, afluente do Ave.
Depois, com a industrialização e
consequente poluição acabaram-se os banhos, os peixes, os camarões
e os caranguejos do rio, sobrevivendo ainda as resistentes taínhas que em grande número lá vão continuando à babuge em tudo que é esgoto, e hoje apenas servem para alguns dos nossos pescadores iscarem anzois e covos de pesca.
Como hoje, 2 de Fevereiro, è dia
da Senhora da Guia, e já não há
a tradição da "Malgada", nem as
tascas com as papas de sarrabulho,
para quem puder há a Lampreia, nas
teras ribeirinhas do Minho,Cávado,
Douro, Vouga, Mondego e sempre por
esse Portugal abaixo, menos nas margens do Ave.
Tal como diria o outro:
È a vida!...
Neste caso è a morte de um rio que cada vez está mais morto.
a) Cereja
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