02 maio, 2011

MENINOS DA CANTINA ESCOLAR.



Há bastante tempo atrás, já aqui foi publicada esta foto mas com muito má qualidade.

Procurei o meu amigo de infância, Eduardo Fraga, no intuito de reunir mais elementos dos "bois da Páscoa", e, num desses contactos, ele cedeu-me esta foto.

Ampliem a fotografia, e verão diversos meninos descalços, elucidando-nos assim, os tempos que se viviam por esses anos. (54).

Recordo, era eu muito miúdo, (nasci em 48), nas traseiras da casa de minha avó, na rua da Senra, aos sábados no princípio da tarde, os pobres faziam fila, e a determinada hora, minha avó abria a porta e , um a um , essas pessoas eram ajudadas monetáriamente, e com uma ou outra palavra carinhosa. Seria pouco, não sei, mas havia proximidade entre o pobre e o menos desfavorecido, e é isto que quero recordar.

Reconheço as pessoas mais velhas, uma delas era prima de minha mãe e era funcionária das escolas.

História difícil de ser contada, mas era a realidade que se vivia por esses anos.



5 comentários:

Campos Hnriques disse...

O quintal, nas traseiras da casa de minha avó, tinha uma porta (penso que ainda tem) que dava para a rua da Senra.
Gostaria que alguém me pudesse informar quanto à origem do nome da rua (Senra).
Dos dicionários Senra=seara.

José Cunha disse...

Olá Campos.
Onde era essa casa da tua avó?
Senra=seara=campo. A rua da Senra é uma das primitivas ruas da terra,e repara que rasga Vila do Conde até á beira-rio, e talvez por esses tempos atravessasse os campos e daí o nome. Claro que isto não passa de uma suposição, pois srei a última pessoa a dar um parecer válido, mas ....

Campos Henriques disse...

A casa da minha avó é o n.º 95 da Rua da Misericórdia.
Ali também vivia minha tia, Maria da Glória Campos, parteira, motivo pelo qual ali nasci.
Minha mulher é que ficou admirada por ver a placa com esse nome porque nunca tinha visto nem conhecia.
Afinal existe a rua da Senra em muitas localidades.

José Cunha disse...

Meu querido amigo, a tua tia AJUDOU-ME A NASCER !

Campos Heriques disse...

Então foi por isso, como se dizia na altura, que nascemos «perfeitinhos»