04 agosto, 2010

23 - ABRIL - 1924.


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Descobri esta fotografia, que é muito pequena, mede apenas 8x5 cm, numa também pequena caixa, mas o contentamento foi grande, pois nunca tinha visto este aspecto deste lugar, e ainda com a data indicada no verso - 23/4/1924.
Falta-nos aqui a rua Narciso Ferreira, ou , como eu lhe costumo chamar, a "Rua por trás do cemitério".
Quanto às ruínas, há muitas fotografias que revelam idênticos pormenores, exceptuando aquilo que me parece ser umas escadas na parte nascente da Igreja. Vê-se também, os últimos arcos do aqueduto, mas disso também existem outras fotos.


6 comentários:

Faria Correie disse...

Esta fotografia foi tirada das trazeiras da Igreja de Santa Clara, em data anterior às obras de recuperação, efectuadas em principios dos anos trinta do século XX. A Avenida D. Nuno Alvares Pereira ainda não existia e praticamente a Rua Narciso Ferreira tambem não, dado que a cerca do Mosteiro de Santa Clara abarcava tudo o que abaixo do Convento de Nossa Senhora da Encarnação (conhecido por S. Francisco), com excepção a um estreito e pequeno caminho dava acesso à fonte de S. João a à de António, sitas na actual cerca exterior. A Avenida D. Nuno cortou o caminho das Azenhas, pertença do Convento, logo do Estado, mas que alguns dos moradores da Av. José Régio têm usurpado. Este caminho encontra-se enterrompido nas trazeiras da Escola da Meia Laranja. Para uma boa compreenção das obras de restauro do Mosteiro de Santa Clara veja-se o Boletim da Direcção Geral dos Edificios e Monumentos Nacionais, nº 14, de Dezembro de 1938. O falecido Engenheiro Júlio dos Reis Pereira foi um dos responsáveis pelas obras de restauro a que nos vimos a referir.

José Cunha disse...

Escreves anos trinta porquê ?
Quanto ao " CAMINHO DAS AZENHAS ", nunca tinha ouvido falar.
Conta-nos mais acerca deste caminho, para que melhor o possamos conhecer. Onde estarisa situado exactamente ?

Obrigado Humberto.

Faria Correia disse...

Amigo Zé Cunha. O caminho das Azenhas sai do Largo frente ao Mosteiro e Igreja, por uma abertura no muro de protecção, lado Poente, e desce por vereda estreita em direcção a sul, passado por detrás de todas as casas da Avenida José Régio, flectindo para nascente até à Escola da Meia Larenja. Em tempos que já lá vão, atravessava a Avenida Figueiredo Faria e seguia até às Azenhas que existiam junto ao Nasceiro ou açude, como queiras. Este caminho está registado como pertença do Mosteiro, nos registos dos Monumentos Nacionais.

José Cunha disse...

Coincidências,meu caro amigo.
Imagina tu, que na passada segunda-feira, parei o carro lá em cima em St. Clara (Os "bileiros" saberão ao que me refiro)mesmo junto daquela pequena cancela, que faz de serventia também àqueles pequenos quintais, e, imagina tu, que me perguntei acerca da existência daquele pequeno e estreito caminho que via a meus pés, e que descia levemente para sul desaparecendo logo de seguida, em direcção a nascente.
Obrigado Humberto, ... e assim o "puzzle", se vai montando.

Anónimo disse...

Pena é que todos estes conhecimentos, como
os de Humberto Correia, Artur do Bonfim, Ouvidor da Costa, e tantos outros, para além daqueles que vão sendo sepultados nos nossos cemitérios, continuem a perder-se inglóriamente, neste enorme pantanal vilacondense.

Por este andamento,
qualquer dia, restar-nos-á
tijolo, granito e cimento...

a) Cereja
.

Anónimo disse...

Falecida no Sábado 7 de Agosto, foi
a enterrar na Segunda-Feira, dia 9,
D. Maria Amélia Coutinho, de 98 anos de idade, ex-trabalhadora dos Chocolates Métior e da também nossa antiga Fábrica de Lápis Portugalia (hoje Viarco), onde chegou a ser encarregada.
Foi mais uma carrada de memórias de
Vila do Conde que foram a enterrar...

a) Cereja
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