14 março, 2010

O CASAMENTO

( clique na imagem para a ver aumentada)
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Num comentário de CASAMENTO E MORTE, em 10 de Março, o "Cereja" dizia-nos que havia uma fotografia de Carlos Adriano da qual ele diz: "DOS TEMPOS EM QUE O SÉQUITO SE DIRIGIA PARA A CERIMÓNIA A PÉ."
E, ele fez o favor de me a facultar, para a poder mostrar-vos.
Obrigado "Cereja".
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NOTA- Reparem no contraste desta gente humilde, mas grande, com a "alegria" dos casamentos de hoje, os carros, a boda, os vestidos, para afinal pouco tempo depois, tudo isso soar a falso, uma fraude mesmo.
Não sei se deveria ter escrito isto, mas infelizmente é o que vejo.
Posted by Picasa

2 comentários:

fangueiro.antonio disse...

Boas.

Sem dúvida a foto é bem expressiva do que significava um casamento antigamente, neste caso na pescaria. A foto acaba por ser semelhante a fotos de casamentos de que me lembro desde miúdo, tanto de família como de outros.
Se formos pela última frase do José, que hoje em dia se tornou comum a sensação de fraude (e ricos negócios), realmente a diferença do antigamente para hoje estará na falsidade dos muitos sorrisos, prendas e vestimentas actuais. Nesta foto vê-se que por vezes (ou muitas vezes) casar era apenas mais uma etapa na vida, de preferência cedo, início certo de família, (uns 3,4 filhos em média seria o ideal) responsabilidades e muita incerteza que a vida de pescador traria semana após semana. Para muitos era partir em breve para 6 meses ao bacalhau, pois esse dinheiro daria um bom empurrão para uma casa e sustento dos filhos que vinham quase um cada ano. Talvez por isso as caras nesta foto perfeitamente normais e sem a pompa e circunstância actual de um "casório".
O mais interessante é que, uniões "tristonhas" como a da foto, eram quase sempre para toda a vida, e as actuais (e futuras), muitas delas só para fazer girar a economia.
Outro tempo e outra mentalidade sobre a vida. Uns gostam, outros desgostam.

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Depois de várias diligências,
foi com a prestimosa colaboração do
amigo José Vilacova e da "ti Laide
Balé", dois caxineiros de gêma,
como fazem questão de salientar, que consegui obter esta fotografia,
referente ao casamento do nosso
amigo Adriano Braga, um dos mais vibrantes adeptos do Rio Ave F. C.,
cuja voz se fazia ouvir em todo o campo.
Bacalhoeiro, e "pescador desde pequeninho",
Adriano casou nos princípios dos anos sessenta. Viria a falecer prematuramente o ano passado.
Na imagem, entre outros, poderemos
identificar, da esquerda para a direita:
O noivo com seu pai, Manuel Braga;
José Vareiro; "Laide do Abel";
"Laide Balé"; Fernando "da Ruvina";
José Coentrão; "Sardento"; Maria
das Dores, etc.
Para além da elegância daquelas belas
tricanas, nos seus lindos xailes de merino, repare-se na disciplina e no respeito, com que encaravam o solene acto que dali a pouco se iria realizar.
Nesse tempo, os casamentos eram para durar.
Ainda não havia a moda dos casamentos a prazo...e, muito menos, dos "juntamentos".


Cereja