11 março, 2009

VAIRÃO (1)

Lugar de Crasto (Vairão) - PALACETE DO SR. BARÃO DO RIO AVE.MUSEU AGRÍCOLA DE ENTRE DOURO E MINHO.
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MUSEU AGRÍCOLA FOI INSTALADO NUMA GRANDE CASA DE LAVOURA.
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-A quinta de Crasto, situada em Vairão, foi a estrutura considerada ideal para instalar o Museu Agrícola de Entre Douro e Minho.
-Olhando para a sua história, as origens desta grande propriedade situam-se nos meados do séc XIX, em que Manuel Rodrigues de Sousa e Ana Rosa d´Azevedo eram os proprietários de uma parcela de terreno no lugar de Crasto, que anos mais tarde viria a dar lugar ao inicial assento de lavoura da quinta.
-Segundo é contado na publicação "Museu Agrícola de Entre Douro e Minho", é em 1880 que o "torna-viagem" José Bento de Sousa Amorim constrói o palacete no limite sul das terras dos seus pais.
Sem se especificar quando, este "brasileiro" faleceu e a Quinta de Crasto tornou-se propriedade de seu irmão e companheiro de lides pelo Brasil, nomeadamente em Pernanbuco e em Santos, Bento Rodrigues de Sousa.
Tendo em consideração o mesmo documento, Bento Rodrigues de Sousa foi um acérrimo defensor do partido progressista.
Orgulhava-se de ser lavrador, tendo sido promovido a Barão do Rio Ave por mercê Régia a 13 de Dezembro de 1892. Após alargar as propriedades dos pais, acaba por criar condições para implementar na Quinta de Crasto uma economia agrícola racionalizada.
Com a morte de Bento Rodrigues de Sousa em 1931, é o filho Bento de Sousa Amorim, quem herda a Quinta de Crasto.
É este novo proprietário quem empreende uma grande remodelação no palacete e reestrutura as produções da Quinta, apostando sériamente no vinho e na sua exportação.
-Bento de Sousa Amorim herdou do seu pai o gosto pela lavoura e pela terra. Como homem do Estado Novo, tornou-se um grande defensor da "... integridade concelhia ...", que defendeu enquanto presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde.
Contudo em 1967, Bento de Sousa Amorim toma a decisão de vender a Quinta de Crasto ao Estado, com a finalidade de dotar o concelho com uma instituição agrícola oficial.
«Como é meu desejo contribuir também para que o concelho de Vila do Conde seja beneficiado com uma instituição agrícola oficial decidei não considerar, na formação do preço, o palacete que figura no mapa junto na rubrica urbana da Quinta da Casa, nem as magníficas vedações, de todas as propriedades» escreveu Bento de Sousa Amorim.
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FONTE- "DIÁRIO DO MINHO" - (extrato)
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NOTA- A primeira foto, é a do Palacete antes das obras realizadas por Bento de Sousa Amorim.



3 comentários:

fangueiro.antonio disse...

Boas.

Sem dúvida uma bela propriedade, como outras no concelho e abundantes no Norte do país.
Curiosamente, ao ler o seu texto e virando-me para os barcos, conheço um barco (que não sei se ainda existe) provavelmente registado na Póvoa de nome "Bento Amorim". Será pois que se refere a Bento de Sousa Amorim, figura ilustre do concelho?

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Quem melhor sabe falar sobre este assunto da Quinta de Vilarinho (e muito mais), que o Diário do Minho publicou e agora o Carioca da Vila reproduz, é o "jovem" nonagenário Artur do Bonfim, que durante muitos anos trabalhou na escrita daquela casa.
Por ele, ficamos a saber quanto injusto foi a subtração da placa toponimica com o nome de Rua Barão do Rio Ave,
outrora líder local do Partido Progressista, que um dia foi a Lisboa para junto do Governo evitar
que Caxinas e Poça da Barca fossem
transferidas para a visinha Póvoa, conforme já estava deliberado, e em letra de forma, pronto a ser aprovado.
Hoje, em seu lugar, temos a Rua 25 de Abril.
Em flagrante contraste com alguns nomes que por aí se vê, uma artéria evocativa da memória do Barão do Rio Ave, não existe.
Salvo melhor opinião,
urge uma reparação.
Opinei.

a)

PS: a motora da pescada, que conhecemos desde princípios dos anos sessenta, é de facto, evocativa do nome de Bento de Sousa Amorim.

Anónimo disse...

~~~VISITAS AO NOSSO PATRIMÓNIO~~~
O Ateneu de Vila do Conde, acaba de nos dar a conhecer que no próximo Sábado, 14 de Março, pelas 15 horas, organiza uma visita guiada à
CAPELA DA SENHORA DA GUIA (séc.XI)
FORTE S. JOÃO BAPTISTA (séc. XVII)
PADRÃO DA MEMÓRIA (sé. XIX)
O local de encontro é junto à Capela da Srª da Guia.
Lá estaremos.

a) Cereja (+ o anterior)

Nota: se pretenderem visitar o Museu Agrícola, em Vairão, está aberto durante a semana, pois está encerrado ao Domingo...