QUE RESISTE NO CONVENTO DE VAIRÃO.
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Curiosamente, esta capela quinhentista, apesar da sua classificação e beleza artística e arquitectónica, está pelas ruas da amargura.
Felizmente, em breve, vai entrar em obras, graças ao esforço do pároco que está a tentar conseguir verbas para o seu restauro.
No ano passado , teve início a primeira fase de obras, com intervenção no telhado e nas paredes.
No interior chovia e havia humidade, aliada aos séculos que pesam sobre a estrutura estavam a danificar a arte interior. «Foi tudo pago por nós, mas as obras foram acompanhadas pela extinta Direcção Geral do Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Elaboraram os projectos, seleccionaram as candidaturas e a paróquia pagou. Mas é preciso dizer que, no exterior, já há novos sinais de degradação», avisou o pároco de Vairão, padre António Pereira Pinto.
O sacerdote não tem dúvidas de que o trabalho foi «um bocado mal feito».
Em relação à segunda fase, que é o retábulo, os projectos foram feitos pela CGEMN, já foram enviados para o Instituto de Gestão do Património (IGESPAR) para aprovação.
A intervenção vai custar cerca de 50 mil euros. As obras devem começar brevemente.
A paróquia é muito pequenina, tem cerca de mil pessoas e há pouco dinheiro para tanto património. O sacerdote gostaria que aparecessem personalidades e instituições locais e não só que pudessem ajudar no restauro e conservação daquele nicho de arte por excelência.
A terceira fase é a intervenção nos azulejos, de grande valor, que serão ainda os originais.
Pensa-se ainda numa quarta fase, esta mais para a funcionalidade do visitante, uma vez que tem que ver sobretudo com os acessos, incluindo para as pessoas com deficiência.
A cabeça e a imagem de S.João Baptista, duas belas peças de arte daquela capela, foram restauradas a expensas da Câmara Municipal de Vila do Conde e podem agora ser apreciadas na exposição sobre São João, patente no Centro de Memória de Vila do Conde, recentemente inaugurado.
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FONTE - "Diário do Minho" - (extrato)
1 comentário:
Aqui, julgo que será justo louvar a acção dos Jornalistas do Diário do Minho, que, de quando em vez, se deslocam a Vila do Conde em pesquisa de notícias, com especial relevância para realçar o valor artístico do nosso ainda rico Património, sobretudo o religioso.
Bem hajam.
a) Cereja
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