EGREJA PAROCHIAL D´AZURARA.
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De referir que Azurara é mais um dos muitos casos em que um lugar se torna mais importante que a freguesia-mãe. De facto, no século XIII, Azurara era apenas um lugar da «grande paróquia de Pindelo». Mas esta foi-se "definhando", aos poucos.
Teve como orago S. Salvador. No século XV assumiu o nome de Árvore.
No mesmo século, com o crescimento da população, as gentes de Azurara exigiram a separação e consequente criação de uma igreja e paróquia próprias, o que veio a acontecer em 1457.
A primeira igreja paroquial de Azurara foi a capela de Nossa Senhora da Apresentação. Na passagem do rei D. Manuel por Vila do Conde, em peregrinação a Santiago de Compostela, em Outubro de 1502, representantes da novel paróquia dirigiram-se ao monarca para pedir ajuda para a construção de uma igreja, porque a capela já era exígua.
A solicitação foi aceite e, no lugar onde estava a capela nasceu um fantástico templo, popularmente conhecido como igreja de Santa Maria a Nova, dedicada à Senhora das Neves.
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FONTE - excerto do Diário do Minho.
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1 comentário:
IGREJA MATRIZ DE AZURARA
Foi mandada fazer por D. Manuel I. É de rara beleza, tem três naves,toda em cantaria lavrada coroada de ameias,e majestosa e rica tribuna de talha dourada, muito apreciada e visitada pelos turistas. O seu arquitecto foi GONÇALO LOPES,que a acabou de construir em 1552.Quando a matriz de Vila do Conde se abriu ao culto em 1518 à de Azurara faltava a capela-mor,só concluida em 1552, por falta de verba, depois adquirida por direito de imposição sobre o povo.No sítio da igeja existia a capela da N. SRA DA APRESENTAÇÃO, onde se fazia o serviço religioso, e cuja imagem de pedra está no nicho da frontaria por cima da porta principal. A pradoeira é S. MARIA-A-NOVA,para se distinguir da antiga SENHORA DE AZURARA(N. SENHORA DAS NEVES)
No interior da igreja,nas lajes do pavimento,existem diversas SIGLAS semelhantes ás dos pescadores da Póvoa, e que, decerto, indicam o lugar de sepulturas de quem as usou como suas marcas, tantomais que, como diz A. SANTOS GRAÇA,"É TRADIÇÃO ORAL DOS POVOS MARITIMOS DESTA REGIÃO QUE OS PRIMEIROS PESCADORES DO ALTO, DESTA PARTE DA COSTA, ERAM DE AZURARA DE ONDE SAÍRAM OS EXELENTES MAREANTES QUE A HISTÓRIA REGISTA.
Por P. Serafim das Neves-1965
A. Santos Graça, em O POVEIRO de 1932, sobre o excelente trabalho de recolha sobre as siglas Poveiras (marcas de propiedade usadas nos aprestos de pesca,em que os pescadores facilmente sabiam a quem os aprestos pertenciam e ao mesmo tempo através destas era possivel saber os graus de parentesco dentro das familias que por certo não usavam outro tipo de escrita),não faz qualquer referencia ás siglas da igreja de Azurara, fazendo-o mais tarde em "Inscrições Tumulares por Siglas-1942".
Todos os estudos sobre Azurara,atestam da sua importãncia até ao SEC XVI,chegando mesmo a ser a terra que maior quantidade e qualidade de pilotos e mareantes fornecia para as grandes navegações Portuguesas daquele tempo
A. CARMO
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