Ontem, num comentário, o António Fangueiro "falou" do «CEGO DO MAIO» e, infelizmente, as únicas fotos que possuo de tal embarcação, são nestas circunstâncias em que ela, a traineira, entra no Terreiro levada pelas cheias, e quando a maré desceu, lá ficou presa.
Recordo perfeitamente estes momentos, e também a aflição que se vivia nas proximidades, lembro a casa do Zé Graça e a dos Félix, e tantas outras.
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Obs: A traineira que está junto à "Cego do Maio", é a "Nossa Senhora da Ajuda".
8 comentários:
Boa noite.
Mas que belo baú de tesouros o Carioca deve ter. Esta é precisamente a traineira sobre a qual comentei ontem de ver num filme dos anos 60 na Póvoa, com forquetas a bombordo para a verga do mastro, como os barcos poveiros. Comentei há uns tempos com o meu pai esta traineira pois julguei que era a do meu avô, mas ao que parece houveram duas "Cego do Maio"; nesta da foto o meu avô foi sócio após deixar a pesca do bacalhau em 1960 e mais tarde construíu uma nova "Cego do Maio". Como tal nestas fotos e no filme que possuo, será a "primeira".
Talvez o Sr. Carmo nos consiga esclarecer algo mais sobre ela.
As fotos são impressionantes, com tamanho nível de água no jardim, algo que hoje ninguém imagina (a não ser quem a presenciou) ao passar por ali.
Por acaso no baú do Carioca não se arranja nada sobre navios bacalhoeiros? Deixa-me cheio de vontade por lhe perguntar sobre o N-M "Novos Mares", bacalhoeiro onde o meu pai fez 8 campanhas.
Cumprimentos,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt
Olá António.
Tem razão, as fotografias são realmente um tesouro, e imagine quanta riqueza estará abandonada em velhos armários ou gavetas.
Infelizmente, nada sei sobre o bacalhoeiro "Novos Mares", mas posso lhe contar uma história sobre o "Lousado".
Meu pai, era um amigo muito próximo do Sr. Capitão João Morais de Almeida, também conhecido por Quinota, e nos princípios dos anos cinquenta, com o Sr. João ainda imediato, meu pai fez a estreia do Lousado, não a viagem inaugural, mas de testes.
Com os engenheiros a bordo, e com o Capitão Teiga como comandante, saíram de Viana e rumaram para norte até à foz do Minho, onde aí invertendo a direção voltaram para sul, e a pedido do imediato, que mais tarde viria a ser o capitão da embarcação, vieram até Vila do Conde, pois era, e é,a terra do meu pai.Daqui, e depois dos engenheiros terem testado o barco, regressaram novamente a Viana.
Era eu muito pequeno ainda, mas recordo essa noite (a que antecede a viagem )pois meu pai pernoitou no barco.Ah!, um pormenor, o almoço no dia da viagem, foi confeccionado por um ainda hoje afamado restaurante de Viana, que se chama de «Zefa da Carqueja».
E pronto António, é esta a única história que liga a minha família a "coisas" do mar.
Será que estas CHEIAS DE 60, não
foram no dia 1 de Abril de 1962,
que eu vi através da Televisão,
quando estava na Escola Naval do Alfeite? Penso que sim.
Da motora Srª da Ajuda, sei que era
mestre o Sr. Carlos Rocha e eram sócios o Sr. Altino (dos jornais) e
o Sr. Santos,escrivão da Capitania.
Ao Sr. A. Fangueiro, poder-lhe-ei adiantar que no blog do Museu Marítimo de Ílhavo, que por certo bem conhece, encontrará lá 4 fotos
do lugre bacalhoeiro Novos Mares, de 4 mastros,
construído nos Estaleiros de Mestre Mónica, da Gafanha da Nazaré, em 1938, para a firma
Testas & Cunhas, Lda.
E já agora:
-Comprimento...49,6 metros
-Boca..........10,4 "
-Pontal.........4,91 "
a )Cereja
Boa noite.
Embora o José Cunha diga que é a única história que liga a sua família a coisas do mar, é uma história tão importante como as outras e fez-me ir à base de dados procurar o par de fotos que tenho do navio-motor "Lousado", construído em 1954 em ferro para a pesca de arrasto. Passou a chamar-se "Navegante" em 1967 e foi abatido em 1991. Foi por certo inesquecível para si ver um navio deste calado em Vila do Conde. Poderei enviar-lhe as duas pequenas fotos por email, caso não as tenha.
Quanto ao comentário do amigo Cereja, julgo que se refere sim ao site oficial do Museu Marítimo de Ílhavo, pois existe um blog, mas esse pouca informação contém. Conheço bem (em fotos) o lugre "Novos Mares" que menciona, belíssimo navio à vela sobre o qual, curiosamente hoje foi publicado um artigo pela Drª Ana Maria Lopes, neta do seu 1º Capitão. Este é o link http://marintimidades.blogspot.com/2008/10/o-velhinho-novos-mares.html
O meu pai andou 8 anos foi no seu sucessor (em nome), pertencente também à empresa Testa e Cunhas, um navio já sem velas mas ainda para a pesca à linha em dóris. Outra classe evolutiva de navios, sendo um navio que persigo há muito tempo.
Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt
Em relação ao que diz A.Fangueiro,
devo esclarecer que o Lousado, navio onde embarquei em 1957 e 1958, foi
de facto construído em 1954, mas para a pesca à linha. Mudou para a
arte de emalhar com as baleeiras,
salvo erro, em 1959/60.
Como os resultados não compensassem
acabaria por se transformar em arrastão, a bordo do qual eu estaria mais tarde de visita a um meu antigo camarada de bordo (agora o contra-mestre do navio), e já se chamava Navegante.
Cumprimentos,
Cereja
Caro Cereja,
Tem toda a razão na correcção ao "Lousado". Erro meu na interepretação dos dados do MMI.
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Que belas fotos de antigas motoras que eu tambem conheçi.Foi uma das cheias maiores do seculo passado.Imagino os donos das motoras ao ver aquela infelicidade,sim aquilo na altura éra um senhor rombo na vida,más tudo se resolveu e a motoras lá voltaram ao mar e a trazer boa pescaria...Obrigado carioca da vila,e ao fangueiro só queria dizer que,embarquei no novos mares por considençia com o seu pai sendo o pai na altura verde e eu vim do naufragado Inaçio Cunha,ainda fui a tempo de passar mal nas tres viagens que dei no Novos Mares. Comprimentos fangueiro e a todos. jaimepiao@hotmail.com
Sr. Jose Cunha,
o meu avo esteve no Lousado, estou muito interessado em fazer copias das suas fotos, nao tenho nenhuma.
obrigado.
Miguel Goncalves 916646420
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