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É assim o título de um artigo publicado na ILUSTRAÇÃO PORTUGUEZA de Fevereiro de 1920, que o nosso conterrâneo senhor Pinto Fernandes (Filatelista criterioso, e grande coleccionador de postais de Vila do Conde) fez o favor de me enviar.
Quer as fotografias, quer o texto que abaixo transcreverei - só actualizarei a ortografia - fazem parte dessa edição.
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A indústria das rendas é uma das mais interessantes do nosso Portugal e grande fama têm as de Peniche e Vila do Conde, pacientemente feitas a bilros, levando por isso as lampas às de Valência onde são todas de fabricação mecânica.
Em Vila do Conde inaugurou-se há pouco uma Escola de Rendeiras, o que só concorre para que sejam em breve prodígios as obras que as mãos mimosas das vilacondenses executem. Que todas ali fazem renda. As pobres para agenciar a vida, as ricas por diletantismo, para passar o tempo e ornamentar a roupa.
Não há muito realizou-se uma exposição e a ela concorreram todas as oficinas de manufactura local. Damos hoje alguns modelos dos trabalhos expostos pela casa Flores Torres que é como se vê das que mais concorre para o desenvolvimento da lindíssima e apreciada indústria.