29 outubro, 2010

AS RENDAS DE VILA DO CONDE.


UMA LINDA INDÚSTRIA PORTUGUESA.
.
É assim o título de um artigo publicado na ILUSTRAÇÃO PORTUGUEZA de Fevereiro de 1920, que o nosso conterrâneo senhor Pinto Fernandes (Filatelista criterioso, e grande coleccionador de postais de Vila do Conde) fez o favor de me enviar.
Quer as fotografias, quer o texto que abaixo transcreverei - só actualizarei a ortografia - fazem parte dessa edição.
.
A indústria das rendas é uma das mais interessantes do nosso Portugal e grande fama têm as de Peniche e Vila do Conde, pacientemente feitas a bilros, levando por isso as lampas às de Valência onde são todas de fabricação mecânica.
Em Vila do Conde inaugurou-se há pouco uma Escola de Rendeiras, o que só concorre para que sejam em breve prodígios as obras que as mãos mimosas das vilacondenses executem. Que todas ali fazem renda. As pobres para agenciar a vida, as ricas por diletantismo, para passar o tempo e ornamentar a roupa.
Não há muito realizou-se uma exposição e a ela concorreram todas as oficinas de manufactura local. Damos hoje alguns modelos dos trabalhos expostos pela casa Flores Torres que é como se vê das que mais concorre para o desenvolvimento da lindíssima e apreciada indústria.

27 outubro, 2010

MANUEL DE SÁ.

A fotografia acima, mostra-nos o rosto de uma edição do livro - SCHOLIA IN QUATUOR EVANGELIA - que foi obra de um vilacondense nascido em 1528, e que se fez jesuíta em Coimbra, mas com 18 anos já ensinava Filosofia em Gandia (Espanha), e mais tarde foi chamado para Itália por Santo Inácio de Loyola.
Escreveu três obras notabilíssimas, repetidamente editadas nos centros mais cultos da Europa ao longo do séc.XVII, e uma delas é, a Scolia in Quatuor Evangelia.
Este biblista, escritor e sacerdote jesuíta, morre em Itália mais própriamente em Arona, nas proximidades de Milão em 1596.
Aquando do seu nascimento, a Igreja Matriz de Vila do Conde já deveria estar concluída, pois começou a ser edificada em 1496, e talvez lá tivesse acontecido o seu baptismo.
Por estes anos, a nossa terra era muito pequena, pois teria aproximadamente 4.500 habitantes, e estes, ainda não podiam ver o Castelo nem Aqueduto, e também a Capela do Socorro, simplesmente porque nada disto ainda existia.
.
NOTA - Agradeço ao "Cereja" o ter-me enviado este folheto, o que me levou a fazer uma breve pesquisa na internet, e que culminou com este pequeno texto que aqui publico. Façam também uma pequena pesquisa, pois vale a pena.

25 outubro, 2010

e o ... "BOTA-ABAIXO".

UMA FOTOGRAFIA MOSTRA-NOS MOVIMENTO, EMOÇÃO, CONTA-NOS UMA HISTÓRIA, E TAMBÉM NOS TRANSMITE UMA ACÇÃO.
.
NOTA- Presumo que este barco não seja o mesmo da mensagem anterior, pois julgo ser a "BOA ESPERANÇA" , mas talvez num comentário, alguém nos possa elucidar.

22 outubro, 2010

TRÊS ETAPAS ...




... da construção da CARAVELA DESTINADA ÁS COMEMORAÇÕES DO QUINTO CENTENÁRIO DA VIAGEM DE BARTOLOMEU DIAS.
.
Bartolomeu Dias ( 1450 - 1500 ), foi um navegador português que ficou célebre por ter sido o primeiro europeu a navegar para além do extremo sul de África, "dobrando" o Cabo da Boa Esperança e chegando ao Oceano Índico, a partir do Atlântico.
Por estes anos, em Vila do Conde, o rio Ave ainda não permitia o acesso a grandes navios, e a travessia do mesmo fazia-se pela barca de passagem.
.
(As fotografias estão datadas de 1986/87)


21 outubro, 2010

Imagine uma rotunda, onde se tivesse criado um espelho de água, e com uma "coisinha" destas lá no meio.
Eu gostaria de ver o espanto dos forasteiros, mas, tinha também uma particularidade, pois seríamos de imediato reconhecidos como gente do mar.
Posted by Picasa

20 outubro, 2010

COISA CURIOSA.


Busquei,... e finalmente encontrei no blogue do "ATENEU DE VILA DO CONDE" , o que há tanto tempo procurava. Saber o que representava aquele pequeno quadrado branco, lá no alto.
Vou transcrever na íntegra, o que lá se pode ler :
.
Quem vai ao Monte e vê a Igreja do Convento de Santa Clara, logo repara que o velho templo não tem portal axial, apenas se embeleza, a Poente, com uma rosácea entre contrafortes. A entrada faz-se pela porta principal, a Norte, junto à Capela da Conceição. É ao lado, no alto da parede do transepto, entre o vitral e os merlões, que está o brasão dos Fundadores, onde se gravaram, em pedra d´Ançã, as cinco flores de lis de D. Teresa Martins e as quinas e castelos de D. Afonso Sanches.

18 outubro, 2010

A MINHA TERRA ...

(clique na imagem, para a ver aumentada)
.

É UM DETONADOR DE EMOÇÕES.
Posted by Picasa

15 outubro, 2010

NOS ANOS VINTE ...


CIRCULAVA-SE PELA ESQUERDA EM PORTUGAL.
.
Dias atrás, um comentador fez uma observação sobre uma notícia que tinha saído no JN, pois tinha reparado num engano, numa legendagem, pois atribuía a imagem acima a Viana do Castelo.
O "Cereja"fez o favor de me fazer chegar a página em que se encontra a foto e texto, e nele podemos ler que estamos vendo o Capitão Frazão a ser fotografado na ponte à saída de Viana ( é aqui que reside o engano, obviamente ), por ocasião do Circuito Hípico de Portugal em 1925.
Bom, ... quando vi a foto, que desconhecia, causou-me estranheza a posição do carro, e fiz uma pequena pesquisa, e dela vos vou dar conta.
Séculos atrás, os cavaleiros cruzavam-se pela esquerda, pois assim a mão direita estaria livre para desembainhar a espada, e com o aparecimento do automóvel (primeiro com as carroças, coches etc.) as coisas continuaram assim, mas em 1794, em Paris, introduz-se oficialmente a regra da circulação pela direita, à qual, um ano antes , a Dinamarca já tinha aderido.
Um pouco mais tarde, com as Invasões Francesas, a "moda"ia-se "pegando", mas a Inglaterra, o Império Austro-húngaro e Portugal, só vieram a aderir (excluido a Inglaterra) após a Primeira Guerra Mundial".
Curiosamente, havia países que tiveram os dois sistemas, como por exemplo a Espanha, em que havia zonas em que se circulava pela esquerda, e noutras pela direita.
A notícia do jornal, diz que o Cicuito Hípico, fez 85 anos em 2010, logo, a fotografia acima será de 1925.
É, portanto, uma muito curiosa foto, e documental também.
Agradeço ao (ah) ou (ha) a observação, e ao "Cereja" o cuidado que teve em me ter feito chegar às mãos, a página da revista que continha a notícia.

13 outubro, 2010

VILA DO CONDE NUA.

Em Vila do Conde, por esta época (anos 40/50 ? ), ainda não tinha acontecido a explosão urbanística que mais tarde, a partir da década de setenta, viria a acontecer.
Se focalizarem a imagem delimitada pelo traço vermelho, difícilmente reconhecerão o local, mas, tendo como referência a Capela do Socorro, depressa nos colocamos no exacto sítio em que estaria o fotógrafo.

11 outubro, 2010

CURIOSIDADES.

Curiosamente, a fotografia mostra-nos a data em que foi tirada, 1938 ou 1939, e podemos ver que por esses anos a erosão verificada nestas rochas no leito do rio, que mais não são do que vestígios da Ponte de Pedra ou Ponte das Neves ( século-XIX- 1793-1821 ), ainda não se tinha feito sentir como hoje a vemos, havendo ainda pedras soltas.
E, podemos ver também, que a rua que vai para o Monte, ainda aqui não se vislumbra.

08 outubro, 2010

A VARANDA.




Esta sim!
.
Teria honras de Teatro, e reparem como é belíssima em seus pormenores. Está um pouco escondida, e como está recuada em relação ao passeio não a captamos devidamente.
Quanto ao engano na mensagem anterior, ele só é detectável se compararmos as duas fotos, logo, quem não possuir velhas fotografias, difícilmente saberá qual a varanda.


CURIOSIDADES.


Quem sai da rua Rainha Dona Leonor, ao entroncar na rua Cunha Araújo, olha para um amplo edifício que, no primeiro piso, tem sete janelas. São o que resta da magnífica frontaria do célebre Teatro Afonso Sanches.
Já não existem essas aberturas imponentes que rematavam em arco de volta inteira. E também não existe, ao meio da fachada, uma lindíssima varanda do tempo áureo da arte do ferro forjado, em Vila do Conde.
Exactamente a varanda que adorna a casa que foi de Serafim Ramos, médico ilustre, na rua João Canavarro.
.
FONTE - Blogue do -ATENEU DE VILA DO CONDE-

07 outubro, 2010

AINDA O FLUVIAL.

=================================================
Procurei notícias do Fluvial em 1887, mas não encontrei. Mas, coisa curiosa, vi a notícia que o "CLUB RIO DOURO" veio a Vila do Conde realizar umas regatas, mas sem mencionar o Fluvial.
Terá sido a realização desta regata, que veio despertar os Vilacondenses?
Alguma coisa terá acontecido ao longo desse ano de 1887, pois em 1888 já há referências aos sócios do Clube.
O Fluvial terá nascido um pouco como o Ginásio, pois já tinha sócios, mais tarde estatutos até, mas não estava devidamente legalizado.
Assim acontece com o Fluvial, há referências em 1888, criam-se os estatutos por Cunha Reis em 5 de Dezembro de 1905, mas em rigor, nasce em 1906, pois só em 11 de Abril desse mesmo ano, é que vê os seus estatutos aprovados pelo Governador Civil do Porto.
Mais uma "coisa" curiosa para adicionar á nossa sebenta. (como sabem, gosto deste nome -sebenta- pois aqui não há o rigor da escrita, dado que me limito a ler o que está "escondido" em velhos jornais, e disso vos dar conta)

06 outubro, 2010

CINQUENTENÁRIO.


Não, não se trata de "Centenário", mas provávelmente de um -Cinquentenário-, pois deverá ter sido há cinquenta anos que estes atletas experimentaram pela primeira vez os velhos "yole".
Vi a notícia no "Jornal de Vila do Conde" de 30/10/2010, e com o título "REMO EM FESTA" , e tive pena de estar ausente, pois também fui um dos rapazes que passaram por essa escola, que é sem dúvida, o CLUBE FLUVIAL VILACONDENSE.
Terá sido um dia memorável, pois estiveram presentes antigas tripulações, e a mais representativa, terá sido a primeira a conseguir um título nacional, constituída por Américo Magalhães, Manuel Lima, Eduardo Fraga e Lino Samuel, e uma outra, constituída por Manuel Costa e António Costa (irmãos Adolfo) e Óscar Rodrigues (timoneiro), esta última equipa, a passar já os setenta anos.
.
P A R A B É N S F L U V I A L.

04 outubro, 2010

O SÍTIO.

A mensagem anterior não ficaria completa, sem mostrar o local sobranceiro ao mar, de onde o Carlos Adriano terá tirado a foto que vos mostrei, e de onde os pescadores desportivos, lançariam as suas linhas, na busca de algum peixe.

ENVELHECIMENTO.


A fotografia de cima é espectacular. Reparem na incidência da luz, e quem gosta de fotografia, sabe que nada disto acontece por acaso.
Certamente, é uma foto de Carlos Adriano, um artista, sem dúvida.
Mas, o que aqui queria mostrar, principalmente aos mais novos, era este passadiço que dava acesso a uma zona mais larga e arredondada, que servia para os pescadores desportivos se aproximarem mais do mar, em relativa segurança.
A segunda foto, tirei-a dias atrás, para que possamos constatar a força do mar, e obviamente o passar dos anos.
Recordo que, pelo menos nos anos cinquenta ainda se podia ver este espaço, mais ou menos como nos mostra a figura de cima, embora aqui e acolá, já lhe faltassem alguns elementos.

01 outubro, 2010

DISSIMULAÇÃO.

(clique na imagem para a ver ampliada)
.
Esta imagem é uma ampliação da fotografia anterior, e nela estava escondida uma outra informação.
Reparem que, sensívelmente no meio da foto, onde antigamente seria o Hotel de que aqui já falamos, e posteriormente a Pensão das Forbes, vemos escrito - RANCHO DAS RENDILHEIRAS - , e procurando junto do senhor Carlos Pontes alguma informação, disse-me ele que efectivamente, este local, foi um dos cerca de vinte locais por onde passou o Rancho das Rendilheiras do Monte, para realizarem os seus ensaios.
Posted by Picasa