Já aqui falamos das bateiras, ... mas continuando a leitura do livro da MARIA TERESA, a determinada altura pode ler-se o seguinte:
Os pescadores da Bajoca usam também, embora raramente, uns barcos um pouco semelhantes aos de Aveiro: são as bateiras. Os de Mindelo são extremamente leves. É que, na maré baixa, a costa muito pedregosa obriga os pescadores a levarem o barco a peso pelo mar dentro. Aqui as embarcações não são pintadas, faltando-lhes portanto a graça das cores, do nome, das marcas e dos desenhos.
Em Vila Chã usam só catraias e uns barcos com uns bicos muito salientes; dão-lhes o nome de miranços. Estes miranços - assim me informou o pescador com quem falei - só se usam de Mindelo para o sul.
Em Mindelo e Vila Chã usam-se os remos muito mais compridos.
O barco tem várias partes: a proa, é a parte anterior, que se opõe à popa ou ré. A popa e proa estão ligadas, na parte inferior da embarcação, por uma peça forte e recurvada de madeira, à qual se fixam as peças curvas, onde se pregam as tábuas do costado: é a quilha.
A extremidade da quilha, que pode ser mais ou menos saliente, tem o nome de capelo ou bico.
No interior encontram-se os bancos, as cavernas, a cadeira e as panas.
Os remos , em número de 2 ou 4 , giram em volta das chamas (toletes), enfiados nas chamaceiras.
O remo compõe-se de cano, tacos e pá.
3 comentários:
Boas.
Pois precisamente um destes raros "miranços" aguarda restauro, e o mesmo pode ser visto neste link http://barcosdonorte.blogspot.com
Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt
Blogue muito interessante Parabéns
Obrigado Pinto, mas tratando-se de Vila do Conde, facilita, não lhe parece?
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