Resistiu 28 anos.
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Já aqui nos referimos a esta ponte, mas encontrei mais uma interessante notícia que dela fala, e porque muito extensa, copiarei algumas partes.
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Transcrito do jornal diário NOVIDADES, e publicado na RENOVAÇÃO em 1943, com o título RESPIGANDO JORNAIS ANTIGOS, copio alguns excertos:
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No dia 15 de Agosto (que seria no ano de 1793) o Ilmo. Francisco de Almada e Mendonça, Moço Fidalgo com exercício da casa de S. Magestade... para dar princípio à ponte, que S. Magestade a rogos dos seus vassalos, mandou construir sôbre o rio Ave, defronte de Vila do Conde e de Azurara...
...fez conduzir sôbre um andor com a imagem de N.Sra das Neves, a primeira pedra com a inscrição gravada em uma chapa de prata.
7 comentários:
Este é um tema que me fascina.
Duas fotos actuais, e um breve trecho,... mas demorei quase dois anos a "descobrir" estas linhas.
Esta ponte , talvez por ter resistido tão pouco tempo, é pouco falada, e , que eu saiba, não existe qualquer gravura.
Por favor, se alguma informação adicional conheçam, divulguem-na,...e se for aqui...óptimo.
Sabemos pelo cmt Joao dos Reis, que uma grande parte das pedras da ponte, foram reutilizadas no "cais novo",do socorro até á doca.
A Carmo
Obrigado Carmo, grão a grão...
Em Agosto de 1792, no reinado de D. Maria Pia, Francisco Almada Mendonça foi encarregado de construir entre o sopé do Monte de
Sant'Ana e a base do Monte do Mosteiro, a Real Ponte sobre o Ave, denominada de Senhora das Neves, monumental Ponte de alvenaria lavrada, de traça majestosa, com três arcos e dois obliscos de granito em cada margem, um dos quais se encontra hoje à beira-mar plantado, entre
o Castelo de S. João Baptista e a
Capela da Senhora da Guia, servindo de memória comemorativa da primeira tentativa de desembarque das tropas Liberais em 8 de Julho de 1832.
-Inaugurada em 1793, com pompa e circunstância, a Ponte da Senhora das Neves viria a ruir 28 anos mais tarde, em 1821, devido a forte
caudal provocado pela invernia, que
lhe descalçou os pilares, assentes
numas grades de madeira, que por sua vez assentavam em areias, que
se viriam a revelar movediças...
As grades, em triplicado, tal como há pouco tivemos oportunidade de constatar, ainda lá estão, submersas, sob o peso de magníficas pedras de cantaria.
a) Cereja
ps: Há cerca de uma dúzia de anos atrás, devido à corrente do rio, algumas pedras, das que se vêm nas fotos, deslocaram-se um pouco,
provocando redemoinho que viria a afectar o relvado e o cais logo a jusante da Meia-Laranja. Pois, em vez de darem um jeito a estas pedras, a fim de desviarem o fio d'água que corria em direcção ao cais, obra que ficaria muito mais
barata e sobretudo melhor, alguém,
menos inteligente, mandou despejar camiões e camiões de calhaus,
junto ao aluído cais, originando aquele triste cenário que ali se pode observar com lixo e tantos ratos à mistura.
Mas, a montante da Meia-Laranja,
e mais antigo, podemos ver idêntico desleixo, deixado de uma anterior reparação do Açude e que, finda a obra, ninguém mais ligou...
Opinei.
Bom...o grão deu "fruto".
Alargada achega ás minhas pretensões, o que agradeço ao"Cereja", mas vou -tentar- seguir em frente, e , se possível, saber mais do que aconteceu a esta ponte, na sua breve história.
Aos interessados em saber algo mais sobre esta monumental Ponte da Srª das Neves,
poderão ler a antiga revista Douro-Litoral, onde o Dr. Bertino Daciano
nos fala desta e das outras pontes de Vila do Conde, entre as quais a
vilipendiada Ponte da Doca (Doquinha para os pequeninos...).
a) Cereja
Podem encontrar mais informações aqui:
Vila do Conde - a Ponte de Pedra
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