SELOS TURÍSTICOS DE VILA DO CONDE. ( 2 )

( Interior do álbum, que guardava os selos (vinhetas), exibidos em SELOS TURÍSTICOS DE VILA DO CONDE.
Fizeram-me chegar, um curioso e muito desenvolvido apontamento, sobre o assunto que aqui se pretendia mostrar, e que passo a editar :

"VINHETAS VILACONDENSES"

As vinhetas são em relação à filatelia os seus parentes pobres; não têm valor expresso, nem utilidade como franquia, tão pouco delas existe catálogo. Contudo, não deixam de marcar uma posição de chamada para um determinado assunto, ou para um acontecimento. São como um folheto vinculando uma notícia.
Na década de trinta, e tudo leva a crer que foi em 1934, a "PAPELARIA ADRIANO", ao tempo pertença da família Adriano, editou um "Album de Selos Turísticos de Vila do Conde", contendo 24 vinhetas, gomadas e numeradas de 95 a 118, na disposição de quatro por folha. Esta numeração segue a sequência de anteriores vinhetas relativas a outras localidades.
O papel utilizado foi o friccionado, idêntico ao papel de cartaz, e picotado é de 10 1/2, e as dimensões são de 42 por 34 milímetros, excepto quanto ás de números 97, 98 e 107 a 110, que são de 34 por 42.
Os "clichés", como então se chamava aos negativos , são da autoria de Carlos Adriano, nosso conterrâneo. A tipografia responsável foi a "Latina", da cidade do Porto.
Na capa e contracapa, de papel cartolina, na folha de rosto e na última folha, fazia-se publicidade a : "Papelaria Adriano", "Fotografia Adriano", ao "Bom Doce", à casa de rendas "Flores Torres", e também à "Praia de Vila do Conde, Banhos de mar, rio e quentes, Feiras semanais e anuais, Hotéis e restaurantes, Grande Casino, e Campo de Jogos".
Numa época em que as Comissões de Turismo ensaiavam os primeiros passos, ou simplesmente não existiam, as vinhetas turísticas mereceram lugar de destaque pela propaganda que faziam das respectivas terras, ocupando por vezes o lugar dos actuais desdobráveis. No entanto, elas são , ainda hoje, motivo de satisfação para quem as possui.

FARIA CORREIA.