05 setembro, 2011

1954.


Tal como disse meu primo Carlos, no comentário da anterior mensagem, estas obras realizaram-se em 1954. Vê-se meu avô e o Eng. Soeiro a assistirem à colocação do escudo, por via do esforço de nove homens.


O pai deste meu primo, senhor António Maria, porque já tem alguma idade, já não recorda determinados acontecimentos, restando assim a minha memória, e a deste primo.


Não recordo este exacto momento, mas tenho guardado na memória, um acontecimento que ocorreu por estes dias, tinha eu seis anos. Reparem no desalinho que vai por todo este corredor que se estende pela frontaria do edifício, eram pedras e muitas tábuas com pregos, e, aconteceu um acidente que me marcou até aos dias de hoje, pois meu tio ao caminhar nesta confusão de pedras e tábuas, pisou uma tábua, e, um prego atavessou-lhe o pé, sendo visível a parte mais fina do prego sair-lhe do sapato. O Lemos, um antigo funcionário da casa, logo acorreu a ajudar, e foram para o laboratório velho, que era ainda nesta porta que se vê na foto, onde se tirou a tábua com o prego, e seguindo-se a desinfecção do pé. Este laboratório de seguida mudar-se-ia para o lado direito do corpo principal do edifício, ou seja, para a esquerda da foto.


Meses atrás, contei isto ao meu tio, mas ele já não recordava, e ficou admiradíssimo, de eu, então tão pequeno, me recordar.


E tu, Carlos, também não te recordarás, embora já existisses, eras muito pequenino. Costumo pensar, que quando tu e eu já não existirmos, muita da história do último meio século da Estação Aquícola, se irá perder.

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