Tal é o grito valoroso e sublime da alma de um povo que a Providência destinou a ter no mar a sua história, a sua inspiração artística, a melhor, a mais bela, a mais gloriosa parte da sua existência, finalmente, a sua segunda pátria :
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A MINHA ALMA É SÓ DE DEUS,
E O MEU CORPO É DO MAR !
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(Ramalho Ortigão)
1 comentário:
Boas.
Não haverá muitas dúvidas sobre por que meios Portugal e os Portugueses muito se fizeram grandes no mundo: os meios do Mar. E que não se cometa o Enorme erro de considerar essa grandeza como somente a Quinhentista.
Seremos provavelmente neste século, um dos países no mundo com maior extensão marítima de jurisdição territorial. Não sei se D. Afonso Henriques já o previa quando progredia rumo a Sul na Reconquista, mas o que ele iniciou, originou um país com condições (a vários níveis) excelentes para ser por excelência Marítimo. Nem Espanha possúi essas condições e por óbvias razões, várias vezes o tentou (quiçá ainda tenta) obter pela força, militar, económica nos media, etc. Os séculos foram correndo e essa excelência foi ficando provada. Essa excelência, com altos e baixos, foi mantida por monarcas, por republicanos, por um ditador. E foi o fim.
Em 35 anos de vida, só vi as coisas do mar a desaparecer aos poucos, em tantos aspectos quase inacreditáveis para esse tal país de excelência marítima. São agora só os livros de história e o grande livro moderno que é a internet a revelar o que Foi Portugal. Cada qual tem as suas teorias para essa decadência e as minhas por vezes assustam-me.
Belíssima foto, dos belíssimos estaleiros vilacondenses. Um dos ícones daquela excelência.
Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt
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