16 agosto, 2010

" PRINCESA DA PÓVOA "

No verso desta fotografia, está escrito o seguinte :
.
1958 - Barco "Princesa da Póvoa " de João Rodrigues Moreira, e também está assinalada a matrícula (penso que é assim que se chama), que é : PV-16-C .
.
Estas fotos devidamente datadas, considero-as uns autênticos documentos, pois temos em rigor o que se passava em determinada época.
Reparem na zona ribeirinha do lado de Azurara, ainda sem aquele casario que hoje vemos, e assim, podemos com certeza, dizer que em determinada altura, este ou aquele aspecto da paisagem existiria ou não .

12 comentários:

Faria Correia disse...

Por acaso a foto representa uma traineira, mas o seu nome é 2Princesa da Póvoa". Engano ou troca de fotografias!?...
Todos nós nos enganamos, às vezes.

José Cunha disse...

Tens toda a razão Humberto, é Princesa da Póvoa.
Vou de imediato corrigir.
....o meu computador, parece não estar muito habituado a escrever a palavra -Póvoa- mas vai ter que se habituar, pois qualquer dia, quero vos mostrar algumas fotos dessa cidade, que afinal, hoje, quase se confunde com a nossa terra.

Anónimo disse...

Neste tempo, práticamente ainda não se usavam as redes de emalhar, que tal como as do arrasto, continuam a delapidar a fauna do nosso mar.
Estas duas motoras, dedicavam-se sobretudo à pesca da pescada, goraz, congro, etc., através do trol, aparelho este, composto por várias centenas de anzois, que permitiam seleccionar o peixe, e
preservar o ecosistema marítimo.

Nesta fotografia, para além do rio,
e das duas belas embarcações,
saliente-se a bucólica paisagem,
com destaque para o antigo
Convento das freiras, o qual, após
sua demolição no ano de 1967, daria
lugar à Fábrica de Chocolates Imperial, hoje a maior indústria de chocolateria em Portugal.

a) Cereja
.

fangueiro.antonio disse...

Boas.

Como diz bem o Cereja, tempos em que ainda se preservavam de certo modo os escossistemas, pelas artes tradicionais usadas.
E estas embarcações... são as tais que não me canso de admirar, as tais que enchiam os estaleiros de trabalho e encomendas. Outros tempos, outra gente, outro país.
Esta é uma foto que o José poderia ter colocado maior :). Merece estar emoldurada.

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Estas embarcações,normalmente designadas por "motoras",bem descritas pelo Cereja,são quanto a mim as unicas originárias de Vila do Conde,pois não se conhece outras iguais em mais lado algum.
Tinham um comprimento entre os 9 e os 14 metros.Trabalhavam com TROLL (anzois),tinham motor a gazoleo e vela auxiliar,muito identica a uma vela de "lancha Poveira".Foram construidas centenas destas entre o final dos anos 40 e anos 60,sendo a sua maioria destinadas ao porto vizinho da Póvoa.É uma embarcação desenvolvida pelos mestres construtores Vilacondenses, mais propiamente por meu Avô Samuel,que ainda tive a sorte de o acompanhar,a ele e a meu Pai na sala do risco na seca do bacalhau,com uma escala e um "modelo" e desenhos nas maos no final dos anos 60 e principios dos 70 a riscar os barcos.Estas esbeltas embarcaçoes tinham influencias das de Peniche, do Algarve e tambem de Vigo, mas eram muito mais elegantes,e ao que dizem as mais perfeitas na navegação.Podemos apreciar uma destas,das mais pequenas,(com 9 metros) na CASA DO BARCO no polo museologico do largo da Alfandega .
A.CARMO

Faria Correia disse...

Quanto ao porto de mar, que aqui se refere como da Póvoa, muito teriamos a dizer. Todavia, não acho que é o lugar apropriado; sómente acrescento que o Porto é de Vila do Conde e Póvoa de Varzim.

José Cunha disse...

" LUGAR APROPRIADO " ??
Por favor Humberto, diz-me onde fica esse espaço, que eu adquirirei um lugar só para nós, os leitores do "Carioca", ou se preferires, os que habitualmente se juntam á volta desta mesa.

ARO disse...

Esse avô Samuel será um brilhante António Samuel falecido há alguns anos,que tive a honra de conhecer e observar em jornadas oficiais em que sempre revelou um memorável conhecimento da arte de construir,mesmo não dispondo de estudos superiores?Honra lhe seja guardada!E que o seu exemplo perdure.
ARO

Anónimo disse...

O meu avô (Samuel) a que me refiro faleceu em 74 era pai do Antonio Samuel,Antonio Gonçalves do Carmo,de seu nome,a que ARO faz referencia,portanto meu tio,com quem trabalhei longos anos e a quem muito devo. Muito do que sei sobre construção naval,a ele e ameu pai o dêvo,eram dois grandes mestres neste oficio,
A.Carmo

Faria Correia disse...

Caro Amigo Zé Cunha.
Quando me referi ao lugar apropriado, que não este de barcos e estaleiros, mas sim a uma fotografia dum porto, pela qual teria e tenho que expor aquilo, que por muita indolência e deixa correr dos vilacondenses, passou a ser conhecido pelo Porto da Póvoa, mas que é situado em área de Vila do Conde na sua meior perte de extensão terrena e maritima. Até lá o meu respeitoso silêncio e paciência, dado que como sabes não nasci nesta maravilhosa Terra, que pelo seu oposto é tão falta de bairrismo.

José Cunha disse...

Humberto.
Espero que toda a gente saiba que metade do porto, intitulado da Póvoa, é de Vila do Conde !!!
Não nasceste em Vila do Conde, mas és um "Vilacondense" de coração e de dedicação. Obrigado.

Anónimo disse...

"na sua maior parte de extensão terrena e marítima".....não tenhas calma não e dispensamos a fita-métrica