Falando do Eng. Soeiro e do Eng. Castro, inevitávelmente vem à lembrança o Eng. Lencastre (Eduardo Alberto de Castro Lencastre, Engenheiro Silvicultor e nascido em Vila do Conde em 7 de Abril de 1925 ).
As únicas imagens que tenho dele, foram estas tiradas por meu pai logo nos princípios do programa televisivo TV-RURAL ( que foi um dos programas de mais longevidade da televisão portuguesa e da Europa), começando em 1959, e acabando em 1990.
O programa era apresentado pelo engenheiro Sousa Veloso, que se vê na imagem de cima, e recordar-se- ão da frase com que ele acabava o programa - Despeço-me com amizade, até ao próximo programa.
O Eng. Lencastre, deverá ter sido o segundo vilacondense a ir a um programa televisivo, pois o primeiro foi o Senhor Jaime Lopes Ferreira, pai dos meus amigos António Naia, Jaime, Gena e Elsa.
Tenho uma foto também desse momento,( mas ainda não a encontrei) que foi no primeiro concurso televisivo português QUEM SABE, SABE estreado a 5 de Abril de 1957, com a apresentação de Artur Agostinho.
4 comentários:
O engº Lencastre era de um trato afável, fidalgo, um senhor!
Falei com ele apenas duas vezes mas bastou para conhecer o seu perfil, a sua marca indelével!
Quanto a concursos televisivos, muito se poderia dizer, mas como estamos a referir-nos aos do tempo da RTP a preto e branco, lembremo-nos do "Charlas Linguisticas", da apresentação do Padre Dr. Reúl Machado, e de um concorrente de Vila do Conde,
António José Gomes Correia, meu saudoso pai.
Humberto, então teu pai terá sido um dos primeiros também.
E apareceu na televisão? Tens fotografia?
Esse programa é dos mais antigos também, pois esteve "no ar", entre 1958 / 1961, três anos portanto, e acabou devido ao falecimento do seu autor.
Respondendo ao "Rouxinol de Bernardim", quero lhe dizer que estou em plena sintonia consigo, pois era realmente um homem de fino trato e acessível, apesar de pertencer a uma família fidalga.
Inscrição de mais uma candidatura ao "Podium" da RTP:
-Em termos de candidatura dos mais
antigos, temos o seguinte:
Fins do ano 1956, princípios de 1957, estando a trabalhar na pintura do navio bacalhoeiro Lousado, atracado na doca do Poço do Bispo, fomos abordados por uma equipa da RTP, para nos fazerem umas filmagens sobre umas manobras
que nos tinham visto fazer dias antes.
Talvez por uma questão de idade, ou
de agilidade, seria eu o escolhido.
A manobra constava de subir e
descer umas escadas chamadas de "quebra costas", penduradas da proa do navio, pela qual íamos para
"bailéus" (espécie de pranchas) também suspensas do navio.
Quando o trabalho era na vertical, tudo bem; mas como o casco do navio era convexo, às vezes era preciso saber trabalhar no trapézio, para não nos acontecer nada daquilo que cheguei a ver...
Então, a troco de um "caché" de 20$00, que acabaram por ser 40$00, lá tivemos que repetir a cena duas ou três vezes, para satisfação dos
maltêses.
Portanto, sem qualquer pretensão
em ser laureado,
também me candidato ao primado...
a) Cereja (pr'ós amigos)
.
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