26 julho, 2010

ADEGA CENTRAL.
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Vejam o que faz uma lupa.
Vou então tentar contar-vos o que sei acerca desta foto, ou o que nela se vê.
O cortejo não será o de Oferendas, pois esse, exactamente neste local, viraria para a direita em direcção ao Hospital. Ainda recordo de ver carros puxados por bois, carregando enormes troncos de árvores.
Quanto á adega, lembrei-me de perguntar ao meu amigo Jorge, filho do senhor Albino e proprietário da Tipografia do Ave, o que dela saberia.
Tinha alguma informação, mas procurou aumentá-la junto de conhecidos, e conta-me então, que seu pai, o Sr. Albino, comprou o edifício da tipografia à mãe da Dona Maria Parteira e do Dr. Campos.
Por essa altura morava na parte de cima da casa D. Ângela Coutinho, que tinha nesse mesmo local uma pensão. ( Sabiam que neste largo, o dos "Artistas", já existiu um Hotel ? )
Quanto à adega, ela foi pertença em diferentes épocas, do "Peixe-Frito" da "Pita-Borrada", e do Frankenstein, e não se recorda o Jorge, se ela coexistiu com a tipografia, ou simplesmente se estamos vendo o curto espaço de tempo, em que as letras anunciando a adega ainda não tinham sido retiradas.
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UMA OUTRA HISTÓRIA DO MESMO LOCAL.
Contou-me meu pai, que um dia, o Eduardo Adriano sobrinho de Carlos Adriano, descendo a rua da Misericórdia, onde seu tio tinha a casa de fotografia ( onde por lá tinha passado, pois tinha acabado de chegar de Macieira, para trazer da casa do Sr. Vaz, a manteiga que ele fabricava na sua barrica. Mais tarde, e influenciado por amigos, este senhor veio para Vila do Conde, e assim, essa pequena barrica, transforma-se na "AGROS". ), e falhando-lhe os travões da bicicleta entrou pela adega adentro, e saindo pela segunda porta, mas não se livrando de algumas escoriações.
Conta-me também, que dentro da adega havia uma folha de papel, do tamanho que hoje designamos de A4, e nela se via na parte de cima, a cabeça de um cão, seguindo-se um nome, e depois uma quantia em dinheiro . Depois seguia-se um cão com uma pata, um nome e outra quantia de dinheiro já maior, e assim sucessivamente, até que finalmente, o "cão completo". Curiosidades de um passado da nossa terra.

5 comentários:

Faria Correia disse...

O único hotel que existiu, não no Largo dos Artistas, mas sim na Rua 25 de Abril (ex D. Luis, ex Barão de Rio Ave), foi o "Hotel Central", mais conhecido pelo Hotel da Teresinha, instalado no prédio aonde estava a Mercearia de João da Costa Torres e a Casa de Rendas Flores Torres. Esteve lá desde início até se ter transferido para edifício próprio na mesma artéria e quina com a Rua Cinco de Outubro, local tembém conhecido por Praça de S. João.

José Cunha disse...

Humberto, tanta coisa há para dizer desse Hotel de que nos falas, mas só lá mais para diante, tenho a intenção dele falar, bem como do Casino, Teatro e Hotel, lá para as bandas da praia.
Apareceste neste espaço pouco tempo atrás, e por tal, não deverás saber que o que aqui eu publico , está devidamente fundamentado, e algures escondido nos livros, mas posso te adiantar que tal notícia, está bem escondidinha, lá pelo século XIX.

José Cunha disse...

Humberto, não te parece que a rua de D. Luiz, é a que ia para a Póvoa ?
E a 25 de Abril era a antiga Barão do Rio Ave ?

Faria Correia disse...

Amigo Zé Cunha, a Rua D. Luis era de facto a que do actual Largo dos Artistas acabava na Rua 5 de Outubro, ou seja a presentemente donominada de 25 de Abril.(Veja-se a Ilustração Vilacondense).

José Cunha disse...

Humberto sei como te dedicas a estas "coisas", e eu só agora sou chegado, mas estou em crer que tenho um postal em que nos indica que essa rua que estamos a falar, é a que vai para a Póvoa.
Já agora, diz-me em que altura é que a rua 25 de Abril se chama de S.João ?
Sabes Humberto, tenho pena de não ter tempo para dedicar-me mais a esta "busca" de informações, e assim saber mais, e aqui poder publicar.
UM DESAFIO - Seria interessante que tu, de vez em quando, preparasses um artigo e aqui o publicasses, que dizes ?