23 novembro, 2009

GRÉMIO DA LAVOURA.
.


...................................................ADVERTÊNCIA.
.
A pequena colecção de objectos que constitui o « Museu » deste Grémio, carinhosamente reunidos no segundo andar do nosso edifício social, constitui a verdadeira documentação de alguns vestuários das nossas lavradeiras e da aparelhagem agrícola adoptada no nosso concelho nos tempos passados.
Procurou-se mostrar, também, como é a cozinha do nosso lavrador (sua sala de visitas) e o seu quarto de dormir que ali à sua rusticidade a beleza do seu conjunto de carácter religioso (santuário e quadro) e de ... superstição (figa).
Não teve este Grémio outra preocupação que não fosse a de reunir os elementos que deverão constituir os alicerces de um verdadeiro MUSEU ETNOGRÁFICO para o que no concelho não faltam valiosos elementos.
A Direcção deste organismo, ao inaugurar o que já se fez, não quer deixar de exprimir o seu reconhecimento ao Sr. Elísero Fernandes Pinto, criador da ideia - agora tornada realidade - a cujo serviço dedicou todo o seu entusiasmo, zelo e competência, e prestar homenagem à memória do Padre Agostinho Antunes de Azevedo que tanto a acarinhou.
Oxalá que os objectos expostos dêem o estímulo necessário a todos os lavradores para, com o seu concurso, podermos reunir objectos de maior valia.
.
É o que deseja
A DIRECÇÃO.
.
Vila do Conde , Setembro de 1947.
.
NOTA - Na primeira fotografia , verão fácilmente a palavra "Lavoura", e na segunda no enfiamento dos jardins centrais, identificarão melhor o edifício do Grémio.
Ainda na primeira fotografia, e do outro lado da rua , vê-se que ali existia uma alfaitaria com o nome "ALFAITARIA AMÂNDIO (FILHO) , e junto uma "CASA DE COMIDAS" , que certamente daria origem ao "CANTINHO".




2 comentários:

Anónimo disse...

A pretexto daquela saudosa e Centenária Ponte da Doca, que se ve na segunda fotografia, e porque ontem teve lugar na Igreja Matriz uma missa de sufrágio para assinalar o Iº Aniversário do Falecimento de António Monteiro dos Santos, ex-Marinheiro da Armada, escritor e poeta local, acérrimo defensor do Património da nossa Terra, permitimo-nos catapultar para este Carioca da Vila, o Poema que sua viúva, então fez questão de nos entregar
pessoalmente.

O MEU NOME
O meu nome cheira a docas,
O meu nome cheira a cais,
De partida e de chegada.
Filho de um mar de gaivotas,
Colhidas nos vendavais.
O meu nome é maresia,
O meu nome é mar salgado,
É filho da alegria,
O meu nome é sem pecado.
É filho de um mar chão,
E também de um mar bravio,
Que trago na minha mão.
O meu nome é desafio,
O meu nome cheira a docas,
O meu nome cheira a cais,
Marujos em mastros reais,
No tempo das caravelas,
Filho do Sol, da chuva, do vento,
Tenho-o escrito nas velas
Desta Nau do Pensamento,
O meu nome é panamá,
Corpete, manta de seda,
Farda branca, imaculada,
É jersey e é alcaxa,
Farda de azul-escuro,
É estoico, é lutador.
Nos lábios sempre uma trova,
No coração um amor.
Desta doçura não fujo,
meu nome é DÁRIO MARUJO

Descansa em paz, "filho da escola"

a) cereja

Unknown disse...

Eu neta desse poeta Dario Marujo Francisca Da Costa Santos epsero consehuor um pequeno dom do meu avô