26 abril, 2009

O SANTO CONDESTÁVEL

D. NUNO ÁVARES PEREIRA, ESTEVE EM VILA DO CONDE.
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Vamos remontar aos princípios século XV, mais própriamente às vésperas da conquista de Ceuta. Para acompanhar D. Nuno Álvares Pereira na madureza dos seus cinquenta e quatro anos, a subir do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde. Vinha de luto, sofredor travando as lágrimas como à sua condição cumpria, a enterrar a filha Beatriz, unigénita, condessa de Barcelos. Não erraremos muito talvez se virmos o Condestável naquele momento desafortunado a remoer a desilusão da sua derrota política - ele, o « nunca vencido cavaleiro », e a antever para breve a estamenha de frade.
Era Nun´Álvares, naquele tempo - charneira, o símbolo de um mundo velho que estava a acabar. Ou, para usar a imagem de Arnold Toynbee, um leito de agonia e morte onde iria engendrar-se e nascer a vida nova da Modernidade. E o Mosteiro de Santa Clara que recebia o herói não tinha significado muito diferente: porque a esperança do futuro crescia no terreno circundante sobre o qual exercia senhorio. Efectivamente, era então Vila do Conde bastante mais que o espaço monástico erguido no alto do cerro sobranceiro ao rio. De facto, quando o século XV desponta, existe ali, projectado para Norte Poente, um burgo com capacidade de resposta rural e urbana há viragem nacional que vai dilatar a Pátria pelos Algarves d´Álém - mar.
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FONTE - NOVA HISTÓRIA DE VILA DO CONDE - ( A. do Carmo Reis )
...............- extrato -

2 comentários:

fangueiro.antonio disse...

Boas.

Vi ontem em directo do Vaticano a cerimónia de canonização desta figura ímpar da nossa História, tinha Portugal cerca de 250 anos de "vida".
Ao que parece, pouco eco teve, o que denota o estado actual de uma nação que manteve a sua soberania por causa de homens como este e acima de tudo, pelas várias Ordens religiosas/militares que nos fizeram/mantiveram como Portugal.
Como em tudo, os excessos não são aconselhados, mesmo na religião, mas Nuno Álvares Pereira surge (finalmente) agora como Santo para relembrar a Portugal a importância que a religião teve na nossa afirmação como Nação e descobridores ou "achadores" de partes do mundo. - Não se esqueçam os mais desinformados que o mundo para nós tinha afinal 5 cantos, Austrália incluída! -
Como cada vez mais deixa de "estar na moda" praticar, falar ou até assumir qualquer ligação "clerical", ao menos percebamos a sua importância na nossa génese como Portugueses durante 866 anos.

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

José Cunha disse...

Obrigado António.
Não me alonguei sobre este tema, sómente porque não está no âmbito do "Carioca", mas concordo consigo.
Tenho me preocupado sómente no "casamento" da fotografia - texto , mas brevemente, terei que imaginar uma nova forma de fazer chegar Vila do Conde mais longe.
Terei que tentar, embora saiba das dificuldades que ieri encontrar.