LAVRADOR.
É, sem dúvida alguma, Vila do Conde um concelho de importância considerável, seja qual fôr a faceta atravez da qual o queiramos analisar.
Essa importãncia, dia a dia, se vai acentuando pela união que vila e aldeias, em tempos grandemente divorciadas, vão pondo nos seus esforços sempre que do interêsse do concelho se cuide.
A´s aldeias, animadas duma evolução progressiva e fecunda, da sua iniciativa e recursos retirando por sistema, o melhor para as suas realizações, sobejam sempre apreciáveis reservas para a efectivação de certas obras que, interessando pricipalmente à Vila, podem ser rotulados de melhoramentos concelhios.
E apezar de, na sêde, por falta de recursos ou excesso de providencionalismo, o desejo de progredir quasi se limitar ao entusiasmo mais ou menos oratório, de certa parte dos seus habitantes, a verdade é que se assiste à exuberante actividade duma terra que, no seu conjunto, consegue impôr-se, fazendo desaparecer, dia a dia, as já poucas arestas em que vila e aldeias se entrechocavam.
O seu bom andamento exige que elas desapareçam para sempre, e, se alguma vez surgirem dissidencias, resolvamo-las de harmonia com a nossa posição adentro desta grande Família que deve ser todo o concelho.
Ha, porventura , alguem que no lavrador veja simplesmente o homen rude, falho de princípios, quasi indigno de consideração e direitos.
Acentuemos que o lavrador, na sua rudeza-e ha tantos consideravelmente ilustrados e educados-é um vilacondense como qualquer outro, com as mesmas regalias; que dentro do seu corpo, torturado por uma vida de intenso tabalho de sol a sol, regado ppelo suor do seu rôsto, suor que que purifica e dignifica, ha uma alma grande, duma grandeza que nem todos sabem mas precisam entender.
Ponhamos de parte genealogias tolas ou ascendencias que nada significam e vejamo-nos atravez do nosso valor intrinseco que será sempre e iniludivelmente o fruto de cada um.
E, se amamos verdadeiramente a nossa terra e queremos que ela caminhe na vanguarda, não esqueçamos nunca a parabola dos sete vimes : sigamos cada vez mais unidos.
S.
Renovação. 17/2/1934
8 comentários:
tão actual que até assusta.
Actual?
Hoje não há lavradores iletrados?
Distanciamento Freguesias/Cidade?
O Afonso Henriques ainda vive em Guimarães!!!
Repito:
Actual?
Hoje não há lavradores iletrados!
...
A casa da foto não será a dos "Cabanas", sensivelmente onde hoje é a Horta do Governador?
“…É, sem dúvida alguma, Vila do Conde um concelho de importância considerável, seja qual fôr a faceta atravez da qual o queiramos analisar…” ACTUAL
“…Essa importãncia, dia a dia, se vai acentuando pela união que vila e aldeias, em tempos grandemente divorciadas…” ACTUAL
“…A´s aldeias, animadas duma evolução progressiva e fecunda, da sua iniciativa e recursos retirando por sistema, o melhor para as suas realizações, sobejam sempre apreciáveis reservas para a efectivação de certas obras que, interessando pricipalmente à Vila, podem ser rotulados de melhoramentos concelhios…” ACTUAL, ACTUAL e ACTUAL
Sublinho “…certas obras que, interessando pricipalmente à Vila, podem ser rotulados de melhoramentos concelhios…” QUEM DIZ QUE NÃO É ACTUAL QUE PONHA O DEDO NO AR
“…E apezar de, na sêde, por falta de recursos ou excesso de providencionalismo, o desejo de progredir quasi se limitar ao entusiasmo mais ou menos oratório, de certa parte dos seus habitantes…” OU GOVERNANTES, DIGO EU.
“…O seu bom andamento exige que elas desapareçam para sempre, e, se alguma vez surgirem dissidencias, resolvamo-las de harmonia com a nossa posição adentro desta grande Família que deve ser todo o concelho…” ESTE DISCURSO FAZ-ME LEMBRAR OS APELOS DAS ELEIÇÕES LOCAIS
“…Acentuemos que o lavrador, na sua rudeza-e ha tantos consideravelmente ilustrados e educados-é um vilacondense como qualquer outro, com as mesmas regalias…” AINDA CONTINUAM A SAÍR DOUTORES PELAS ALDEIAS
“…Ponhamos de parte genealogias tolas ou ascendencias que nada significam e vejamo-nos atravez do nosso valor intrinseco que será sempre e iniludivelmente o fruto de cada um…” JÁ NÃO É ACTUAL? BEM PE PARECIA.
eh pá, não tenho jeito para desenho por isso vão uns recortes. Muito, mas muito raramente respondo a anónimos, por isso considere-se com sorte e de futuro leia um texto pelo todo e não por uma parte.
Depois de tanto blá, blá, o melhor
seria fazerem uma visita ao magnífico Museu Agrícola de Vairão infelizmente ignorado pela quase totalidade da nossa população.
Mário
Olá,
sou uma estudante que tem como objectivo apresentar um trabalho sobre vila do conde. Será que me podem fornecer fotografias antigas de vila do conde da zona da praia?
Deixo o meu e-mail be_ti1@hotmail.com
Obrigada
Enviar um comentário