25 janeiro, 2007
ARMAZÉM DE RETÉM
VILA DO CONDE-1906
Encostada ao elevado rochedo do Socorro, existiu, noutros tempos, uma moradia com armazém de retém, por baixo.
Do seu lado poente, por Detrás-da-Torre, existia uma Rua apertada, junto da muralha da Doca até à extrema da Calçada de Santiago.
A meio dessa rua, entre os muros das casas da Calçada, e a casa edificada junto à rocha do Socorro, havia um escadório talhado na própria pedra, em dois lanços, de acesso à Capela do Socorro e ao largo fronteiriço ao mesmo.
O patim entre os dois lanços, servia de entrada para os altos da casa-armazém que era, também, de habitação. Nela residiu, em tempos recuados, um indíviduo de nome REIS, com o apelido de «Ramalhão». Nesta casa se reuniam, à noite, os fidalgos residentes na (então) vila, para palestrar, jogar e beber...
Para alargamento do antigo Largo de Trás-da-Torre e da Rua entre este Largo e o do Cidral (ou da Bajoca) destruiram as casas e os armazéns, bem como o escadório de acesso à capela, que se encontrava muito arruinado. Tal era o seu estado, que impedia, até, o trânsito por aquele local.
E a Doca, que lhe fica quase junta, era atravessada, anteriormente, por uma ponte de madeira, Agora, é de cimento armado, tem escadas duplas, salientes, ligadas entre si pelo cimo da muralha do cais (uma de cada lado) e uma rampa cental, bastante espaçosa, a qual serve para encalhe de embarcações.
É um bom e seguro refúgio para barcos de pesca, em ocasiões de cheias, ou mesmo de fortes correntes do rio.
Carlos Ouvidor da Costa
em(PARA A HISTÓRIA DE VILA DO CONDE).
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