27 fevereiro, 2009

VAIRÃO HOJE


Egreja e arraial de S.Bento de Vairão.
(foto- J.Adriano).
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Os séculos passaram, mas o local continua lindíssimo, e merecendo uma visita.

PROBLEMAS DO CONVENTO DE VAIRÃO AUMENTARAM COM A CRISE DO SÉC.XIV E EXPANSIONISMO



O século XIV, não foi fácil para ninguém. Fome, pestes, revoltas sociais, acabaram por atingir as comunidades religiosas. Vairão continuou a receber jovens e não só, provenientes da pequena e média nobreza. Na sua maioria, não porque tinham vocação, mas porque os pais, de famílias importantes, não tinham dotes compatíveis com o seu status. É um facto que também pagavam algum ao mosteiro, numa espécie de dote para um casamento místico com Cristo. Mas sempre era inferior ao que teriam de dar a um marido para as filhas.
Não se estranha, por isso, a fraca vida verdadeiramente religiosa das freiras. Ainda assim, não há notícias de grandes escândalos.
Aliás, havia até fama de "bom comportamento", tendo Vairão fornecido freiras para os mosteiros de Bragança, São Bento de Murça, entre outros.
Desconhece-se o número máximo de freiras que Vairão teve. Sabe-se que, no século XVII, havia 80 monjas.
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FONTE - "Diário do Minho" - (extrato).
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A capela de S.João é a única jóia que resiste no convento de Vairão.
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A última ceia no frontão do altar, será do século XVIII.













25 fevereiro, 2009

MOSTEIRO DE VAIRÃO FUNDADO ANTES DA NACIONALIDADE.

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Egreja Parochial da freguesia de Vairão. Cliché de J. Adriano.

Fotografia reproduzida no "Diário do Minho"

...o Mosteiro de Vairão tem o seu lugar na História de Portugal, especialmente na história da língua portuguesa. De facto, neste cenóbio foi encontrado um dos primeiros documentos não literários da língua portuguesa. Trata-se da "Notícia de Torto", actualmente na Torre do Tombo.
Foi escrito entre 1210 e 1211, segundo o investigador Avelino de Jesus Costa. Um texto que tem motivado acesa discussão. Aliás, é um facto inédito estarmos a falar neste suplemento do famoso linguista Lindley Cintra, a propósito deste documento.
Desconhece-se a data da fundação do Mosteiro de Vairão, mas sabe-se da sua existência desde 974, isto é, antes da nacionalidade.
Inicialmente era um cenóbio misto, de frades e freiras beneditinas, em casas separadas, mas depois os frades foram transferidos para o Mosteiro de Tibães, em Braga, também beneditino.
A actual igreja de Vairão é um misto de estilos, com predominãncia barroca e neoclássica. No entanto, há vestígios românicos e góticos.
No interior, destaque para a fantástica capela de São João Baptista, do século XVI, a precisar de obras.
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FONTE - "Diário do Minho" - (excerto)

24 fevereiro, 2009

AO ENCONTRO DE VELHAS ROTAS

23 fevereiro, 2009

BATEIRA COM VELA


Interessante aguarela de E.CASANOVA de 1883, que é o que consigo ler no canto inferior esquerdo .
Fiz mais uma vez uma ampliação, para que melhor se possa ver a Bateira, não vá vos acontecer , o mesmo que a mim , pois, imaginem, tenho esta reprodução há dezenas de anos, e nunca tinha reparado em tal barco, é certo que estava numa parede, um pouco longe do olhar, mas talvez também, só hoje comece a dar importância aos pormenores.

20 fevereiro, 2009

BATEIRA DE VILA DO CONDE




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O "CEREJA", vilacondense e assíduo comentador deste espaço, fez o favor de fazer chegar até mim, estes três magníficos documentos.
O primeiro, é o registo de compra (em 1932) de uma bateira, por Manuel da Costa Morais, a Jeremias Martins Novais, construtor naval de Vila do Conde, pela fantástica quantia de quinhentos escudos.
O segundo e terceiro, são realmente uns documentos fotográficos, quer pela raridade, quer pela beleza das fotos.
Obrigado "Cereja".

19 fevereiro, 2009

CENTRO DE MEMÓRIA DE VILA DO CONDE.
E OS SEUS LINDÍSSIMOS RECANTOS


Fotografias publicadas no - BOLETIM MUNICIPAL DE VILA DO CONDE






18 fevereiro, 2009

MOSTEIRO DE SANTA CLARA



INSTITUÍDO OFICIALMENTE EM 1318.
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... O mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, chegou a ser uma das mais importantes casas religiosas da Península Ibérica.
... Actualmente, da opulência e poder, restam memórias, a história, lendas e o "casco" do edifício. Ainda assim, juntamente com as águas cansadas do rio Ave, depois de uma caminhada iniciada na Serra da Cabreira, em Vieira do Minho, continuam a formar a mais bela paisagem de Vila do Conde e uma das mais belas da região Norte.
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FONTE- "Diário do Minho" (extrato)

16 fevereiro, 2009

LENDA DA FUNDAÇÃO


Conta-nos EUGÉNIO DA CUNHA E FREITAS, o que há muitos anos colheu da boca de velhos do povo de Azurara:
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Aqui residiria em tempos remotos, com a condessa sua mulher, um certo conde que, não tendo filhos, e regressando de longa peregrinação, doente, ao sentir a proximidade da morte fez voto de largar uma pomba branca e de, no local onde ela pousasse, fundar um convento e uma povoação a que daria de seu nome. A pomba, voando, veio pousar no alto do monte de S. João, onde o conde mandou edificar o mosteiro e, em redor dele, a actual Vila do Conde.
Creia-o quem quiser, é o povo que o diz.

13 fevereiro, 2009

PRAÇA DO CONSELHEIRO HINTZE RIBEIRO


A PRAÇA HINTZE RIBEIRO INVADIDA PELAS AGUAS DO AVE
Cliché de J.Adriano.
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Antigamente denominou-se Campo de sob-Mosteiro, e até 1902,, denominava-se Campo da Feira, nome pela qual é ainda geralmente conhecida.
Exceptuada a avenida Júlio Graça, no bairro balnear, é esta a melhor, a mais ampla, praça da vila; orlada de bons prédios e delimitada pelo lado sul, por um belo cais de cantaria, junto ao qual corre o Ave.
Na extremidade do lado de poente existia ainda aí por 1870 um nicho chamado de Senhor da Lavandeira, próximo do qual, (supomos , por ser n´esta parte que o rio então, devia ser mais estreito, que anteriormente à construção da ponte de pedra) abicava a barca que dava passagem d´esta vila para Azurara, e era n´este local que primitivamente estava uma pedra, alta e estreita, que tinha gravados os preços das passagens, pedra bastante curiosa, que d´aqui passou para a entrada da ponte de pedra e depois do desmoronamento d´esta, para a ponte de madeira.
Esta pedra, que tinha a data de 1634 desapareceu, quando se fez a nova ponte metálica.
... O nicho teve a mesma sorte da referida pedra. Desapareceu; e o Senhor da Lavandeira, ao qual outrora os moradores do local faziam ruidosas festas, tendo sido d´este desalojado, passou para o nicho das Almas, que havia à entrada da ponte de madeira, e d´este para a sacristia da confraria, na Igreja Matriz.
... O cais junto desta praça, era outrora o lugar preferido pelos navios que vinham do Algarve com carregamento de figos, para aí atracarem e fazerem a descarga.
Há muitos anos porém, que ali não se vê navio algum à prancha, e para os navios que actualmente demandam o nosso porto, temos, infelizmente, cais de sobra.
Por isso a Câmara Municipal, além de conservar bem reparado o pavimento desta praça, faria bem em mandar colocar um gradil de ferro no cais, desde a ponte meálica até ao Cais das Lavandeiras.
Cremos que este melhoramento tornaria este passeio mais agradável, porque as pessoas que ali concorressem, poderiam alternar o belo panorama, que dali se disfruta, lançando a vista, de quando em quando, debruçadas sobre o gradil, para as águas tranquilas do Ave.
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M. Nogueira.
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FONTE- Commercio de Villa do Conde.
( Actualizei a ortografia )
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Nota- Coloquei a primeira foto, para mostrar o cais do qual o texto nos fala, e curiosamente, podemos ver também, que ao longo dele existiam aqueles maciços de pedra , que ainda hoje vemos mais a poente, e em maior número junto da doca. Maciços esses , cuja serventia é , (penso) sómente, para amarração dos barcos.
A outra foto, foi escolhida por ser a única que possuo , onde está escrito o nome da praça.

12 fevereiro, 2009

AS MEMÓRIAS DE ARTUR DO BONFIM


Dando início a um ciclo de «CONVERSAS COM MEMÓRIA», Artur do Bonfim esteve, na passada sexta-feira, no recém inaugurado Centro de Memória de Vila do Conde, para ali apresentar uma verdadeira aula de História sobre a evolução da nossa terra ao longo dos últimos 100 anos.
Artur do Bonfim descreveu a realidade de Vila do Conde há um século, as dificuldades verificadas no que à evolução respeita, as tradições e os usos, bem como os pensamentos que mudaram ao longo deste período que sempre acompanhou com evidente interesse e entusiasmo.
No âmbito da actividade científica e cultural do Centro de Memória de Vila do Conde serão promovidas todas as sextas - feiras de cada mês as «Conversas com Memória», um programa que pretende apresentar estudos, memórias e reflexões sobre a História de Vila do Conde nas suas mais diversas vertentes.
Com mais de 90 anos de idade, Artur do Bonfim é considerado uma «enciclopédia» viva sobre a história do Século XX vilacondense, tendo sido o convidado ideal para iniciar este ciclo de conversas.
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FONTE - Jornal de Vila do Conde.

11 fevereiro, 2009

ERA ASSIM...


... o restaurante PRAIA-MAR, na entrada das CAXINAS.
Tinha este postal guardado como "novo", mas parece que o tempo passou rápidamente, e ele envelheceu bem depressa.
Fiz esta ampliação, para que melhor se possa ver as diferenças na actualidade, mas eu estou com dificuldade, mais uma vez, em datar a fotografia. Será pelos anos setenta?

10 fevereiro, 2009

esta VILA DO CONDE


deve ter sido, IDEIA DE DEUS.

09 fevereiro, 2009

LARGO DO CARMO

VILLA DO CONDE
LARGO DO CARMO EM DIA DE FESTA. -cliché de J.Adriano.
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Como vos mostrei em 5 de Fevereiro, numa fotografia de Joaquim Adriano tirada do cimo de uma embarcação nos estaleiros, ele mostra-nos o Largo do Carmo (hoje -Dr. Cunha Reis), em 1906, e esta que hoje aqui podemos ver, parece que o Joaquim Adriano , desceu do barco, e esperando que mais gente se juntasse à festa, obteve uma outra "toma"(tirar uma fotografia)

COLOSSO


- V I A N A - "mega" Lugre.
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Contou-me o nosso conterrâneo, António Fangueiro, a trabalhar na Polónia, o seguinte :
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Construído em 1922, pelos "Chantiers Navals Franco Portugais", de Vila do Conde para "Armadores do Norte, Lda".
Primeiro chamou-se "Viana", e depois em 1935, inicia-se na pesca do bacalhau com o nome "Groenlandia" (era mesmo assim o nome, pois "Gronelândia", é como dizemos nos dias de hoje).
Em 1940, recebe um motor, e em 1957, naufraga por água aberta nas Virgin Rocks, Terra Nova.
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NOTA- Penso eu saber, que estes estaleiros acima referidos, seriam aqueles que nós chamávamos de "Estaleiros dos Franceses", e que estavam do lado de Azurara, e na proximidade da ponte.

06 fevereiro, 2009

ENLEIO


ESTOU INCRÉDULO COM O QUE OBSERVO!
Que embarcação é esta?
Terá havido engano ao escrever Vila do Conde por baixo da fotografia?
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Tenho algumas fotografias de barcos de Vila do Conde, mas tenho consciência que por cá, ou fora da nossa terra, existirão muitas pessoas que têm imensas fotos, e que nós, os que nos encontramos por aqui, gostaríamos de ver, e, quem sabe, encontraríamos a explicação de tal barco na nossa terra.
Agradeço ao António Fangueiro, o ter-me enviado esta foto.
Imagino, que esta fotografia vai lançar aqui alguma confusão!

05 fevereiro, 2009

LARGO Dr. CUNHA REIS


GRANDES EMBARCAÇÕES eram estas , que nos princípios do século XX se construiam em Vila do Conde.
Esta, da qual só vemos o mastro da proa (que desconheço o nome), parece debruçar-se sobre o vizinho jardim, que era lindo e estava engalanado para as FESTAS DO CARMO em 1906, como alguém escreveu.
Fiz a ampliação, para que melhor se observe o desenrolar daquele momento festivo.

04 fevereiro, 2009

CALMARIA


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Por estes anos, no princípio do século passado, a azáfama que nos habituamos a ver nos estaleiros ao longo de todo o século XX, não existia.
Na primeira fotografia, é interessante verificar que a rua nas proximidades da doca, ainda era em terra, ou macadame. Na mesma foto, mas com alguma ampliação, pode-se ver que o pelourinho ainda estava nestas bandas.
A segunda foto, parece "poética", pois quase se vê a doçura de uma tarde que passa, e a calmaria sente-se naquele barco abandonado no meio da estrada.
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02 fevereiro, 2009

INSTANTE


SERÁ O MESMO BARCO ? (da postagem anterior)
O movimento de pessoas, e pequenas embarcações no rio, assim me faz pensar.