CEMITÉRIOS

- HISTÓRIAS CONTADAS PELO COMANDANTE JOÃO DOS REIS -

Os lugares onde estão hoje estes dois cemitérios eram campos de cultivo ; aquele onde está o Cemitério Municipal chamava-se Campo da Choca , apelido ou alcunha da sua proprietária .
Com a lei que proibia os enterramentos nas igrejas , e em virtude de o cemitério de Nosso Senhor do Desterro não comportar mais enterramentos , a Câmara procedeu á desapropriação do tal campo , que passou a cemitério ; mais tarde , as ossadas que existiam no cemitério de Nosso Senhor do Desterro foram transferidas para o novo .
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GENTE NOTÁVEL

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Reparem na força desta gente , por certo nossa , na proximidade do mar.
Olhar forte , atento ... e , quantas vezes triste . São eles os descendentes dos nossos mareantes , e avós dos nossos pescadores.
A minha homenagem , a tão nobre gente.

IGREJA DE N . S . DA LAPA

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Construida no proprio local onde esteve a antiquissima capella de S. Bartholomeu , na extremidade N . E . da villa , vê-se a egreja de Nossa Senhora da Lapa .
É um templo espaçoso e elegante com duas torres na frente , muito bem situado em alta e vistosa planicie e com uma ampla e formosa avenida que lhe dá ingresso . Olha para o poente ; - tendo do lado casas para o sacristão e na rectaguarda um pequeno cemitério .
Temos no Reino centos de egrejas parochiaes muito inferiores a esta.
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A RAZÃO - 1901.

ANTIGAS GLÓRIAS

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Estas fotografias são especiais para mim , pois nelas é retratado um homem que me foi muito querido. Sabem a quem me refiro ? Uma ajuda ; " ele dá nas vistas" .

VELHAS GLÓRIAS

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Identificam os jogadores ?

RANCHO DA PRAÇA

Reconheço sómente algumas pessoas. Quem pode dar uma ajuda , situando a fotografia no tempo , e , dizer-nos os nomes dos componentes do rancho ?

RANCHO DA PRAÇA

JOSÉ MARIA VARELA e ALZIRA , por alcunha , a "Caraças".

Conta-nos o Sr. Artur Bonfim.

PRAIA DE BANHOS

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Vae ficando deserta ! Os primeiros frios do Outonno pozeram em debandada muitas famílias de banhistas . Já se nota uma grande differença no movimento da rua Bento de Freitas , que começa de novo a ficar silenciosa e triste . Até ao anno ! -- é ocasião de dizermos a todas essas famílias que nos honraram com a sua permanencia nos mezes quentes do estio . Oxalá que d´aqui levem as melhores recordações e as mais gratas lembranças . As que deixam são as mais saudosas e agradaveis . Em cada dia que passa despovôa-se uma caza , e desaparece um d´esses bandos alegres e loiros de creança , que enchiam aquella pittoresca vastidão com os seus alegres sorrisos e inquietos brinquedos.
Nós cá ficamos na algida melancolia do inverno , com as suas noites frias e eternas , á espera d´esses mezes alegres e temperados que nos trazem as flôres e os banhistas . Que voltem rapidos e felizes é o que todos desejamos .

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JORNAL DE VILLA DO CONDE - 1887 .

MERCADO DUARTE PACHECO

" Mercado do Gado" , anexo ao restante com estabelecimentos na Praça de S . João.
Não sei datar a fotografia , mas atendendo ao tráfego da estrada , e ao tamanho das árvores , diria que estaríamos nos anos 40 (será ?)

O AVE ...EM PERIGO !

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A República. n-1 de 18-12-1910.

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A "Propaganda" da Póvoa de Varzim , lança , segundo nos informam , a ideia de fazer derivar a água do nosso rio para aquella villa , aproveitando-as para certas necessidades da hygiene publica....

Em 25-12-1910.

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A "Propaganda " da Póvoa de Varzim , não abandonou a ideia de nos levar para lá a agua do Ave , para nada contando com a nossa natural e legítima resistência a tão audaciosa como extravagante tentativa de esbrilho se um dia alguem se lembrasse de tornar em facto o devaneio poetico do Sr. Candido Landolt.

Com mais respeito pelas nossas susceptibilidades e pelos nossos direitos , já o POVEIRO , nosso colega d´aquella villa , lhe assignalou os inconvenientes de tal disparate ; mas a "Propaganda" prossegue intrepidamente na sua defeza na convicção , que decerto o desvanece , de estar a propugnar uma ideia genial.

Pois que viva o bravo e fecundo jornalista n´essa convicção grata , e não falte na Povoa alguem a propor-lhe a coroa civica com que os antigos gregos premiavam os seus servidores illustres.

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NOTA - Foi realmente uma interessante notícia , e , também por mera graça , saibam que em 10 de Setembro de 1918 esteve um dia chuvoso, pois é uma das notícias que no verso deste postal , posso ler.

CASA DE GUERRA JUNQUEIRO

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Esta é a casa onde residiu Guerra Junqueiro em Vila do Conde. Hoje , está algo diferente , as varandas sofreram alterações , os muros estão diferentes, mas , básicamente mantém a mesma traça. Sabemos que em 1903 residia em Vila do Conde , logo , terá assistido á construção do Teatro Afonso Sanches. Este é só o meu parecer , mas certamente algum de vós saberá mais alguma coisa sobre o assunto.

JOAQUIM ADRIANO

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É minha opinião , que a fotografia publicada e comentada anteriormente , terá sido obtida aquando da chegada de Joaquim Adriano á rua da Misericórdia. A traseira do seu atelier , coincide com o ângulo em que terá sido feita a foto que estamos a comentar.

PEDRA ANGULAR

Continuando...
Já tinha saudades !

O António do Carmo tem razão, trata-se realmente do lançamento da 1* pedra para a construção do Teatro Afonso Sanches. Lia-se em 1899 «É colocada a pedra angular no Teatro Afonso Sanches».
E, para melhor identificar o lugar, poderá se acrescentar que das casas vistas em último plano, a do lado esquerdo , e que já não existe , era pertença da família Mota Ribeiro, a do meio, mais alta , era a casa de Guerra Junqueiro hoje habitada pela família do Sr. Eng. Eça Guimarães, e , do lado direito , a casa do Sr. Dr. Bernardino , e , entre as duas últimas vê-se uma casa baixa , que era a antiga "escola do Sr.Bouças", hoje a Junta de Freguesia.
Amanhã continuarei este assunto.